12 outubro 2021

As crianças sagradas: Erês!!

 

As crianças sagradas: Erês!

 


Hoje iremos falar sobre os erês que são entidades da umbanda e do candomblé, lembrando que não estamos aqui para ditar que religião X ou Y esta certa ou errada, os textos foram retirados da internet dando o devido credito a eles, lembrando que no texto colocam as principais diferenças entre os erês na umbanda e no candomblé, claro que alguns terreiros (nomes dos centros onde ocorrem as giras de candomblés\umbandas) podem ensinar sobre os erés de outras formas que não a que esta no texto...

O Erê é um ser iluminado e encantado que trabalha como um intermediário do Orixá, expressando sua vontade. Porém, para saber o que é Erê realmente, é preciso entender que existem diferenças entre a sua atuação na Umbanda e no Candomblé.

Na Umbanda, acredita-se que Erês são espíritos de crianças evoluídas que não chegaram a encarnar e que estão muito próximas dos Orixás, transmitindo suas sabedorias. Já no Candomblé, eles são vistos como entidades intermediárias que conectam o Orixá ao seu filho ou filha, em rituais de iniciação.

Seja qual for a tradição que você segue, é importante saber que leveza, alegria, verdade, pureza e emoções traduzem a essência do que é Erê.

Ficou interessada para conhecer mais sobre esses guias de luz e energia? Aqui, explicamos o que é Erê na Umbanda e no Candomblé. De quebra, você aprende como fazer uma oferenda ao seu Erê.

O que é Erê?

Brincadeiras e diversão é o significado da palavra Erê em yorubá e traduz muito bem o espírito de uma criança. No entanto, não pense que os Erês não são levados à sério quando eles surgem no terreiro.

Apesar da festa e da alegria contagiante, esses seres encantados aparecem para equilibrar a energia do local e transmitir a mensagem do Orixá regente. Por isso, de forma muito pura, eles podem falar a verdade sem rodeios e fazer perguntas inapropriadas, típico de uma criança inocente.

Dessa maneira, o Erê assume comportamentos e nomes que representam o Orixá para se conectar com as pessoas. Em outras palavras, eles simbolizam a ponte que une o inconsciente do Orixá e consciência humana. 

De qualquer forma, se você busca aprender o que é Erê, saiba que esse guia é portador da renovação, da transformação, da esperança e do amor puro. A sua importância é inegável, por isso, a sua presença no terreiro é sempre celebrada com muita festa. 

Características dos Erês:

-Gostam de dançar e brincar;

-Podem chorar e fazer birra;

-Comem doces e guloseimas;

-Trazem energia positiva para o terreiro;

-Falam a verdade sem tabu;

-Fazem perguntas importantes, mas vistas como “inconvenientes”;

-Podem auxiliar em passes e rituais;

-E transmitem a mensagem do Orixá.

A lista acima é uma descrição geral do que é Erê, no entanto, é importante destacar que há uma diferença de atuação deste guia entre as correntes da Umbanda e do Candomblé. Sendo assim, o Erê segue a linha de Oxumaré na Umbanda e, no Candomblé, ele trabalha como mensageiro do Orixá de cabeça da pessoa quem o invoca.

Mas não para por aí as diferenças do que é Erê nas duas tradições. Confira abaixo como as religiões enxergam esse ser encantado.

O que é Erê na Umbanda?

Os Erês fazem parte da linha de Oxumaré, a cobra arco-íris que representa a fortuna e a riqueza. Desse modo, o Orixá simboliza o equilíbrio do movimento da Terra e o caminho para a felicidade plena.

Sendo assim, tanto Erê quanto Oxumaré trabalham em direção à renovação para atingir um objetivo. Por isso que, na Umbanda, o guia infantil pode participar de rituais, benzimentos e passes para as pessoas que buscam a sabedoria do Orixá.

A festa de celebração dos Erês acontece no dia de São Cosme e Damião, os santos gêmeos da Igreja Católica. Os dois eram médicos que costumavam atender a população carente gratuitamente e, quando os pacientes eram crianças, entregavam doces.

Por causa desses gestos, o dia de São Cosme e Damião é festejado com a oferenda de doces e guloseimas aos Erês, no terreiros de Umbanda.

Nomes de Erê na Umbanda:

-Joãozinho;

-Canjica;

-Caboclo Mirim;

-Zezinho Marinheiro;

-Aninha;

-Mariazinha;

-Damiana;

-Lagoinha;

-Estrelinha;

-Crispim;

-Flechinha, entre outros.

Os nomes dos Erês carregam os elementos do Orixá regente, assim como, por exemplo, Zezinho Marinheiro é regido por Iemanjá e Lagoinha, por Nanã Buruquê.

O que é Erê no Candomblé?

Em comparação com a Umbanda, o Erê no Candomblé é uma criança comportada e mais “contida”. Isso porque eles atuam como intermediários entre o Orixá e seus filhos, nos rituais de iniciação, transmitindo a mensagem sagrada.

Por causa da sua importância, é comum confundir Erê com Ibeji. Na verdade, Ibeji é um orixá-criança representado por duas divindades gêmeas, por isso, faz-se o sincretismo com São Cosme e Damião. 

Porém, os Erês são entidades evoluídas que descem no terreiro de Candomblé para ajudar na limpeza espiritual da casa e transmitir a sabedoria dos Orixás. Dessa maneira, a presença do Erê é muito respeitada e admirada nas cerimônias.

Como o Erê segue a linha do Orixá de cabeça da pessoa que o invocou, ele recebe o nome relacionado com a entidade religiosa.

Nomes de Erês no Candomblé:

-Conchinha e Maré: Iemanjá;

-Chuvinha e Arco-Íris: Oxumaré;

-Andorinha e Flechinha: Oxóssi;

-Foguinho e Pinga Fogo: Exu;

-Gamelinha e Trovoada: Xangô;

-Pombinha Branca e Caramujinho: Oxalá;

-Guerreirinho e Espadinha: Ogum;

-Raio, Ventania e Tachinho: Iansã;

-Amorzinho e Espelhinho: Oxum.

Adotando as características do panteão candomblecistas, estes são apenas alguns dos nomes de Erês, de acordo com o seu Orixá.


Culto ao Erê

Se, nesse momento, você estiver se perguntando “como saber o nome do meu Erê?”, garantimos que você não é a única curiosa. Na verdade, não é possível encontrar a resposta para a sua dúvida de forma simples, pois o nome do Erê possui muita importância para os seus seguidores.

Há quem defenda o jogo de búzios para identificar o Erê. Porém, muitos religiosos acreditam que é preciso incorporar a entidade para perguntar o nome do Erê na Umbanda ou no Candomblé.

Erê reside no ponto exato entre a consciência da pessoa e a inconsciência do orixá. É por meio do Erê que o Orixá expressa sua vontade, que o noviço aprende as coisas fundamentais do candomblé, como as danças e os ritos específicos de seu Orixá.

A palavra erê vem do iorubá, erê, que significa "brincar". Daí a expressão siré que significa "fazer brincadeiras". A palavra iré em iorubá significa "boa ação ou favor". O Ere (não confundir com criança que em iorubá é omodé) aparece instantaneamente logo após o transe do orixá, ou seja, o Erê é o intermediário entre o iniciado e o orixá. Durante o ritual de iniciação, o Erê é de suma importância pois é o Erê que muitas das vezes trará as várias mensagens do orixá do recém-iniciado.

O Erê é às vezes confundido com ibeji, que na verdade é a inconsciência do novo omon-orixá, pois o Erê é o responsável por muita coisa e ritos passados durante o período de reclusão. O Erê conhece todas as preocupações do iyawo, também, aí chamado de omon-tú ou “criança-nova”. O comportamento do iniciado em estado de "Erê" é mais influenciado por certos aspectos de sua personalidade, que pelo caráter rígido e convencional atribuído a seu orixá. Após o ritual do orúko, ou seja, nome de iyawo segue-se um novo ritual, ou o reaprendizado das coisas chamado panã.

Erês são guias, e tanto na Umbanda como no Candomblé são estereotipados como crianças, porque é exatamente essa sensação que eles passam com toda sua pureza. Só que na verdade eles são seres encantados, então nunca passaram pela experiência do existir humana.

A missão de cada Erê é a de intermediar o contato entre as pessoas e os Orixás (já que eles não falam), eles são o ponto exato entre a nossa consciência humana e o inconsciente do Orixá. No Candomblé, os Erês auxiliam os iniciados sendo os portadores das mensagens dos Orixás aos seus filhos.

Esses seres de Luz trazem a energia de renovação, enchem as almas de esperança e empolgação por tudo que é novo, pois eles sabem que são nas incertezas que se pode encontrar as melhores respostas.

Pense desta forma: se as coisas não foram como imaginava até esse ponto de sua vida, isso é um sinal de que você precisa mudar de rota, não é mesmo? Então se apegue às vibrações desses guias e permita que a juventude e motivação percorram seu ser e te leve para melhores caminhos.

As características dos Erês

Esses encantados têm seus espíritos como os de qualquer criança, esbanjam disposição e sinceridade e por isso, necessitam de pessoas que os possam controlar sabiamente, para que eles consigam se concentrar na missão a qual foram enviados.

Uma festa de Erê promete transmitir uma energia única para quem a frequenta, é realmente um banho de renovação e ânimo para todos que os buscam.

Apaixonados por doces, esses pequenos de espírito infantil atuam na linha da direita, na Umbanda eles são da linha de Oxumaré, já no Candomblé os Erês são mensageiros do Orixá de cabeça de quem os invoca.

Além de doce, eles também adoram brinquedos que correspondem à sua linha de atuação. Muitos deles passam a gira abraçados com bonecas, carrinhos, barcos, montados em cavalinhos, usando espelhinhos, chupando chupetas ou até mesmo os dedos.

Erês não gostam de choro, farão de tudo para te ver sorrir, e suas orientações serão todas voltadas a caminhos que te levarão às conquistas e realizações.

Erês e Ibejis / Os Erês no Candomblé

Os Ibejis embora sejam crianças extrovertidas, não são guias como os Erês, possuem suas representatividades de Orixás e se diferem dos encantados em suas histórias e atributos.

No Candomblé embora os Erês também sejam crianças, pode-se dizer que eles são mais “comportados” (quando são educados corretamente). Eles transitam as informações dos Orixás para seus filhos, sendo assim são sempre solicitados pois somente eles estabelecem essa comunicação.

São figuras extremamente importantes, estão sempre presentes e ajudam na limpeza da casa. A energia do terreiro está totalmente associada com as vibrações dos Erês.

Como dito anteriormente, esses guias no Candomblé seguem a linha do Orixá de cabeça de quem é iniciado na religião. E devido a este motivo, sua nomenclatura está relacionada a este Orixá regente.

Alguns nomes de Erês no Candomblé:

Exú = Foguinho e Pinga Fogo;

Oxóssi = Andorinha e Flexinha;

Oxalá = Pombinha Branca e Caramujinho;

Oxum = Amorzinho e Espelhinho;

Yansã = Ventania e Tachinho;

Oxumaré = Chuvinha e Arco-Íris;

Yemanjá = Conchinha e Maré;

Nanã = Laminha e Lodinho;

Xangô = Gamelinha e Trovoada;

Ogum = Guerreirinho e Espadinha;

Omulú = Pipoca e Palhinha.

Erês e São Cosme e Damião / Os Erês na Umbanda

São Cosme e Damião são Santos da Igreja Católica amados em diversas religiões, onde os Orixás Ibejis são sincretizados com os médicos gêmeos. Na Umbanda é notável a adoração pelos dois irmãos, já que a própria festa dos Erês é conhecida como Festa de São Cosme e Damião, onde há uma comemoração para os encantados, repleta de doces e da energia da felicidade de infância.

O motivo dessa representação ligada aos Santos é devido ao costume que ambos tinham de atender pessoas carentes gratuitamente e entregar doces às crianças que passavam por seus cuidados.

Esse simples gesto repleto de carinho ficou marcado eternamente e passou a ser homenageado na Umbanda, com a entrega de docinhos para as crianças que irão receber o passe nas giras.

Os Erês na Umbanda seguem a linha de Oxumaré pois ambos trabalham no campo da renovação e da transformação com o intuito de alcançar o sucesso em qualquer que seja o assunto.

Na Umbanda, os Erês como guias, dão passes para aqueles que vão em procura de sua sabedoria e proteção, eles enchem o terreiro de alegria e todos saem da festa muito mais motivados, com as energias transformadas.

Alguns nomes de Erês na Umbanda: Erê Zezinho, Joãozinho, Pedrinho, Mariazinha e Aninha. O que pode acontecer é desse nome ter um complemento e isso determinar uma relação do Erê com um Orixá, por exemplo: Zezinho Marinheiro (vibração de Yemanjá).

Pontos cantados dos Erês


Ponto 1

“PAPAI ME MANDA UM BALÃO

COM TODAS AS CRIANÇAS

QUE TEM LÁ NO CÉU

TEM DOCE PAPAI,

TEM DOCE PAPAI,

TEM DOCE LÁ NO MEU JARDIM!”

Ponto 2

“YEMANJÁ, CADÊ OGUM,

FOI COM OXÓSSI AO RIO DE JORDÃO,

FORAM SALDAR, SÃO JOÃO BATISTA,

E BATIZAR COSME E DAMIÃO.

YEMANJÁ, CADÊ OGUM,

FOI COM OXÓSSI AO RIO DE JORDÃO,

FORAM SALDAR, SÃO JOÃO BATISTA,

E BATIZAR COSME E DAMIÃO.”

Oferendas aos Erês

IMPORTANTE: toda oferenda deve ser orientada por alguém responsável do Candomblé ou Umbanda, cada Orixá possui suas peculiaridades que devem ser respeitadas e guiadas por quem os conhecem após anos de prática na religião.

Como eternas crianças, suas principais oferendas são a base de doces e brinquedos. Os Erês também gostam de comidas típicas afro, como o mugunzá e carurú.

Dias dos Erês

Os domingos e segundas são os seus dias da semana. O dia da comemoração em nome dos Erês é 27 de setembro.

Cores dos Erês

Os Erês gostam de todas as cores, principalmente em tons mais claros. As mais características são rosa, azul e verde bebê.

Oração aos Erês

“OMI IBEJI. BEJÉ ERÓ! SALVE A FORÇA DAS CRIANÇAS! SALVE OS ERÊS FORÇA PURA, VERDADEIRA, QUE RELUZ NO CÉU AZUL TRAGA AO NOSSO LAR A PAZ E A ESPERANÇA, ZELE POR TODAS AS CRIANÇAS.

ENCAMINHE MINHAS PRECES A OXALÁ PAI DE IMENSA PUREZA, QUE MEUS PEDIDOS FEITOS COM CLAREZA E VERDADE SEJAM ATENDIDOS. (FAZER UM PEDIDO)

DOCES CRIANÇAS, OH ERÊS! REPRESENTANTES DE COSME E DAMIÃO, QUE VOSSA SANTA PROTEÇÃO ME SIRVA DE CONSOLO E APOIO NAS HORAS DIFÍCEIS. ACEITEM MINHA HUMILDE OFERENDA QUE É FEITA COM VERDADE E FÉ E INTERCEDA POR MIM JUNTO AO PAI DE AMOR SUPREMO. AGRADEÇO AS CRIANÇAS!

SALVE ERÊS!”

Saudação aos Erês

Saudação: Bejiróó! Oni Beijada! – A saudação tem significado de: “Ele é dois!” ( a mesma dos Ibejis).

Os Erês são fonte de energia e renovação. Eles despertam em nós nossa mais pura essência, vontade de progredir e de buscar a felicidade plena. Esses sentimentos são oriundos do nosso verdadeiro eu, que acabamos reprimindo durante nosso crescimento, mas que os Erês conseguem enxergar e farão o possível para que você relembre o verdadeiro significado de viver.

No Candomblé, Erê é o intermediário entre a pessoa e o seu Orixá, é o aflorar da criança que cada um guarda dentro de si; reside no ponto exacto entre a consciência da pessoa e a inconsciência do orixá. É por meio do Erê que o Orixá expressa a sua vontade, que o noviço aprende as coisas fundamentais do candomblé, como as danças e os ritos específicos do seu Orixá.

A palavra Erê vem do yorubá, iré, que significa “brincadeira, divertimento”. Daí a expressão siré que significa “fazer brincadeiras”. O Erê (não confundir com criança que em yorubá é omodé) aparece instantaneamente logo após o transe do orixá, ou seja, o Erê é o intermediário entre o iniciado e o orixá.

Durante o ritual de iniciação no Candomblé, o Erê é de suma importância pois, é o Erê que muitas das vezes trará as várias mensagens do orixá do recém-iniciado.

O Erê às vezes confundido com Ibeji, na verdade é a inconsciência do novo omon-orixá, pois o Erê é o responsável por muita coisa e ritos passados durante o período de reclusão. O Erê conhece todas as preocupações do iyawo (filho), também, aí chamado de omon-tú ou “criança-nova”. O comportamento do iniciado em estado de “Erê” é mais influenciado por certos aspectos da sua personalidade, que pelo carácter rígido e convencional atribuído ao seu orixá. Após o ritual do orúko, ou seja, nome de iyawo segue-se um novo ritual, ou o reaprendizado das coisas chamado Apanan.

A confusão entre Ibeji e Erê é muito frequente, ao ponto que em algumas casas de candomblé e batuque Ibeji é referido como Erê (criança) que se manifesta após a  chegada do orixá, em outras são cultuados como Xangô e ou Oxum crianças. Porém na verdade Ibeji é um orixá independente dos Erês. Dado o facto conhecido e recorrente de que muita gente transita entre o Candomblé e a Umbanda, é também natural que esta confusão se acentue, dados os conceitos e entendimentos diferentes que existem nas duas religiões e que muitas vezes as pessoas não conseguem diferenciar.

Na Umbanda, Erês, Ibejada, Dois-Dois, Crianças, ou Ibejis são entidades de carácter infantil, que simbolizam pureza, inocência e singeleza e se entregam a brincadeiras e divertimentos. Pedem-lhes ajuda para os filhos, para fazer confidências e resolver problemas. Geralmente supõe-se que são espíritos que desencarnaram com pouca idade e trazem características da sua última encarnação, como trejeitos e fala de criança e o gosto por brinquedos e doces. Diz-se que optaram por continuar sua evolução espiritual através da prática de caridade, incorporando em médiuns nos terreiros de Umbanda. São tidos como mensageiro dos Orixás, respeitados pelos caboclos e pretos-velhos. Geralmente, são agrupados em uma linha própria, chamada de Linha das Crianças, Linha de Yori ou Linha de Ibeji. Costumam ter nomes típicos de crianças brasileiras, como Rosinha, Mariazinha, Ritinha, Pedrinho, Paulinho e Cosminho. Seus líderes de falange incluem Cosme e Damião. Comem bolos, balas, refrigerantes, normalmente guaraná e frutas.

 

Fontes: https://www.astrocentro.com.br/blog/umbanda/o-que-e-ere/

https://pt.wikipedia.org/wiki/Er%C3%AA

https://www.iquilibrio.com/blog/espiritualidade/umbanda-candomble/ere/

https://ocandomble.com/2008/09/22/ere/

Que sejam prósperos.

Raffi Souza.

22 agosto 2021

A Rocha Vulcânica: Obsidiana!

 

A rocha vulcânica: obsidiana!

 


Obsidiana é uma rocha ígnea extrusiva constituída quase integralmente por um tipo de vidro vulcânico com 70% ou mais de sílica (SiO2 - dióxido de silício) na sua composição química. Forma-se quando uma lava de composição félsica e baixo teor em água (menos que 2-3% mássicos) arrefece rapidamente sem permitir a formação de cristais em quantidade substancial. Apesar do rápido arrefecimento ser necessário, a vitrificação ocorre essencialmente porque a riqueza em silicato das lavas félsicas induz uma elevada viscosidade e polimerização que dificultam a cristalogénese. A obsidiana é classificada como um mineraloide por não ser cristalina, já que ter estrutura cristalina é condição necessária para que um material geológico de ocorrência natural possa ser considerado um mineral.

Descrição

A obsidiana é produzida quando lavas félsicas emitidas por um vulcão arrefecem rapidamente com pouca ou nenhuma cristalogénese. A obsidiana é frequentemente encontrada nas margens de escoadas lávicas de características félsicas, especialmente das riolíticas, nas quais o alto teor em dióxido de silício propicie uma composição química que induz elevada viscosidade e um alto grau de polimerização na lava. A inibição da difusão atómica que resulta da alta viscosidade e polimerização explica a reduzida taxa de crescimento dos cristais.

Para a formação da obsidiana é fundamental um baixo teor mássico de água (em geral em torno de 1%), sendo que quando o teor em água excede os 2-3% (em massa), a formação de micro-bolhas na lava em arrefecimento produz pedra-pomes em vez de obsidiana. Em situações intermédias forma-se a retinite, uma massa igualmente amorfa (e portanto um mineraloide), mas com grandes percentagem de inclusões cristalinas e sem o lustre vítreo típico da obsidiana.

A natureza vítrea da obsidiana, na essência um sólido amorfo, ou seja um vidro, confere a esta rocha uma elevada dureza (5-6 na escala de Mohs) e fragilidade, pelo que fractura na forma concoide, produzindo lâminas com gume muito afiado. A capacidade de formar lâminas cortantes de elevada dureza levou a que a obsidiana fosse utilizada no passado na manufactura de ferramentas de corte e de perfuração, tendo recentemente sido utilizada na produção experimental de lâminas cirúrgicas a utilizar em bisturis de grande precisão.

O nome «obsidiana» deriva de uma observação constante da obra História Natural de Plínio, o Velho, que afirma que:

              ... entre as várias formas de vidro deve ser considerado o vidro obsiano, uma substância muito similar à encontrada por Obsius na Etiópia.”

Este texto de Plínio, o Velho, estabelece a etimologia do nome «obsidiana», assim designada por se assemelhar ao vidro vulcânico encontrado na Etiópia por Obsius, um explorador romano, a que fora dado o nome de obsiānus lapis, em honra do seu descobridor.

A obsidiana forma-se quando a lava, o material de que é originária, arrefece rapidamente sem permitir a cristalização da maioria dos seus compostos constituintes. As tectites foram durante muito tempo consideradas como obsidianas produzidas por erupções vulcânicas lunares, mas na actualidade poucos cientistas consideram verdadeira essa hipótese, atribuindo antes a sua formação ao impacte de corpos extraterrestres.

A obsidiana é um material semelhante a um mineral, ou seja um mineraloide, mas não um verdadeiro mineral pois, por ser um vidro, isto é um sólido amorfo, não cumpre um dos requisitos essenciais dos minerais que é serem cristalinos. Para além disso, a sua composição química é demasiado complexa para que pudesse constituir um único mineral.

Apesar da obsidiana ser geralmente de coloração escura, similar a rochas máficas como os basaltos, a composição da obsidiana é em extremo félsica. A obsidiana é composta maioritariamente por SiO2 (dióxido de silício), geralmente numa proporção de 70% ou mais. Entre as rochas cristalinas com composição semelhante à obsidiana incluem-se os granitos e os riolitos.

Em consequência da obsidiana ser metaestável nas condições prevalecentes na superfície da Terra (com o tempo o vidro transforma-se em finos cristais minerais), não é encontrada obsidiana formada antes do Período Cretáceo. Este processo de decomposição da obsidiana é acelerado pela presença de água. Tendo em geral menos de 1% de água (em peso) na sua composição quando é formada, a obsidiana fica progressivamente hidratada quando exposta às águas subterrâneas, formando perlite.

A obsidiana pura tem em geral uma coloração escura, mas a cor varia em consequência da presença de impurezas. Ferro e magnésio tipicamente dão à obsidiana uma coloração negra ou castanho escuro. São conhecidas algumas raras ocorrências de obsidiana quase incolor. Em algumas rochas, a inclusão de pequenos cristais brancos de cristobalite, forma aglomerados radiais no seio do vidro negro que produzem um padrão de manchas, por vezes em forma de floco de neve (obsidiana floco de neve). A obsidiana pode conter padrões formados por bolhas de gás que permaneceram do fluxo da lava, alinhadas ao longo de camadas criadas à medida que a rocha fundida fluía antes de arrefecer. Essas bolhas podem produzir interessantes efeitos tais como um brilho dourado (obsidiana brilhante). Um brilho iridescente, em forma de arco-íris (obsidiana arco-íris) é causado pela inclusão de nanopartículas de magnetite.

Ocorrência

A obsidiana pode ser encontrada em locais onde tenham ocorrido erupções riolíticas, pelo que apesar de não ser uma rocha comum ocorre em múltiplas áreas de vulcanismo recente, desde a Australásia, à Eurásia e às Américas, para além de diversas regiões insulares.

Na América do Norte a obsidiana ocorre em escoadas lávicas no interior das caldeiras do Vulcão Newberry e do Vulcão de Medicine Lake no Cascade Range e nas Inyo Craters a leste da Sierra Nevada na Califórnia. O Yellowstone National Park inclui uma área rica em obsidiana localizada entre Mammoth Hot Springs e a Norris Geyser Basin. Existem depósitos em diversos estados do oeste dos Estados Unidos, incluindo Arizona, Colorado, New Mexico, Texas, Utah, Washington, Oregon e Idaho. Depósitos de obsidiana foram também localizados no leste do continente, nos estados de Virgínia, Pennsylvania e Carolina do Norte.

Na região do Mediterrâneo central são conhecidos depósitos em quatro regiões: Lipari, Pantelleria, Palmarola e Monte Arci. Na região do Mar Egeu são conhecidos desde a Antiguidade depósitos em Milos e Giali.

A região em torno da cidade de Acigöl e o vulcão de Göllü Dağ são as mais importantes origens de obsidiana conhecidos na Anatólia central e uma das mais importantes origens deste material durante o período pré-histórico no Oriente Médio.

A nível mundial, são conhecidas cerca de 70 localidades onde a obsidiana pode ser extraída (dados de 2010). Entre os depósitos de obsidiana conhecidos contam-se:

África

Nas imediações do Lago Shala, Etiópia

No vulcão Chabbi, próximo de Awassa, Etiópia

Médio Oriente

Nas imediações de Ierevan, Arménia

Hasan Dağı, Turquia

İkizdere, Turquia

Nemrut Dağı, Turquia

Süphan Dağı, Turquia

Europa

Islândia (em múltiplos lugares, mas principalmente em Landmannalaugar)

Lipari (ilhas Eoli)

Monte Arci, Sardenha

Palmarola, Itália

Pantelleria

Ilha Gyali, Mar Egeu

Ilha Milos, Mar Egeu (jazigo explorado desde a Idade do Bronze e com os restos da mineração dessa época ainda visíveis)

Montes Tokajer, Hungria e outros depósitos na Eslováquia

Garsebacher Schweiz nos arredores de Meißen, Sachsen, Alemanha

Las Cañadas, em Tenerife, bem como no bordo da Caldera de Taburiente e nas montanhas de La Palma, Canárias

Em diversos locais dos Açores, com destaque para o Pico Alto, na ilha Terceira

América do Norte

Mount Edziza no norte da British Columbia (comercializado pelos povos aborígenes desde 8000 a.C)

Vulcões da região da Cidade do México (México)

Newberry Caldera, Oregon, USA

Glass Buttes, Oregon, USA

Glass Mountain, Califórnia, USA

Polinésia e Nova Zelândia

Ilha de Páscoa

Ilhas Mayor, Tuhua, Nova Zelândia (origem da obsidiana usada pelos povos maori)

Uso pré-histórico e histórico

A primeira evidência arqueológica conhecida do uso de obsidiana foi descoberta em Kariandusi e outros sítios da idade Achelense (que começou há cerca de 1,5 milhões de anos atrás) e foi datada de 700.000 a. C, ainda que o número de objectos encontrados nestes sítios seja muito limitado em comparação com o Neolítico.

A análise do uso de obsidiana na cerâmica do Neolítico na área em torno de Lipari demonstra que este é significativamente mais baixo a uma distância equivalente a duas semanas de caminhada. A obsidiana proveniente da Anatólia foi utilizada no Levante e na região do actual Curdistão iraquiano desde cerca de 12 500 a. C. A primeira evidência do seu uso por civilizações do período histórico foi encontrada em escavações realizadas em Tell Brak e data de finais do quinto milénio.

A obsidiana foi muito valorizada nas culturas da Idade da Pedra porque, como o sílex, podia ser fracturado para produzir lâminas cortantes ou pontas de flecha e de lança. Como ocorre com todos os vidros vulcânicos e alguns outros tipos de rochas, a obsidiana fractura-se com uma característica fractura concoide. A forma de fractura da obsidiana permite que se possa golpear com outras pedras para modificar a sua forma, permitindo a criação de objectos com formas complexas.

A obsidiana também era polida para criar espelhos rústicos primitivos. Para calcular a idade dos artefactos de obsidiana, os arqueólogos modernos desenvolveram um sistema de datação relativa conhecido por datação por hidratação da obsidiana.

Oriente Médio

Ferramentas de obsidiana de Tilkitepe, Turquia, datadas do quinto milénio antes de Cristo (Museu das Civilizações da Anatólia)

No Período de al-Ubaid,no quinto milénio antes de Cristo, já se faziam facas a partir de obsidiana minado no território que hoje é a Anatólia central, Turquia.

No Antigo Egipto utilizou-se para fins decorativos obsidiana importada das ilhas do Mediterrâneo oriental e das regiões do sul do Mar Vermelho. A obsidiana também se utilizava em circuncisões rituais pela sua agudez e maneabilidade. Na zona do Mediterrâneo oriental utilizou-se obsidiana para fabricar ferramentas, espelhos e objectos decorativos.

Também se encontraram objectos de obsidiana em Gilat, um sítio no oeste de Negueve, em Israel. Oito artefactos de obsidiana de Gilat que datam da Idade do Cobre são provenientes dos jazigos da Anatólia. Mediante a análise de ativação de neutrões (NAA) na obsidiana encontrada neste sítio conseguiu-se determinar rotas comerciais e redes de intercâmbio desconhecidas até então.

Américas

A análise cuidadosa da obsidiana numa cultura ou lugar pode ser de grande utilidade para reconstruir o comércio, a produção e a distribuição, e com isso compreender os aspectos económicos, sociais e políticos de uma civilização. Este é o caso de Yaxchilán, uma cidade maia onde até se estudaram as implicações das guerras ligadas com o uso de obsidiana e os seus restos.[36] Outro exemplo é a recuperação arqueológica dos sítios costeiros Chumash na Califórnia, que apontam para a existência de laços comerciais importantes com o longínquo sítio de Casa Diablo nas montanhas da Sierra Nevada.

As culturas mesoamericanas usaram profusamente a obsidiana para elaborar ferramentas e ornamentos. Também a utilizaram para elaborar armas, como as espadas de madeira dura com folhas de obsidiana incrustadas, conhecidas como hadzab entre os maias ou macuahuitl entre os aztecas. A arma era capaz de infligir terríveis lesões por combinar as lâminas afiladas da obsidiana com o corte irregular de uma arma de serra.

As populações aborígenes das Américas comercializavam a obsidiana por todo o continente. Como cada vulcão, e em alguns casos cada erupção vulcânica, produz obsidiana com características distintas, os arqueólogos podem traçar as origens de cada artefacto específico. As mesmas técnicas de rastreio permitiram rastrear a origem da obsidiana encontrada na Grécia como procedente de Melos, Nisyros ou Giali, ilhas do mar Egeu. Os blocos e as folhas de obsidiana vendiam-se terra adentro, a grandes distâncias da costa.

Em Chile encontraram-se ferramentas de obsidiana provenientes do vulcão Chaitén tão longe como em Chan-Chan, Mehuín, 400 km a norte do vulcão e também em vários lugares a 400 km ao sul do vulcão.

Ilha de Páscoa

Na Rapa Nui (Ilha de Páscoa) a obsidiana, denominada pelos antigos rapanui como mat'a, foi utilizada para elaborar ferramentas afiladas, tanto de corte como para a guerra, em forma de pontas de lança, as quais foram encontradas abundantemente em toda a ilha, e também como material para formar as pupilas dos olhos das estátuas moai (ou mo'ai).

Uso actual

Actualmente, alguns cirurgiões utilizam lâminas de obsidiana porque o seu fio é até cinco vezes mais delgado que o dos bisturis de aço. Os cortes feitos com as lâminas de obsidiana são mais finos e causam menos dano ao tecido orgânico, permitindo que as feridas cirúrgicas sarem mais rapidamente.

Apesar de nos Estados Unidos o uso de lâminas de obsidiana para fins cirúrgicos em seres humanos não ter ainda sido aprovado pela Food and Drug Administration (FDA), a obsidiana é utilizado como escalpelo por alguns cirurgiões, porque as folhas de obsidiana bem preparadas apresentam um fio muito mais nítido que os bisturis cirúrgicos de alta qualidade de aço; o fio da obsidiana tem uma espessura de apenas 3 nanómetros.  Mesmo a lâmina de metal melhor afiada tem uma folha irregular e dentada quando vista sob um microscópio; pelo contrário, as lâminas de obsidiana apresentam-se suaves e uniformes quando examinadas, mesmo com recurso a um microscópio electrónico.

A obsidiana é também utilizada para fins ornamentais e como pedra preciosa. Desde a década de 1970 que se utiliza obsidiana para a fabricação da base dos giradiscos, como por exemplo o modelo SH-10B3 da Technics, de coloração negra grisácea.

A obsidiana é um mineralóide, ou seja, por não ter formação cristalina não se encaixa na categoria cristal e é mais complexa do que um mineral. A mitologia e usos comuns feito ao longo da história humana nos conduzem a percepção que ela pode ajudar a evoluir, a mexer no que está quieto, acomodado e escondido, mas não resolvido. Estou no caminho certo? Quais meus pontos fortes e fracos? Em que posso melhorar?

Se você já se fez uma dessas perguntas, significa que já começou seu processo de evolução como ser humano. Pelo menos, melhorar a cada dia e nos conhecer melhor deveriam ser nossos objetivos principais na vida. Afinal, é para isso que estamos aqui. Neste conteúdo você vai entender o que é a obsidiana, seu significado e como usar.



OBSIDIANA: SIGNIFICADO E COMO IDENTIFICAR

O nome vem do Obsius, um explorador romano que a catalogou como vidro vulcânico quando encontrou na Etiópia.

Geralmente escura, a cor na obsidiana é produzida por elementos que se juntam na sua formação, magnésio e ferro para a castanha e negra, bolhas de gás geram as douradas, cristais brancos as flocos-de-neve e magnetitas as arco-íris.

Os efeitos produzidos e a beleza deles acaba influenciando o valor, tornando as mais caras a medida que sua beleza e efeito seja mais particular e rara.

OBSIDIANA NEGRA: COMO ESSA PEDRA NOS AJUDA A EVOLUIR

O problema é que sempre pensamos que temos tempo suficiente. Mas na verdade não deveríamos ter tempo para desculpas, para a preguiça ou para o comodismo. O tempo é agora, o futuro está mais perto, precisamos mudar já! Primeiro a nós mesmos e, como o tempo é curto, o nosso redor também.

Vamos enxergar o que está travado, no que somos mais resistentes à mudança, quais nossos pontos negativos, nossas sombras, e nos colocar no caminho da evolução. Não espere a próxima geração para fazer isso, não viemos para esse mundo de férias, viemos com uma missão, evoluir. É assim o chamado da obsidiana!

PARA QUE SERVE A PEDRA OBSIDIANA

A obsidiana é uma pedra terapêutica, possui uma energia focada que detecta exatamente aquilo que atrapalha nosso conhecimento e crescimento, trabalhando exatamente nisso, mostrando a você o que é e onde incomoda.

Ela trabalha essa energia através de nossa própria vontade de melhoria e perfeição interior. Então, se nosso desejo for pequeno, ela pouco fará. A obsidiana nos ajuda a vencer nossas “arestas”, fazendo-nos enfrentá-las conscientemente.

A obsidiana não é perigosa, mas terapeuticamente requer respeito, a pessoa que não quer melhorar, se enxergar e evoluir, ou não está em um momento propício para esse movimento interno, pode percebê-la assim, mas seria o reflexo da própria sombra e resistência.

É seguro usar em acessórios, como colar ou pulseira de obsidiana, mas como qualquer pedra terapêutica, o uso recomendado é pontual e não constante. O uso intenso pode exacerbar a busca interna, aprofundando e buscando até o que e onde não alcançamos, como traumas e feridas familiares e ancestrais. O que é bom pontualmente e com suporte profissional, mas não é adequado no cotidiano.

Mas também é uma pedra que tem um lado doce. Quando recorremos a ela em situações extremas, como um grande choque emocional, é capaz de tornar-se receptiva e emitir respostas que logo nos aliviam. Mas como toda pedra escura, a obsidiana preta deve ser empregada com respeito e cautela.

COMO USAR A PEDRA OBSIDIANA

Para aprimoramento do ego, coloque a pedra obsidiana negra sobre um dos Chakras inferiores (o Básico, o Sacro ou Plexo Solar), para atrair as energias mais sutis dos Chakras superiores (Coronário e Frontal). Use-a de uma a duas vezes na semana, por, no máximo, 20 minutos.

É uma pedra de origem vulcânica, por isso tem uma ligação forte com o fogo. Ela lida com a purificação do ego e quando se faz necessário dá um “sacode” na sua vida e o faz focar no que interessa.

Uma vez trabalhado uma parcela do ego, sombras e resistências, traz um empoderamento do seu próprio ser que entendemos como riqueza, mas é puro poder de manifestação, da essência única de cada pessoa. Dessa noção e conceito vem a pulseira de feng shui de obsidiana, mas é um caminho, um processo interno para percorrer.

MEDITE COM A OBSIDIANA

Coloque-se em uma posição confortável, em um lugar tranquilo. Pegue sua pedra para esse exercício e olhe detalhadamente para ela por algum tempo, até ser capaz de fechar os olhos e “vê-la” em todos os seus detalhes.

Assim que conseguir isso, comece a relaxar física e mentalmente, respirando profundamente e deixando os pensamentos fluírem sem querer apagá-los ou detê-los. Quando tiver alcançado um nível razoável de relaxamento, “veja” a pedra em pensamento.

Dentro de uma contagem de 1 a 7, ela vai crescendo na sua visualização até ficar do tamanho de uma montanha. Assim que visualizar esse tamanho, você vai para a superfície da pedra e começará a explorá-la, percorrendo-a por fora. Se na sua visualização encontrar alguma entrada e caminho, explore-os também.

Quando ficar satisfeito com suas explorações, volte ao lugar onde começou e conte novamente de 1 a 7, mas dessa vez visualizando a pedra até que ela diminua e volte ao seu tamanho normal.

Respire profundamente algumas vezes e movimente-se delicadamente para voltar ao estado de alerta normal e abra os olhos. Escreva tudo o que viu, ouviu ou sentiu durante sua visualização.

Essa meditação lhe ajuda a ter “insights” e movimentar a energia de transformação da obsidiana. Anote tudo o que sentiu e visualizou.

“Mas o que acontecerá, se descubro, porventura, que o menor, o mais admirável de todos, o mais pobre dos mendigos, o mais insolente dos meus caluniadores, o meu inimigo, reside dentro de mim, sou eu mesmo, e precisa da esmola da minha bondade, e que eu mesmo sou o inimigo que é necessário amar?”, C.Jung.

A obsidiana é um produto da lava vulcânica. Quando esta substância esfria velozmente, ao invés de produzir um rochedo – conforme a configuração desta pedra em estado de fusão, ela constituirá basalto, andesito, riolito, ou outro tipo de rocha -, resultará em um vidro estruturado naturalmente, ou seja, na obsidiana, que se distingue dos espécimes de cristal por ser essencialmente composto por átomos dispostos em boa ordem.

Isto pode ocorrer, por exemplo, quando a lava jorra sobre uma superfície líquida. Este vidro natural é formado essencialmente por 70% ou mais de uma substância conhecida como sílica. Por não ter a mesma estrutura dos cristais, a obsidiana é considerada muitas vezes como um mineralóide – elemento de natureza geológica que não pode ser classificado como cristal.

Este espécime pode ser revelado por suas características únicas: o fulgor típico dos vidros, uma fissura semelhante ao interior de uma concha, bem acentuada, e coloração escura, que pode tender para o esverdeado, o cinzento, o marrom, o amarelo ou para o tom avermelhado.  Estas cores vão sempre se diversificar, conforme as máculas que nela podem ser encontradas.

O tom que vai do verde escuro ao negro é justificado pela presença de ferro e de magnésio. Se a obsidiana apresenta minúsculos cristais brancos e junções de cristobalite na forma de raios – uma das variedades formais assumidas pelo quartzo -, o vidro adota um modelo manchado ou na forma de ‘floco de neve’.

A obsidiana pode igualmente ser constituída por glóbulos de ar, os quais resultam do movimento anterior da lava que a produziu; estas bolhas estarão, então, dispostas nos estratos gerados exatamente quando a pedra liquefeita manava, um momento antes de ser esfriada. Elas têm o potencial de criar resultados intrigantes neste vidro, como, por exemplo, um arco-íris.

Os fragmentos pequenos de obsidiana que foram originariamente desgastados e formatados no feitio circular pela ação do vento e da água são denominados, nesta condição, ‘lágrimas de apache’. Com todas estas múltiplas formas, a obsidiana é predominantemente utilizada para fins decorativos. Além de suas configurações naturais, ela também pode assumir outros formatos, conforme a maneira como é aparada. Até suas cores variam segundo o tipo de corte.

Por suas várias utilidades, foi adotada amplamente durante a Idade da Pedra. Com ela era possível confeccionar instrumentos afiados e cabeças de seta. Era igualmente envernizada para constituir espelhos. No período pré-colombiano, a obsidiana era comum na região americana conhecida como Mesoamérica, pois com ela se elaboravam esculturas e utensílios, bem como uma espécie de espada com lâminas de obsidiana e o corpo composto de madeira.

Por seu fulgor e sua transparência, é utilizada como pedra preciosa há pelo menos 5 mil anos. A mais adotada é a que procede do México, particularmente de Querétaro e Hidalgo. Mas também há vidros que provêm da Itália, dos Estados Unidos, Hungria, Nova Zelândia e Rússia. No sul do Brasil é fácil se deparar com obsidiana preta, principalmente no Rio Grande do Sul.

Fontes:

https://pt.wikipedia.org/wiki/Obsidiana

https://www.personare.com.br/conteudo/obsidiana-m5549

https://www.infoescola.com/geologia/obsidiana/

Que sejam prósperos.

Raffi Souza.

23 junho 2021

A bruxa Boa e Má: Baba Yaga!

 

 A bruxa que é boa e má: Baba Yaga!

 


No folclore eslavo, Baba Yaga (em russo: Баба-яга; romaniz.: Baba-yaga; também chamada Baba Jaga em polonês, jězě em tcheco e eslovaco e Jaga Baba em esloveno) é um ser sobrenatural (ou um trio de irmãs com o mesmo nome) que tem a aparência de uma mulher deformada e/ou feroz e que voa pelos céus montada num almofariz, apagando os rastros que deixa com sua vassoura. Mora no interior da floresta numa casa apoiada sobre pés de galinha (ou apenas sobre um pé, em algumas versões), e cuja fechadura é uma boca cheia de dentes. A Baba Yaga pode ajudar ou dificultar aqueles que a encontram ou a procuram. Ela às vezes desempenha um papel maternal, e também tem associações com a vida selvagem da floresta. De acordo com a morfologia folclórica de Vladimir Propp, a Baba Yaga comumente aparece como uma doadora (nos contos de fadas) ou vilã, ou pode ser completamente ambígua. Andreas Johns identifica a Baba Yaga como "uma das figuras mais memoráveis ​​e distintas no folclore europeu eslavo", observa que ela é "enigmática" e muitas vezes exibe uma "ambiguidade surpreendente".

Johns resume Baba Yaga como "uma figura multifacetada, capaz de inspirar pesquisadores a vê-la seja como Nuvem, Luz, Morte, Inverno, Cobra, Pássaro, Pelicano ou Deusa da Terra, ancestral matriarcal totêmica, iniciadora fêmea, mãe fálica, ou imagem arquetípica".

Isaac Bashevis Singer descreveu Baba Yaga com um nariz vermelho arrebitado, narinas largas e ardentes, olhos em chama como carvão em brasa e com cardos a sair do crânio em vez de cabelos. Singer referiu também a existência de babas menores e de pequenos demônios chamados dziads. Ajuda os puros de coração e devora os impuros.

Segundo o linguista germano-russo Max Vasmer o nome Baba-yaga poderia ter derivado do proto-eslavo ęgа, "dor". Baba nas línguas cirílicas significa "avó", enquanto Yaga é o diminutivo de Yadviga, nome eslavo derivado do alemão e equivalente ao antropônimo/topônimo Edviges.

O termo Baba tem sido usado tanto para "avô" quanto para "mulher" nas línguas búlgara, macedônia, romena e servo-croata. No russo moderno a palavra бабушка (babushka), que significa "avó", deriva dela, tal como a palavra babcia (que também significa "avó") em polonês, ou бабця (babtsya) em ucraniano. Baba tem sido também uma palavra de conotação pejorativa no ucraniano e russo modernos, tanto para mulheres como para "um homem delicado, tímido, ou sem caráter". No polonês o termo também é considerado pejorativo, significando "uma mulher viciada ou feia".

Já no sânscrito, Baba significa "velha" ou "sábia" e Yaga vem de "Yajna" da tradição védica está relacionado ao fogo, ao sacrifício, e também a "Ahi" que seria "serpente" ou "mulher". O significado de Baba Yaga então estaria relacionado a "Sábia do Fogo" ou "Sábia da Transformação" – a transformação tem a ver com o sacrifício, o ato de se livrar daquilo que não mais a pertence. Comparando a outras traduções (como as relatadas abaixo) pode-se entender o significado dessa mulher sábia entrelaçado e relatado como "bruxa".

Termos relacionados ao segundo elemento do nome, Yaga, aparece em várias línguas eslavas: a palavra sérvio e croata jeza ("horror", "arrepio", "calafrio"), esloveno jeza ("raiva"), checo antigo jězě ("bruxa"), checo moderno jezinka ("dríade"), e polonês jędza ("bruxa", "fúria"). O termo aparece no eslavônico eclesiástico como jęza ou jędza ("doença", "enfermidade"). Em outras línguas indo-europeias o elemento iaga tem sido ligado ao lituano engti ("oprimir", "enganar"), inglês antigo inca ("dúvida", "aflição", "dor"), e o nórdico ekki ("aflição").

Uma variedade de etimologias tem sido proposta para o segundo elemento do nome, Yaga, que ainda continua problemática, contudo um claro consenso entre estudiosos teve resultado relativamente satisfatório. Um exemplo disso é que no século XIX (19) Alexander Afanasyev propôs a derivação do eslavo *ǫžь ("serpente") e do sânscrito अहि, ahi ("serpente", "cobra"). Esta etimologia tinha sido subsequentemente explorada por outros estudiosos no século XX.

Originalmente concebida como uma entidade benfazeja, ao longo do tempo foram lhe atribuindo um caráter sinistro.

A primeira referência clara a Baba Yaga (Iaga baba) aconteceu em 1755, em Rossiiskaya grammatika ("Gramática russa") de Mikhail V. Lomonosov.

Na gramática de Lomonosov, Baba Yaga é mencionada duas vezes ao lado de outras figuras em grande parte da tradição eslava. A segunda das duas menções ocorre dentro de uma lista de deuses eslavos e de seres provavelmente equivalentes na mitologia romana (o deus eslavo Perun, por exemplo, aparece equiparado ao deus romano Júpiter). Baba Yaga, no entanto, aparece em uma terceira seção sem uma equivalência, atestando a percepção de sua singularidade, mesmo conhecida nesta primeira prova.

Nas narrativas em que Baba Yaga aparece, ela exibe uma variedade de atributos típicos: uma cabana giratória, com pernas de galinha; um almofariz, um pilão, e às vezes uma vassoura ou um esfregão. Baba Yaga frequentemente carrega o epíteto de "perna óssea" (em russo: Баба-Яга Костяная Нога; romaniz.: Baba Iaga Kostianaya Noga), e quando está dentro de sua moradia, ela pode ser encontrada estendida sobre o forno, alcançando de um canto a outro da cabana. Baba Yaga pode perceber o "cheiro russo" (русский дух, russky dukh) daqueles que a visitam. Seu nariz pode se fixar no teto. Alguns narradores poder dar uma ênfase particular sobre a repulsividade de seu nariz ou outras partes do seu corpo.

Em alguns contos um trio de Baba Yagas se apresentam como irmãs (todas tendo o mesmo nome). Por exemplo, na versão de The Maiden Tsar coletado no século XIX por Alexander Afanasyev, Ivan, um filho de um comerciante bonito, faz o seu caminho para a casa de uma das três Baba Yagas.

Na cultura popular

Em filmes e séries

No filme Lawn Dogs (Inocência Rebelde) o conto folclórico de Baba Yaga é usado como um proeminente dispositivo para o enredo.

David Harbour como Hellboy (Anung Un Rama), no filme Hellboy enfrenta Baba Yaga, em sua casa com pernas.

No filme John Wick (De Volta ao Jogo), o personagem John Wick (Keanu Reeves) era conhecido no passado pelo apelido de "Baba Yaga". Seu antigo chefe, Viggo Tarasov (Michael Nyqvist) o considerou como seu melhor assassino. John conseguiu sua aposentadoria, após ajudar Viggo a ganhar o controle de seu sindicato, eliminando, sozinho, toda a concorrência, uma tarefa que Viggo considerou "impossível".

No filme Ant-Man and the Wasp (Homem Formiga e a Vespa), o personagen Kurt (David Dastmalchian), faz a comparação entre a vilã Fantasma com Baba Yaga. Quando o personagem Luis (Michael Peña) está contando a história de como conheceu o personagem Scott, Fantasma também escuta a conversa, só que invisível. Quando a vilã finalmente se revela, Kurt entra em desespero e começa a gritar que a Baba Yaga estava lá.

Baba Yaga é mencionada no segundo episódio da quinta temporada de Orphan Black, quando Helena ameça Donnie Hendrix de ter o coração devorado por Baba Yaga se ele revelar um segredo que ela confia a ele.

Uma mulher possuída pela espírito e Baba Yaga aparece em um episódio da quarta temporada da série The Magicians. A personagem pede artefatos mágicos como pagamento do aluguel de uma casa com proteções mágicas.

Na segunda temporada do spin-off da série de animação Winx Club WOW: World of Winx (O Clube das Winx: Mundo das Winx), Baba Yaga aparece como uma antagonista secundária disfarçada da crítica de música Venomya.

Na literatura e em revistas em quadrinhos

Baba Yaga é um importante personagem central na história "Baba Yaga" nos quadrinhos da personagem Valentina (quadrinhos), de Guido Crepax , também no filme sobre Valentina Baba Yaga

Baba Yaga, juntamente com alguns dos elementos de sua história, é uma personagem importante nas revistas em quadrinhos (banda desenhada) Hellboy, de Mike Mignola.

No livro Women Who Run with the Wolves: Myths and Stories of the Wild Woman Archetype (Mulheres que Correm com os Lobos), Clarissa Pinkola Estés relata e analisa de uma perspectiva arquetípica o conto russo Vasalisa, em que Baba Yaga é personagem central e a passagem de Vasalisa por sua cabana resulta em importante aprendizado.

No livro de RPG Werewolf: The Apocalypse – Players Guide to Garou, fala sobre uma figura que assolava a Rússia e provocava destruição e desaparecimentos, incluindo lobisomens e qualquer outra criatura que tentasse se opor a ela.

O autor Raphael Draccon menciona Baba Yaga em sua série de livros, Dragões de Éter.

Nos jogos

Baba Yaga é o tema da primeira DLC do jogo Rise of the Tomb Raider.

No primeiro jogo da série Quest for Glory, Baba Yaga é uma das principais vilãs, e, tal como a personagem folclórica, habita na floresta, numa casa de madeira apoiada por um par de patas de galinha.

No MMORPG RuneScape há uma velha chamada Baga Yaga que vive numa casa móvel com pés de galinha.

Baba Yaga aparece em Castlevania Lords of Shadow lançado pela Konami, desenvolvendo um importante papel na jornada de Gabriel Belmont.

Vasilisa e Baba Yaga aparecem no RPG indie Moon Hunters, desenvolvido pela Kitfox Games.

Baba Yaga foi incluída no jogo MOBA Smite como um personagem jogável.

Músicas e podcasts

A banda Edguy também fez menção à Baba Yaga, em seu álbum, Space Police: Defenders of the Crown na música "The Realms of Baba Yaga".

A banda Emerson, Lake & Palmer já fez algumas menções à Baba Yaga em algumas de suas músicas, como "The Hut of Baba Yaga" e "The Curse of Baba Yaga" (ambas do mesmo álbum, Pictures At An Exhibition). No entanto, trata-se apenas de uma adaptação da música "Khatka na kuryachikh lapkakh (Baba-Yaga)", n.o 9 da suíte Kartínki s výstavki – Vospominániye o Víktore Gártmane (lit. "Pinturas de uma Exibição &ndash Uma Recordação de Viktor Hartmann") originalmente da autoria do compositor russo Modest Mussorgsky.

No podcast Tanis, desenvolvido pela Public Radio Alliance, o narrador e investigador Nic Silver correlaciona características da Cabine com a casa de Baba Yaga, tanto pelo fato de relatarem que ambas são maiores por dentro do que por fora, quanto por ambas se moverem pela floresta.

A banda Slaughter to Prevail também fez menção a Baba Yaga, em um single chamado Baba Yaga.



Figuras relacionadas e análogas

Ježibaba, uma figura intimamente relacionada com Baba Yaga, aparece no folclore dos eslavos ocidentais. O nome Ježibaba e suas variantes estão diretamente relacionado com o de Baba Yaga. As duas figuras podem derivar de uma figura comum desde o período medieval, ou até mais antigo, e ambas as figuras são às vezes igualmente ambíguas. As duas diferem em sua aparência em diferentes tipos de conto, há diferenças nos detalhes sobre seus aspectos.

Essas questões persistem na região limitada das nações eslavas ocidentais, Eslováquia, e as terras tchecas — onde são registradas referências a Ježibaba.

Estudiosos identificaram uma variedade de seres no folclore e mitologia que compartilham semelhanças de extensão variável com Baba Yaga. Essas semelhanças podem ser devidas à relação direta ou por contato cultural entre os eslavos e outros povos circunvizinhos. No Leste Europeu, tais figuras incluem a búlgara gorska majka ("Mãe da Floresta"); Baba Korizma, Gvozdenzuba ("Dentes de Ferro"), Baba Roga (a qual está relacionada aos medos infantis na Croácia e na Bósnia), šumska majka ("Mãe da Floresta"), e a babice; e a eslovena Baba Pehtra. No folclore romeno, semelhanças são identificadas em diversas figuras identificadas em semelhanças, incluindo Muma padurii ("Mãe da Floresta"). Nas vizinhanças da Europa Germânica, similaridades foram observadas entre a Alpine Perchta e Holda ou Holle no folclore do Norte e da região central da Alemanha, e o suíço Chlungeri.

A famosa bruxa já apareceu em diferentes filmes, porém, muito pouco se sabe sobre essa figura tão marcante do folclore eslavo. Há diversas versões de quem é Baba Yaga e o que ela fazia, e ela vai muito além de uma história de terror para assustar criancinhas.

A história dessa velha senhora tem várias versões, inclusive, ela tem vários nomes e pouco se sabe sobre o real significado e origem de cada um deles. Típico de histórias que sobreviveram anos e anos a partir da linguagem oral, passando-se de geração em geração, é bem difícil mapear e rastrear sua origem e como foi desenvolvida. Acredita-se que a história era contada para assustar as crianças e afastá-las do perigo das florestas.

 

A história mais contada é a versão russa, na qual, Baba Yaga é uma senhora com aparência pouco agradável que vive em uma pequena casa com um ou dois pés de galinha que possibilita que a casa se movimente pela floresta. Além disso, algumas lendas falam de sua decoração peculiar com ossos humanos e crânios de olhos brilhantes, já que a velhinha era conhecida por canibalismo também. A senhora tinha um espírito viajante e voava dentro de um caldeirão, com auxílio de um pilão como remo, enquanto varria o caminho com uma vassoura com cabelos humanos para apagar seus rastros.

 

Hoje, também chamada de Ведьма (ou ved'ma), Baba Yaga é vista como a bruxa má e feia, feroz que devora pessoas, mas, saiba que existem muitas outras versões que mostram um lado bem diferente disso. A figura desse mulher mística era conhecida também como vidente, por ser alguém bastante sábia e bastante associada com a arte da adivinhação, além disso, muitos contos mostram-na como um mulher antiga que guardava séculos de conhecimento. Podia até não ser tão simpática, mas era gentil e ajudava quem precisava de sua ajuda.

Alguns historiadores acreditam a Baba Yaga teve sua origem em contos pagãos, como uma divindade, e foi demonizada com o tempo a partir do momento que o cristianismo se espalhou pela Europa. Pouco ainda se sabe dessa anciã, contudo, é evidente que as diversas versões de seus contos só mostram a importância dessa figura para a cultura local dos países do leste europeu.

A ambiguidade das histórias representa uma mulher impetuosa, porém maternal. Baba Yaga, como figura ancestral, simboliza a morte, luz e nuvem, também conhecida por Deusa da Terra. Apesar disso, apenas os contos negativos dessa anciã são de conhecimento das pessoas, representando sempre uma vilã com aparência horripilante que devora pessoas.

Mesmo depois de muitas gerações contando histórias sobre ela, Baba Yaga é enigmática e muito do que se sabe sobre ela, ainda é muito pouco. Sem dúvidas, uma figura marcante que jamais deverá ser perdida no esquecimento.

Presente na Mitologia Eslava, e sendo comumente retratada em regiões do Leste Europeu, tendo a Rússia como maior abundância, a Baba Yaga é um conto que fala sobre uma bruxa canibal. Apesar disso, é um mito que está sujeito à um número considerável de interpretações, sendo assim, Baba Yaga pode obter traços de personalidades tanto maléficos, quanto bondosos.

Ao analisar a etimologia do nome da bruxa, Sibelan Forrester, que é uma estudiosa da área, aponta que "Baba" trata-se de uma palavra usada num sentido pejorativo para se referir a mulheres pobres, feias e até mesmo prostitutas. Por outro lado, poderiam haver outros sentidos, tais estes poderiam-se remeter à parteira, velha ou borboleta.

Há também a sua hipótese que pode-se referir a mulheres com mais de seus 40 ou 50 anos. No caso da borboleta, existem algumas lendas por aí de que elas personifiquem a alma.

Quanto a palavra "Yaga", Forrester diz que essa é mais difícil de ser definida. Outros estudiosos sugerem que pode-se referir à caçadora, viajante, perseguidora, mas também poderia significar coisas como horrível e horripilante. Diante desse ponto, Baba Yaga a grosso modo poderia significar algo como "velha horripilante" ou "a velha que persegue", duas interpretações que poderiam vir à fazer algum sentido, quando pensamos que eventualmente, ela é descrita vagando pelas florestas atrás de suas próximas vítimas.

Uma Figura do Bem ou do Mal?

Geralmente, a Baba Yaga é descrita como uma idosa com aparência grotesca, ela teria como característica um corpo muito magro e vagaria pelos ares montada em um almofariz, que é uma espécie de pilão, sendo eventualmente utilizado como uma arma, e usa a vassoura pra apagar seus rastros.

Baba Yaga possui como lar uma velha cabana que está assente em duas patas de galinha, sendo a fechadura dessa cabana uma boca cheia de dentes. Sua casa é decorada por ossos humanos, além de haver crânios com olhos brilhantes que ficam sobre a cerca. Ela também é conhecida por vagar pelas florestas.

A Bruxa Canibal

Baba Yaga é um tipo de conto que possui bastante versões diferentes, sendo que em uma delas, conta-se a história de um gato, um pardal e um garoto valente. Aqui, os animais avisam ao garoto que se a Baba Yaga vier contar as colheres, ele deve permanecer em silêncio, portanto, eis que ela aparece, e o jovem não se contentando, grita para que ela não toque nas colheres.

Baba Yaga, então, leva o menino. Embora o gato, e o pardal salvem o menino três vezes, ele acaba sempre sendo raptado pela criatura. Após sequestrá-lo, Baba Yaga pede a uma de suas filhas para assá-lo, porém, a criatura é enganada por ele, e de alguma maneira, é a filha dela que foi parar no forno, algo que a criatura só descobre no momento da refeição. A mesma coisa acontece com outras filhas da bruxa, até que ela própria é ludibriada e assada.

A Versão Mais Rica Em Detalhes

Há outra versão em que essa criatura é associada com traços maternais. Aqui tudo se resume à um pai que perde a esposa e resolve se casar novamente para tentar recomeçar sua vida, sendo assim, os seus filhos com a primeira esposa que eram gêmeos, ganharam irmãos, pois a nova esposa do pai também teve filhos. O lance é que o pai tinha um carinho especial pelos seus primeiros filhos, devido à relação com a falecida esposa, o que acabava causando uma crise de ciumes em sua mulher. Isso já era motivo o suficiente para ela maltratar as crianças, deixando-as até mesmo passar fome.

Certo dia, o ódio da madrasta acumulou-se a ponto dela mandar os seus enteados até a casa de uma bruxa que vivia em uma floresta, com a esperança de que eles nunca mais voltassem. A madastra os enganou dizendo que lá ela ofereceria do bom e do melhor para que eles comessem. Antes de irem até lá, haviam passado na casa da tia-avó para uma refeição, e levaram leite, presunto e biscoitos para comer durante o caminho até a casa de Baba Yaga.

Ao chegar à casa de Baba Yaga, as crianças se depararam com uma velha senhora descansando perto da parede ao fundo, óbviamente, a sua aparência já era o suficiente pra amedrontar as crianças a ponto de fazerem elas chorarem, a criatura não se opôs à presença delas, portanto, deviam obedecê-la a todo custo, caso contrário, ela devoraria as crianças.

Sendo assim, ela mandou a menina para a roda de fiar e o garoto ficou encarregado de buscar água em uma peneira para encher a banheira. A irmã chorava enquanto utilizava a rodar de fiar, tecendo um longo fio. Logo ela percebeu que alguns ratinhos se aproximaram dela pedindo pelos biscoitos que ela havia pego com a avó mais cedo, quando receberam, sentindo-se agradecidos, disseram para a garota procurar por um Gato Preto, pois ele poderia ajudá-la caso recebesse uma fatia de presunto.

Após um tempo, as crianças encontraram esse tal gato, que entregou aos irmãos uma toalha para ser usada como capa, ele alegou que caso Baba Yaga fosse atrás deles, eles poderiam jogar essa toalha no chão e a partir dela surgiria um rio, pois, de acordo com ele, as bruxas possuem uma fraqueza por águas correntes. Além disso, ele também entregou um pente que poderia ser usado para criar uma grande árvore negra, caso as crianças precisassem de um local para se esconder.

Algum tempo depois, as crianças conseguem escapar, e a Bruxa encontra o gato destruindo todo o fio criado pela menina e nota a falta das crianças, ela então pergunta porque ele os deixou fugir, e o gato retorna dizendo que em muitos anos, a bruxa não havia lhe feito nenhum agrado, mas as crianças haviam lhe dado uma fatia de presunto. Após isso, a bruxa foi a procura das crianças, entretanto, o plano dos objetos mágicos funcionou, e a criatura acabou desistindo.

Já a madrasta teve um fim um tanto grotesco, pois além de ser expulsa de casa pelo seu marido, ao vagar rumo floresta adentro, foi encontrada por Baba Yaga, e acabou sendo devorada por ela, devido ao seu coração impuro. Diante do fim dessa trama, a criatura é vista como uma figura que demonstra ambiguidade, tendo preferência por aqueles que possuem uma certa imoralidade.

Baba Yaga é o arquétipo da bruxa eslava presente no folclore russo e de todo Leste Europeu. Ela é um personagem muito mais profunda e intrincada do que as bruxas presentes nos mitos da Europa Ocidental, uma figura que inspira sentimentos contraditórios de medo, respeito e esperança.

Seu nome é um testemunho de sua identidade, assim como as muitas lendas que a cercam. O termo russo "Baba" é geralmente considerado ofensivo entre os eslavos. Ele serve para designar um tipo de mulher vingativa, que vive reclamando, que é grosseiramente desgrenhada, uma verdadeira matrona que jamais casou ou foi realmente amada ao longo de sua existência. Seria o equivalente a uma solteirona, uma velha que é consumida pela inveja de todos que são felizes e que vai se tornando cada vez mais amarga, perversa e cruel com o passar dos anos. "Yaga" é mais frequentemente traduzido como "bruxa", mas tem vários outros significados, como "feiticeira", "malvada", "traiçoeira" e até "serpente", algumas vezes a palavra também é usada para descrever uma situação de perigo, de medo ou até de fúria.

Em suas lendas, Baba Yaga vive nas profundezas de uma floresta selvagem quase inacessível. A vegetação nesse lugar cresce de maneira incomum, não natural. A copa das árvores impede a entrada dos raios de sol, os troncos são tomados de fungos venenosos e mesmo os arbustos são cheios de espinhos. Erva daninha e urtiga cresce selvagem. Os animais silvestres evitam esse bosque maligno; onde haveria o canto de pássaros e o zumbido de insetos, repousa apenas um silêncio sepulcral.

Em geral, existe um único caminho através dessa floresta erma, que se oferece como uma rota segura. Essa estrada de terra conduz até uma cabana arruinada de madeira. Trata-se de uma construção rústica, típica dos camponeses, com ripas de madeira engendradas umas sobre as outras e uma chaminé de tijolo sempre cuspindo fumaça. Através das janelas sujas pode ser vista uma luz amarelada de candeeiro. As telhas no alto parecem velhas, precisando de reparos, tudo é antigo e com uma aparência de flagrante abandono.

Ao redor da casa há um indicativo do perigo que reside nessa morada. Uma cerca baixa feita de ossos circunda toda a propriedade, crânios humanos servem de vigias no alto da murada macabra e à noite, órbitas vazias brilham com uma luminosidade fosforescente. O portão de entrada é feito de costelas arqueadas pendendo em postes erguidos com ossos compridos e amarelados. A fechadura fica na boca de uma caveira em meio aos seus dentes perolados. A campainha é um chocalho com falanges penduradas numa corda de cabelos que quando agitada emite um ruído de tilintar.

Por alguma razão, a porta de entrada da cabana sempre está voltada para o lado oposto da estrada. Quem deseja entrar precisa bater palmas ou chamar a atenção do dono em seu interior. Na realidade, Baba Yaga está sempre ciente quando há visitantes no seu alpendre, ela decide se quer receber visitas. Segundo a lenda, se esse for o caso, a cabana inteira estremece se erguendo artriticamente do chão de terra. Imensas pernas de galinha que servem como base de sustentação para o casebre se encarregam de posicioná-la corretamente, fazendo com que a porta fique diante de quem planeja entrar. Se por algum motivo o visitante se comportar de maneira desrespeitosa enquanto chama pelo dono da casa, a bruxa simplesmente comanda os pés da cabana a pisoteá-lo até esmagar cada osso de se corpo. Mas em geral, Baba Yaga concede ao visitante o direito de adentrar o seu pavoroso covil.   

A bruxa em si é uma visão medonha, uma velha magra com um longo nariz em forma de anzol, tomado por verrugas e um queixo pontudo. Longos cabelos cinzentos e oleosos, por não serem lavados há anos, descem pelos ombros e pelas costas encarquilhadas. Sua coluna é tão encurvada que ela anda abaixada dando a impressão de que o nariz vai tocar o chão. Mas isso é um artifício para esconder seu sinistro sorriso composto de fileiras de dentes extremamente afiados. O corpo da bruxa é tão magro que os andrajos remendados que ela veste pendem soltos na sua silhueta esquálida. Apesar de parecer extremamente frágil, Baba Yaga é rápida e extremamente forte, sendo capaz de subjugar um homem adulto com suas próprias mãos.

Algumas lendas mencionam que ela possui serviçais que protegem a sua cabana . São eles um grande e feroz cão de caça, um gato preto de olhos verdes extremamente malignos e uma espécie de árvore (alimentada com sangue) que cresce na frente de sua casa e cujos galhos se estendem como tentáculos. Essas criaturas são criadas magicamente e portanto dotadas de inteligência, obedecendo com intensão assassina a todas as ordens de sua mestra. Em algumas estórias eles cumprem tarefas como enviar mensagens, seguir vítimas ou proteger a casa na ausência da bruxa. Há ainda horríveis mãos decepadas de cadáveres que são enterradas na entrada da casa da bruxa e que servem de guardiões contra invasores. Quando alguém tenta forçar a entrada, essas mãos irrompem do chão para agarrar pés e tornozelos detendo o avanço. Haveria ainda três cavaleiros enigmáticos que cavalgam montarias fantasmagóricas e servem a bruxa em todos os seus desígnios.

Baba Yaga raramente deixa a sua cabana, na maioria das vezes ela aguarda pacientemente (como uma aranha no centro de sua teia) que alguma presa venha até ela. Ela é capaz de disfarçar seu covil através de um encantamento místico bastante real, fazendo com o aspecto sinistro dê lugar a uma casa confortável e convidativa. A própria bruxa pode assumir outras duas formas humanas mais agradáveis. A primeira é a de uma jovem mulher de cabelos negros e pele muito branca que anda descalça sobre a neve, protegida apenas por um manto de pele de raposa. Ela é escolhida quando a bruxa deseja atrair um homem valendo-se de luxúria. A outra forma é de uma mulher de meia idade, com roupas de camponesa e com o olhar reconfortante de uma mãe cheia de candura. Quando usa esse aspecto a casa exala um odor convidativo de comida recém preparada, de doces ou guloseimas. É claro, essas duas formas escondem a verdadeira face da bruxa que se diverte ao mostrar sua aparência decrépita antes de capturar suas vítimas.            

Nas raras ocasiões em que ela deixa a segurança de sua cabana, ela utiliza uma espécie de pilão de madeira voador que a propele pelo ar, enquanto ela manobra a coisa com uma vassoura de palha que lhe dá rumo. Nas culturas eslavas, nada pode ser sinal de maior azar do que derrubar um pilão de moagem no chão, pois dizia-se que tal coisa podia atrair a raiva da Baba Yaga. Da mesma maneira, uma vassoura usada para varrer os dois pés de uma pessoa ao mesmo tempo funcionava como uma espécie de maldição, marcando o indivíduo para encontrar a terrível bruxa mais cedo ou mais tarde.

[NOTA: Não sei se é daí que vem a superstição de que varrer os pés de uma pessoa faz com que ela não consiga encontrar alguém para casar.]

Os visitantes que entram na cabana, por vontade própria ou de alguma forma ludibriados, estão destinados a terminar no grande forno à lenha da bruxa. Ao menos esse é o fim da maioria das pessoas. Esses infelizes podem ser atacados de surpresa, simplesmente empurrados para dentro do forno ou desacordados após ingerir alguma poção, se fartar com uma ceia ou compartilhar da cama da bruxa (quando ela assume a forma da jovem dadivosa).

Como em todas as fábulas, existem algumas regras que podem salvar a pessoa de se tornar comida da feiticeira canibal. Oferecer-se para rachar lenha, varrer a casa, moer grãos ou preparar alguma refeição pode salvar o indivíduo da morte certa. Em algumas circunstâncias demonstrar amabilidade, esperteza ou bravura pode resultar em um presente. Infelizmente, fazer perguntas inconvenientes, agir com grosseria ou desacatar a dona da casa é o caminho mais rápido para a perdição.

Presente em todo Leste Europeu e na Rússia, a Baba Yaga sempre foi (e ainda é) uma entidade extremamente popular que domina o folclore local. Mesmo durante os anos mais rígidos impostos pelo regime comunista da União Soviética, os velhos mitos que cercavam a bruxa não foram inteiramente esquecidos. Durante os pogrons impostos pelo regime, muitas mulheres foram poupadas de serem desalojadas de suas cabanas, não pela bondade repentina dos comissários sovietes, mas porque muitos temiam que a cabana pudesse ser a morada da feiticeira. Da mesma maneira, relatos de soldados que supostamente encontraram ou até se aventuraram na cabana de Baba Yaga, se tornaram recorrentes tanto na Primeira quanto na Segunda Guerra Mundial. O próprio Exército Vermelho espalhou um boato para conter uma onda de deserções que Baba Yaga atacava soldados solitários nas florestas. Diante da perspectiva de enfrentar a máquina de guerra nazista ou a bruxa faminta, muitos soldados preferiam tentar a sua sorte contra o exército alemão.   

Apesar de ser uma criatura essencialmente maligna, Baba Yaga em alguns momentos está disposta a ajudar quem a procura, especialmente se a pessoa tiver sofrido uma injustiça ou perseguição. Não raramente ela sabe de algum problema ou aflição e tenta a pessoa com uma solução para seu dilema oferecendo algum talismã, amuleto ou feitiço miraculoso. Confiar demasiadamente na velha, entretanto pode ser fatal, seu humor é tão volúvel quanto o clima e de uma hora para outra, um aliado pode acabar lançado no forno.

Poucas coisas são capazes de machucar Baba Yaga, ela é imune a armas e a maioria dos ataques físicos simplesmente não resultam em nada em seu corpo. Contudo, ferro frio (não moldado) é capaz de feri-la e talvez até matá-la. Magias também podem ser um trunfo, embora ela conheça a maioria dos abascantos que neutralizam ou anulam feitiços.

Como muitas figuras do folclore, Baba Yaga é mais uma força da natureza do que um símbolo de morte, maldade e destruição. Ainda que seja uma criatura de comportamento imprevisível ela é uma boa juíza de caráter e quando percebe algum atributo ou virtude digna de nota em uma vítima em potencial, prefere ouvir o que ela tem a dizer antes de simplesmente devorá-la. Ainda que esteja sempre faminta, característica por si só assustadora, os povos eslavos vêem nela uma fonte de sabedoria que não pode ser preterida.



 

Fontes: https://pt.wikipedia.org/wiki/Baba_Yaga

https://www.terra.com.br/vida-e-estilo/horoscopo/conto-da-baba-yaga-a-bruxa-mais-famosa-do-leste-europeu,52e8770e4397bacdd0ad5ecdcb305cc0267rlu8c.html

https://mitologia-lendas-urbanas.fandom.com/pt-br/wiki/Baba_Yaga

http://mundotentacular.blogspot.com/2014/05/a-lenda-de-baba-yaga-mais-temida-das.html

Que sejam prósperos, Raffi Souza.