06 maio 2015

Reencarnação no seio familiar

Reencarnação no seio familiar


Os Laços de Família são Fortalecidos pela Reencarnação e Rompidos pela Unicidade da Existência
Os laços de família não são destruídos pela reencarnação, como pensam certas pessoas. Pelo contrário, são fortalecidos e reapertados. O princípio oposto é que os destrói.
O Evangelho Segundo o Espiritismo “ Ninguém pode ver o Reino de Deus, se não nascer de novo”.
A idéia da unicidade da existência pode ser analisada sob o ponto de vista do materialismo, que considera a vida orgânica e a inteligente como conseqüências da matéria, do funcionamento dos órgãos do corpo físico.
 Assim, a vida surge com o corpo e desaparece quando ele morre.
Tantos bilhões e bilhões de anos gastou a natureza para o homem ser , hoje o que é , desenvolvendo-se, estudando, aprendendo, trabalhando, sonhando, amando, sendo amado, sofrendo, reproduzindo-se, criando, descobrindo coisas... e desaparecer para sempre?! Essa idéia parece-me ilógica e irracional, mesmo excluindo-se a idéia de um Ser Supremo, causa de tudo.
A unicidade da vida também ser analisada sob o ponto de vista espiritualista, que considera a alma criada por Deus, juntamente com o corpo, não tendo antes disso nenhuma ligação entre ambos e entre familiares. Assim, pais e filhos, irmãos, avós e netos e outros vão se conhecer a partir do nascimento do bebê. Estão ligados pelos laços corporais, pelas leis da hereditariedade, sem nenhuma ligação espiritual, afetiva, que só a partir da constatação da gravidez para alguns ou do nascimento para outros, começa a existir.
As facilidades e/ou as dificuldades de relacionamento entre pais e filhos e entre irmãos são sempre relacionadas com as qualificações herdadas dos pais e/ou dos antepassados. Pode levar o homem a não sentir-se responsável por si e suas ações : "- Nasci assim." "Meu pai era assim."
Em contrapartida, a idéia das vidas sucessivas, antepassados e descendentes podem ter se relacionado antes, ter vividos juntos, amando-se ou não, mas, de modo geral, não estão iniciando relacionamento, apenas continuando o desenvolvimento de cada um, na convivência em conjunto. E assim continuarão, encontrando-se sempre para " estreitar os laços de simpatia". 
A unicidade das existências pode romper os laços de família, porque o destino de cada um já está determinado após uma única existência. Cada membro, na dependência de ter vivido bem ou não, do seu arrependimento ou não, já terá seu destino definido e assim, pais e filhos, maridos e mulheres, irmãos podem nunca mais se encontrarem. Talvez, por isso, pela incerteza do reencontro, a morte de entes queridos é sempre tão dolorosa, tão desesperadora para a grande maioria dos homens.
Graças a Deus, à Sua sabedoria, à Sua justiça e ao Seu Amor, existe a lei da reencarnação para todos e, cada vez mais, sua aceitação se expande com mais rapidez, levando às pessoas a certeza de que se retorna à Terra tantas vezes quantas forem necessárias para o desenvolvimento e burilamento espiritual, de cada um. Somente assim, estão as pessoas queridas sempre se reencontrando, aqui ou no além, porque, conservando sua individualidade, os Espíritos sentem-se atraídos pelos que lhe são ligados por laços espirituais.



 "Com a reencarnação e o progresso que lhe é conseqüente, todos os que se amam se encontram na Terra e no espaço, e juntos gravitam para Deus."
 Mas, nem todos que se amam caminham juntos na sua evolução. E os amados que fracassam, que não acompanham seus amores?
 Os que amam jamais abandonam seus entes queridos, "retardam seu adiantamento e a sua felicidade" e os auxiliam, muitas vezes até reencarnando junto, para melhor ampará-los.

 "Com a reencarnação, enfim, há perpétua solidariedade entre os encarnados e os desencarnados, do que resulta o estreitamento dos laços de afeição."

 Kardec termina essas considerações, apresentando quatro alternativas existentes na Terra para o futuro do homem no além, após a morte do corpo:

1 : o nada, segundo a doutrina materialista; 
2 : a absorção no todo universal, segundo a doutrina panteísta; 
3 : a conservação da individualidade com fixação definitiva da sorte, segundo a doutrina católica e protestante; 
4 : a conservação da individualidade, com o progresso infinito, segundo a doutrina espírita.

De acordo com as duas primeiras, os laços de família são rompidos pela morte.Com a terceira, somente poderão se reencontrar os membros da família que estiverem no mesmo lugar, de acordo com seu merecimento em uma só existência. 

Com a pluralidade das existências, a progressão se fazendo de forma gradual, há sempre a certeza dos reencontros, da continuidade das relações entre os que se amam e é nesse relacionamento amoroso que se constitui a verdadeira família.( para melhor entendimento, ver no livro que estamos estudando, capítulo XIV: Parentesco corporal e espiritual)
Os Espíritos formam, no espaço, grupos ou famílias, unidos pela afeição, pela simpatia e a semelhança de inclinações. Esses Espíritos, felizes de estarem juntos, procuram-se. A encarnação só os separa momentaneamente, pois que, uma vez retornando a erraticidade, eles se reencontram, como amigos na volta de uma viagem. Muitas vezes eles seguem juntos na encarnação, reunindo-se numa mesma família ou num mesmo círculo, e trabalham juntos para o seu progresso comum. Se uns estão encarnados e outros não, continuarão unidos pelo pensamento. Os que estão livres velam pelos que estão cativos, os mais adiantados procurando fazer progredir os retardatários. Após cada existência terão dado mais um passo na senda da perfeição.
 Cada vez menos apegados à matéria, seu afeto é mais vivo, por isso mesmo que mais purificado, não perturbado pelo egoísmo nem obscurecido pelas paixões. Assim, eles poderiam percorrer um número ilimitado de existências corporais, sem que nenhum acidente perturbe sua afeição comum.
Estenda-se bem que se trata aqui da verdadeira afeição espiritual, de alma para alma, a única que sobrevive à destruição do corpo, pois os seres que se unem na Terra apenas pelos sentidos, não têm nenhum motivo para se preocuparem no mundo dos Espíritos. Só são duráveis as afeições espirituais. As afeições carnais extinguem-se com a causa que as provocou; ora, essa causa deixa de existir no mundo dos Espíritos, enquanto a alma sempre existe. Quanto às pessoas que se unem somente por interesse, nada são realmente uma para outra: a morte as separa na Terra e no Céu.A união e a afeição entre parentes indicam a simpatia anterior que as aproximou. Por isso, diz-se de uma pessoa cujo caráter, cujos gostos e inclinações nada têm de comum com os dos parentes, que ela não pertence à família. Dizendo isso, enuncia-se uma verdade maior do que se pensa. Deus permite essas encarnações de Espíritos antipáticos ou estranhos nas famílias, com a dupla finalidade de servirem de provas para uns e de meio de progresso para outros. Os maus, se melhoram pouco a pouco, ao contacto dos bons e pelas atenções que deles recebem, seu caráter se abranda, seus costumes se depuram, as antipatias desaparecem. É assim que se produz a fusão das diversas categorias de Espíritos, como se faz na Terra entre a raças e os povos.O medo do aumento indefinido da parentela, em conseqüência da reencarnação, é um medo egoísta, provando que não se possui uma capacidade de amor suficientemente ampla, para abranger um grande número de pessoas. Um pai que tem numerosos filhos, por acaso os amaria menos do que se tivesse apenas um? Mas que os egoístas se tranqüilizem, pois esse medo não tem fundamento. Do fato de ter um homem dez encarnações, não se segue que tenha de encontrar no mundo dos Espíritos dez mães, dez esposas e um número proporcional de filhos e de novos parentes. Ele sempre encontrará os mesmos que foram objetos de sua afeição,que lhe estiveram ligados na Terra por diversas maneiras, e talvez pelas mesmas maneiras.
Quanto ao futuro, segundo os dogmas fundamentais que decorrem do princípio anti-reencarnacionista, a sorte das almas está irrevogavelmente fixada após uma única existência. Essa fixação definitiva da sorte implica a negação de todo o progresso, pois se há algum progresso, não pode haver fixação definitiva da sorte. Segundo tenham elas bem ou mal vivido,vão imediatamente para a morada dos bem-aventurados ou para o inferno eterno. Ficam assim imediatamente separadas para sempre, sem esperanças de jamais se reunirem, de tal maneira que pais, mães e filhos, maridos e esposas, irmãos e amigos, não têm nunca a certeza de se reverem: é a mais absoluta ruptura dos laços de família.
Com a reencarnação, e o progresso que lhe é conseqüente, todos os que se amam se encontram na terra e no espaço, e juntos gravitam para Deus. Se há os que fracassam no caminho, retardam o seu adiantamento e a sua felicidade. Mas nem por isso as esperanças estão perdidas. Ajudados, encorajados e amparados pelos que os amam, sairão um dia do atoleiro em que caíram. Com a reencarnação, enfim, há perpétua solidariedade entre os encarnados e os desencarnados, do que resulta o estreitamento dos laços de afeição.

 Em resumo, quatro alternativas se apresentam ao homem, para o seu futuro de além-túmulo:
 1º) o nada, segundo a doutrina materialista;
 2º) a absorção no todo universal, segundo a doutrina panteísta;
 3º) a conservação da individualidade, com fixação definitiva da sorte, segundo a doutrina da Igreja;
 4º) a conservação da individualidade, com o progresso infinito, segundo a doutrina espírita. De acordo com as duas primeiras, os laços de família são rompidos pela morte, e não há nenhuma esperança de se reencontrarem; com a terceira, há possibilidade de se reverem, contanto que esteja no mesmo meio, podendo esse meio ser o inferno ou o paraíso; com a pluralidade das existências, que é inseparável do progresso gradual, existe a certeza da continuidade das relações entre os que se amam, e é isso o que constitui a verdadeira família
Daquilo que tenho estudado e ouvido em palestras, não há uma fórmula mágica para compreender, porque não há dois casos iguais. No entanto, pode-se enquadrar certas situações genéricas para tentar compreender melhor.
Normalmente depende muito do que os espíritos fizeram e como se endividaram. Dois espíritos nessa situação leva-me a pensar de que a que encarnou agora como mãe poderá ter agora de dar mais amor ao outro, um amor incondicional que é o de mãe. Pode ser que se tenha aproveitado do amor do companheiro por egoísmo ou vaidade por exemplo.
Mas há outras possibilidades, pode ser que o maior erro tenha sido do que encarna agora como filho, e a mãe, mais evoluída vá agora se comprometer a dar uma educação ao filho que lhe irá permitir ao outro ser menos materialista e egoísta.
Não saberemos qual será a situação específica, e normalmente a espiritualidade não nos deixa saber o motivo, de forma a que não estragasse a possibilidade de evoluirmos, no entanto podemos sempre ter algumas ideias que nos façam melhor compreender... eu pessoalmente acho que a 1ª hipótese é "mais provável" neste caso tudo de bom e prossiga os estudos. Somo sujeitos a muitas provas e quanto mais o estudo, maior o esclarecimento e menos sofreremos, porque sabemos que nada é por acaso reencarnação na mesma família ocorre por simpatia ou resgates de dívidas do passado, como uma reconciliação entre inimigos por exemplo, mas podem existir outros possíveis motivos, pois cada caso é um caso.
Na simpatia, determinados Espíritos simpáticos podem reencarnar na mesma família pelo afeto que consolidaram em outras existências, e assim podem evoluir juntos.
Nos resgates do passado, dois Espíritos que tinham inimizades familiares em outras existências podem reencarnar na mesma família novamente, como mãe e filho ou pai e filho, para assim ocorrer a reconciliação entre ambos. Isso explica a razão de muitos filhos não gostarem de seus pais, sendo violentos para com eles desde criança, ou vice-versa, onde a mãe não sente afeto por aquele filho que acabou de vir ao mundo material, gerando assim vários conflitos entre eles, é algo que não sabem a origem, simplesmente não se gostam. A causa está em existências passadas.
Tudo isso demonstra a eterna sabedoria e justiça de Deus em ação. Onde somente através das reencarnações para um ódio se transformar em amor.

A Adoção

Um dos medos mais comuns das famílias adotantes é de que o filho adotivo venha a se tornar um marginalizado pois que já teve a rejeição materna e pode ser revoltado, e então, um marginal. Esse raciocínio se opera, primeiro devido ao preconceito de atribuir à criança uma herança de má índole, segundo porque se desconhece a Lei da Reencarnação. Ora, um filho biológico pode ser um espírito que reencarnou para resgate naquela família, causando-lhe muitos problemas; ao passo que, o filho adotivo, poderá ser um espírito afim, que vem para trazer felicidade. Ou vice-versa.
Desta forma, ter um filho adotivo ou biológico sempre será para a família um meio de ressarcir débitos pretéritos, direta ou indiretamente, e sejam esses débitos dela (família) ou dele (filho).
Jamais teremos nossas consciências em paz, enquanto houverem as injustiças sociais, os preconceitos, as negações afetivas adotar um filho, um amigo, um pai, uma mãe devem ser tarefas diárias para quem quer conquistar a sua própria evolução espiritual. Mas a adoção deve ser de coração, pois esse é laço indestrutível, permanente.

"Nossos filhos não são nossos filhos, são antes, irmãos.

Os corpos que têm são filhos dos nossos corpos, nada mais.

Os chamados filhos adotivos são os filhos do coração, estão unidos à nos por indestrutíveis laços espirituais.

Somos todos filhos uns dos outros."

 A reencarnação é um programa de Deus em favor de nossa evolução. A carne é um escoadouro de impurezas espirituais. A jornada terrestre é oportuno curso de aperfeiçoamento moral. Planejamento implica em compromisso, algo que somente espíritos amadurecidos têm condições para assumir e cumprir, o que é incomum.
Ocorrem com frequência, particularmente aqueles que obedecem exclusivamente à atração sexual ou ao interesse pecuniário.
Nenhum dos motivos das brigas citados acima justificam por que isso acontece com TODOS os irmãos. A única explicação lógica, além daquela que todos já conhecem que os irmão brigam porque se amam, ou porque passam a maior parte do tempo juntos, é a explicação espírita.  
Segundo a crença do espiritismo, essa discordância vem de outras vidas: os nossos irmãos eram nossos inimigos em outra encarnação, e agora foram colocados próximos de nós para resolvermos as pendências passadas, assim aperfeiçoaremos nossos espíritos, aprendendo mais uma lição. Para os espíritas, nós reencarnamos várias vezes e de várias maneiras, como pessoas ricas, mendigos, pessoas com doenças mentais etc. E o fato de nossos irmãos, nessa encarnação, terem sido nossos inimigos na encarnação passada nos ajuda a aprender a conviver com eles e adquirir o conhecimento que, segundo os espíritas, vai se acumulando na nossa alma como experiências de vida e que nos ajudarão a nos elevar para um plano superior.
É fácil acreditar que nossos irmãos tenham sido nossos inimigos: nós não aguentamos ficar perto deles sem brigar. Seria mesmo muito difícil de conviver com nossos inimigos, por isso é tão difícil a convivência com nossos irmãos. Mas os pais, em vez de tentar acabar com essas brigas, podem tomar algumas atitudes que podem evitá-las.

Normalmente, os pais ficam impotentes no meio das brigas dos filhos e acabam tomando partido de um, o que faz com que o outro se sinta injustiçado e fique com mais raiva ainda do irmão. Para evitar isso, os pais devem tratar os filhos de uma maneira imparcial e justa, para que um filho não fique com ódio do outro. Já em relação a brigas por espaço, os pais devem definir o espaço de cada um dos filhos e respeitar esse limite imposto por eles mesmos sempre, sem abrir exceções.  
Há um outro motivo que faz com que os irmãos fiquem com muito ódio um do outro: as comparações feitas pelos pais. Os filhos não gostam que os pais os comparem com os irmãos a respeito de nada, quando os pais fazem isso, o filho comparado fica com raiva do irmão e arranja qualquer motivo para brigar com ele e descontar sua raiva. Portanto, os pais não devem ficar comparando os filhos entre eles ou mesmo entre os filhos dos outros. Já em relação às brigas por motivos banais não há não há muito o que se possa fazer, apenas separar os filhos para que a briga não se prolongue muito, mas não é possível evitá-la.

Mas não são todos os irmãos que brigam, sempre existem as exceções. Qual será o segredo da boa convivência deles? Será que eles dormem em quartos separados e quase nunca se vêem? Será que os pais são separados e cada um mora com um deles? Será que eles não eram inimigos em outra vida e só são irmãos nesta para ter companhia? Ou será que eles possuem mesmo o segredo da boa convivência? Isso vai continuar sendo um grande mistério.

Wal Oliveira