Reencarnação no seio familiar
Os Laços de Família são
Fortalecidos pela Reencarnação e Rompidos pela Unicidade da Existência
Os laços de família não são
destruídos pela reencarnação, como pensam certas pessoas. Pelo contrário, são
fortalecidos e reapertados. O princípio oposto é que os destrói.
O Evangelho Segundo o
Espiritismo “ Ninguém pode ver o Reino de Deus, se não nascer de novo”.
A idéia da unicidade da
existência pode ser analisada sob o ponto de vista do materialismo, que
considera a vida orgânica e a inteligente como conseqüências da matéria, do
funcionamento dos órgãos do corpo físico.
Assim, a vida surge com
o corpo e desaparece quando ele morre.
Tantos bilhões e bilhões de
anos gastou a natureza para o homem ser , hoje o que é , desenvolvendo-se,
estudando, aprendendo, trabalhando, sonhando, amando, sendo amado, sofrendo,
reproduzindo-se, criando, descobrindo coisas... e desaparecer para sempre?!
Essa idéia parece-me ilógica e irracional, mesmo excluindo-se a idéia de um Ser
Supremo, causa de tudo.
A unicidade da vida também ser
analisada sob o ponto de vista espiritualista, que considera a alma criada por
Deus, juntamente com o corpo, não tendo antes disso nenhuma ligação entre ambos
e entre familiares. Assim, pais e filhos, irmãos, avós e netos e outros vão se
conhecer a partir do nascimento do bebê. Estão ligados pelos laços corporais,
pelas leis da hereditariedade, sem nenhuma ligação espiritual, afetiva, que só
a partir da constatação da gravidez para alguns ou do nascimento para outros,
começa a existir.
As facilidades e/ou as
dificuldades de relacionamento entre pais e filhos e entre irmãos são sempre relacionadas
com as qualificações herdadas dos pais e/ou dos antepassados. Pode levar o
homem a não sentir-se responsável por si e suas ações : "- Nasci
assim." "Meu pai era assim."
Em contrapartida, a idéia das
vidas sucessivas, antepassados e descendentes podem ter se relacionado antes,
ter vividos juntos, amando-se ou não, mas, de modo geral, não estão iniciando
relacionamento, apenas continuando o desenvolvimento de cada um, na convivência
em conjunto. E assim continuarão, encontrando-se sempre para " estreitar
os laços de simpatia".
A unicidade das existências
pode romper os laços de família, porque o destino de cada um já está
determinado após uma única existência. Cada membro, na dependência de ter
vivido bem ou não, do seu arrependimento ou não, já terá seu destino definido e
assim, pais e filhos, maridos e mulheres, irmãos podem nunca mais se
encontrarem. Talvez, por isso, pela incerteza do reencontro, a morte de entes
queridos é sempre tão dolorosa, tão desesperadora para a grande maioria dos homens.
Graças a Deus, à Sua
sabedoria, à Sua justiça e ao Seu Amor, existe a lei da reencarnação para todos
e, cada vez mais, sua aceitação se expande com mais rapidez, levando às pessoas
a certeza de que se retorna à Terra tantas vezes quantas forem necessárias para
o desenvolvimento e burilamento espiritual, de cada um. Somente assim, estão as
pessoas queridas sempre se reencontrando, aqui ou no além, porque, conservando
sua individualidade, os Espíritos sentem-se atraídos pelos que lhe são ligados
por laços espirituais.
"Com a reencarnação
e o progresso que lhe é conseqüente, todos os que se amam se encontram na Terra
e no espaço, e juntos gravitam para Deus."
Mas, nem todos que se
amam caminham juntos na sua evolução. E os amados que fracassam, que não
acompanham seus amores?
Os que amam jamais
abandonam seus entes queridos, "retardam seu adiantamento e a sua
felicidade" e os auxiliam, muitas vezes até reencarnando junto, para
melhor ampará-los.
"Com a
reencarnação, enfim, há perpétua solidariedade entre os encarnados e os
desencarnados, do que resulta o estreitamento dos laços de afeição."
Kardec termina essas
considerações, apresentando quatro alternativas existentes na Terra para o
futuro do homem no além, após a morte do corpo:
1 : o nada, segundo a doutrina
materialista;
2 : a absorção no todo
universal, segundo a doutrina panteísta;
3 : a conservação da
individualidade com fixação definitiva da sorte, segundo a doutrina católica e
protestante;
4 : a conservação da
individualidade, com o progresso infinito, segundo a doutrina espírita.
De acordo com as duas
primeiras, os laços de família são rompidos pela morte.Com a terceira, somente
poderão se reencontrar os membros da família que estiverem no mesmo lugar, de
acordo com seu merecimento em uma só existência.
Com a pluralidade das
existências, a progressão se fazendo de forma gradual, há sempre a certeza dos
reencontros, da continuidade das relações entre os que se amam e é nesse relacionamento
amoroso que se constitui a verdadeira família.( para melhor entendimento, ver
no livro que estamos estudando, capítulo XIV: Parentesco corporal e espiritual)
Os Espíritos formam, no
espaço, grupos ou famílias, unidos pela afeição, pela simpatia e a semelhança
de inclinações. Esses Espíritos, felizes de estarem juntos, procuram-se. A
encarnação só os separa momentaneamente, pois que, uma vez retornando a
erraticidade, eles se reencontram, como amigos na volta de uma viagem. Muitas
vezes eles seguem juntos na encarnação, reunindo-se numa mesma família ou num
mesmo círculo, e trabalham juntos para o seu progresso comum. Se uns estão
encarnados e outros não, continuarão unidos pelo pensamento. Os que estão
livres velam pelos que estão cativos, os mais adiantados procurando fazer
progredir os retardatários. Após cada existência terão dado mais um passo na
senda da perfeição.
Cada vez menos apegados
à matéria, seu afeto é mais vivo, por isso mesmo que mais purificado, não perturbado
pelo egoísmo nem obscurecido pelas paixões. Assim, eles poderiam percorrer um
número ilimitado de existências corporais, sem que nenhum acidente perturbe sua
afeição comum.
Estenda-se bem que se trata
aqui da verdadeira afeição espiritual, de alma para alma, a única que sobrevive
à destruição do corpo, pois os seres que se unem na Terra apenas pelos
sentidos, não têm nenhum motivo para se preocuparem no mundo dos Espíritos. Só
são duráveis as afeições espirituais. As afeições carnais extinguem-se com a
causa que as provocou; ora, essa causa deixa de existir no mundo dos Espíritos,
enquanto a alma sempre existe. Quanto às pessoas que se unem somente por
interesse, nada são realmente uma para outra: a morte as separa na Terra e no
Céu.A união e a afeição entre parentes indicam a simpatia anterior que as
aproximou. Por isso, diz-se de uma pessoa cujo caráter, cujos gostos e
inclinações nada têm de comum com os dos parentes, que ela não pertence à
família. Dizendo isso, enuncia-se uma verdade maior do que se pensa. Deus
permite essas encarnações de Espíritos antipáticos ou estranhos nas famílias,
com a dupla finalidade de servirem de provas para uns e de meio de progresso
para outros. Os maus, se melhoram pouco a pouco, ao contacto dos bons e pelas
atenções que deles recebem, seu caráter se abranda, seus costumes se depuram,
as antipatias desaparecem. É assim que se produz a fusão das diversas
categorias de Espíritos, como se faz na Terra entre a raças e os povos.O medo
do aumento indefinido da parentela, em conseqüência da reencarnação, é um medo
egoísta, provando que não se possui uma capacidade de amor suficientemente
ampla, para abranger um grande número de pessoas. Um pai que tem numerosos
filhos, por acaso os amaria menos do que se tivesse apenas um? Mas que os
egoístas se tranqüilizem, pois esse medo não tem fundamento. Do fato de ter um
homem dez encarnações, não se segue que tenha de encontrar no mundo dos
Espíritos dez mães, dez esposas e um número proporcional de filhos e de novos parentes.
Ele sempre encontrará os mesmos que foram objetos de sua afeição,que lhe
estiveram ligados na Terra por diversas maneiras, e talvez pelas mesmas
maneiras.
Quanto ao futuro, segundo os
dogmas fundamentais que decorrem do princípio anti-reencarnacionista, a sorte
das almas está irrevogavelmente fixada após uma única existência. Essa fixação
definitiva da sorte implica a negação de todo o progresso, pois se há algum
progresso, não pode haver fixação definitiva da sorte. Segundo tenham elas bem
ou mal vivido,vão imediatamente para a morada dos bem-aventurados ou para o
inferno eterno. Ficam assim imediatamente separadas para sempre, sem esperanças
de jamais se reunirem, de tal maneira que pais, mães e filhos, maridos e
esposas, irmãos e amigos, não têm nunca a certeza de se reverem: é a mais
absoluta ruptura dos laços de família.
Com a reencarnação, e o
progresso que lhe é conseqüente, todos os que se amam se encontram na terra e
no espaço, e juntos gravitam para Deus. Se há os que fracassam no caminho,
retardam o seu adiantamento e a sua felicidade. Mas nem por isso as esperanças
estão perdidas. Ajudados, encorajados e amparados pelos que os amam, sairão um
dia do atoleiro em que caíram. Com a reencarnação, enfim, há perpétua
solidariedade entre os encarnados e os desencarnados, do que resulta o
estreitamento dos laços de afeição.
Em resumo, quatro
alternativas se apresentam ao homem, para o seu futuro de além-túmulo:
1º) o nada, segundo a
doutrina materialista;
2º) a absorção no todo
universal, segundo a doutrina panteísta;
3º) a conservação da
individualidade, com fixação definitiva da sorte, segundo a doutrina da Igreja;
4º) a conservação
da individualidade, com o progresso infinito, segundo a doutrina espírita. De
acordo com as duas primeiras, os laços de família são rompidos pela morte, e
não há nenhuma esperança de se reencontrarem; com a terceira, há possibilidade
de se reverem, contanto que esteja no mesmo meio, podendo esse meio ser o
inferno ou o paraíso; com a pluralidade das existências, que é inseparável do
progresso gradual, existe a certeza da continuidade das relações entre os que
se amam, e é isso o que constitui a verdadeira família
Daquilo que tenho estudado e
ouvido em palestras, não há uma fórmula mágica para compreender, porque não há
dois casos iguais. No entanto, pode-se enquadrar certas situações genéricas
para tentar compreender melhor.
Normalmente depende muito do
que os espíritos fizeram e como se endividaram. Dois espíritos nessa situação
leva-me a pensar de que a que encarnou agora como mãe poderá ter agora de dar
mais amor ao outro, um amor incondicional que é o de mãe. Pode ser que se tenha
aproveitado do amor do companheiro por egoísmo ou vaidade por exemplo.
Mas há outras possibilidades,
pode ser que o maior erro tenha sido do que encarna agora como filho, e a mãe,
mais evoluída vá agora se comprometer a dar uma educação ao filho que lhe irá
permitir ao outro ser menos materialista e egoísta.
Não saberemos qual será a
situação específica, e normalmente a espiritualidade não nos deixa saber o
motivo, de forma a que não estragasse a possibilidade de evoluirmos, no entanto
podemos sempre ter algumas ideias que nos façam melhor compreender... eu
pessoalmente acho que a 1ª hipótese é "mais provável" neste caso tudo
de bom e prossiga os estudos. Somo sujeitos a muitas provas e quanto mais o
estudo, maior o esclarecimento e menos sofreremos, porque sabemos que nada é
por acaso reencarnação na mesma família ocorre por simpatia ou resgates de
dívidas do passado, como uma reconciliação entre inimigos por exemplo, mas
podem existir outros possíveis motivos, pois cada caso é um caso.
Na simpatia, determinados
Espíritos simpáticos podem reencarnar na mesma família pelo afeto que
consolidaram em outras existências, e assim podem evoluir juntos.
Nos resgates do passado, dois
Espíritos que tinham inimizades familiares em outras existências podem
reencarnar na mesma família novamente, como mãe e filho ou pai e filho, para assim
ocorrer a reconciliação entre ambos. Isso explica a razão de muitos filhos não
gostarem de seus pais, sendo violentos para com eles desde criança, ou
vice-versa, onde a mãe não sente afeto por aquele filho que acabou de vir ao
mundo material, gerando assim vários conflitos entre eles, é algo que não sabem
a origem, simplesmente não se gostam. A causa está em existências passadas.
Tudo isso demonstra a eterna
sabedoria e justiça de Deus em ação. Onde somente através das reencarnações
para um ódio se transformar em amor.
A Adoção
Um dos medos mais comuns das
famílias adotantes é de que o filho adotivo venha a se tornar um marginalizado
pois que já teve a rejeição materna e pode ser revoltado, e então, um marginal.
Esse raciocínio se opera, primeiro devido ao preconceito de atribuir à criança
uma herança de má índole, segundo porque se desconhece a Lei da Reencarnação.
Ora, um filho biológico pode ser um espírito que reencarnou para resgate
naquela família, causando-lhe muitos problemas; ao passo que, o filho adotivo,
poderá ser um espírito afim, que vem para trazer felicidade. Ou vice-versa.
Desta forma, ter um filho
adotivo ou biológico sempre será para a família um meio de ressarcir débitos
pretéritos, direta ou indiretamente, e sejam esses débitos dela (família) ou
dele (filho).
Jamais teremos nossas
consciências em paz, enquanto houverem as injustiças sociais, os preconceitos,
as negações afetivas adotar um filho, um amigo, um pai, uma mãe devem ser
tarefas diárias para quem quer conquistar a sua própria evolução espiritual.
Mas a adoção deve ser de coração, pois esse é laço indestrutível, permanente.
"Nossos filhos não são
nossos filhos, são antes, irmãos.
Os corpos que têm são filhos
dos nossos corpos, nada mais.
Os chamados filhos adotivos
são os filhos do coração, estão unidos à nos por indestrutíveis laços
espirituais.
Somos todos filhos uns dos
outros."
A reencarnação é um
programa de Deus em favor de nossa evolução. A carne é um escoadouro de
impurezas espirituais. A jornada terrestre é oportuno curso de aperfeiçoamento
moral. Planejamento implica em compromisso, algo que somente espíritos
amadurecidos têm condições para assumir e cumprir, o que é incomum.
Ocorrem com frequência,
particularmente aqueles que obedecem exclusivamente à atração sexual ou ao
interesse pecuniário.
Nenhum dos motivos das brigas
citados acima justificam por que isso acontece com TODOS os irmãos. A única
explicação lógica, além daquela que todos já conhecem que os irmão brigam
porque se amam, ou porque passam a maior parte do tempo juntos, é a explicação
espírita.
Segundo a crença do
espiritismo, essa discordância vem de outras vidas: os nossos irmãos eram
nossos inimigos em outra encarnação, e agora foram colocados próximos de nós
para resolvermos as pendências passadas, assim aperfeiçoaremos nossos
espíritos, aprendendo mais uma lição. Para os espíritas, nós reencarnamos
várias vezes e de várias maneiras, como pessoas ricas, mendigos, pessoas com
doenças mentais etc. E o fato de nossos irmãos, nessa encarnação, terem sido
nossos inimigos na encarnação passada nos ajuda a aprender a conviver com eles
e adquirir o conhecimento que, segundo os espíritas, vai se acumulando na nossa
alma como experiências de vida e que nos ajudarão a nos elevar para um plano
superior.
É fácil acreditar que nossos
irmãos tenham sido nossos inimigos: nós não aguentamos ficar perto deles sem
brigar. Seria mesmo muito difícil de conviver com nossos inimigos, por isso é
tão difícil a convivência com nossos irmãos. Mas os pais, em vez de tentar
acabar com essas brigas, podem tomar algumas atitudes que podem evitá-las.
Normalmente, os pais ficam
impotentes no meio das brigas dos filhos e acabam tomando partido de um, o que
faz com que o outro se sinta injustiçado e fique com mais raiva ainda do irmão.
Para evitar isso, os pais devem tratar os filhos de uma maneira imparcial e
justa, para que um filho não fique com ódio do outro. Já em relação a brigas
por espaço, os pais devem definir o espaço de cada um dos filhos e respeitar
esse limite imposto por eles mesmos sempre, sem abrir exceções.
Há um outro motivo que faz com
que os irmãos fiquem com muito ódio um do outro: as comparações feitas pelos
pais. Os filhos não gostam que os pais os comparem com os irmãos a respeito de
nada, quando os pais fazem isso, o filho comparado fica com raiva do irmão e
arranja qualquer motivo para brigar com ele e descontar sua raiva. Portanto, os
pais não devem ficar comparando os filhos entre eles ou mesmo entre os filhos
dos outros. Já em relação às brigas por motivos banais não há não há muito o
que se possa fazer, apenas separar os filhos para que a briga não se prolongue
muito, mas não é possível evitá-la.
Mas não são todos os irmãos
que brigam, sempre existem as exceções. Qual será o segredo da boa convivência
deles? Será que eles dormem em quartos separados e quase nunca se vêem? Será
que os pais são separados e cada um mora com um deles? Será que eles não eram
inimigos em outra vida e só são irmãos nesta para ter companhia? Ou será que
eles possuem mesmo o segredo da boa convivência? Isso vai continuar sendo um
grande mistério.
Wal Oliveira
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