23 dezembro 2016

A erva sagrada: Hortelã

A erva sagrada: Hortelã

A Hortelã comum ou Hortelã vulgar é uma planta medicinal e aromática, muito utilizada para fazer remédios naturais para tratar problemas digestivos, como má digestão e náusea, por exemplo.

O nome cientifico da Hortelã comum é Menta spicata e pode ser comprada em lojas de produtos naturais, farmácias de manipulação ou mercados livres, e pode ser usada para fazer chá ou tinturas, ou pode ser comprada na forma de cápsulas com óleo ou extrato seco da planta ou na forma de óleos essenciais para a pele.                       

A hortelã – também conhecida como hortelã pimenta ou erva santa – é uma planta usada regularmente no preparo de alguns pratos, principalmente para aromatizá-los, e também de coquetéis e alguns remédios.

Devido a seus inúmeros benefícios e propriedades saudáveis, essa planta aromática é utilizada em muitos tratamentos terapêuticos.               

Benefícios da hortelã
Seus importantes efeitos antiespasmódicos e carminativos ajudam a combater problemas digestivos, especialmente em casos de indigestão, flatulência e dores estomacais ou câimbras.
Seus componentes expectorantes ajudam também nos tratamentos das vias respiratórias.
Essa erva medicinal é bastante eficaz nos tratamentos das dores menstruais.

A hortelã tem componentes muito eficazes no combate a problemas nervosos, relaxando as tensões e evitando as possíveis consequências derivadas dessa condição.

É um antisséptico e analgésico muito eficaz e, portanto, é recomendada para o tratamento de feridas. Como é usada? A lavagem da ferida com uma infusão consistente da planta proporciona alívio imediato da dor e ajuda a acelerar o processo de cura, podendo também ser aplicada sobre algumas queimaduras, com acréscimo de azeite de oliva à infusão da planta, evitando assim a ardência e possível infecção.

Essa maravilhosa planta combate o mau hálito com um de seus componentes principais, de sabor refrescante, o mentol, mantendo seu cheiro agradável durante todo o dia.

O consumo do delicioso chá de hortelã antes de dormir ajuda a ter um descanso muito relaxante e restaurador.

A infusão desta planta é altamente recomendada para combater os gases acumulados no trato digestivo, eliminando as flatulências.                       

Como preparar a infusão de hortelã?
Preparar a infusão de hortelã é bastante simples, devendo-se escolher apenas as folhas macias, conhecidas como rebentos.

Em seguida, deve-se ferver um litro de água (deixar numa jarra alguns rebentos ou folhas macias da hortelã). Quando a água ferver, derramar na jarra contendo as folhas e tampar por cerca de vinte minutos, após a água ser coada, podendo-se assim tomar a primeira xícara do chá (de três que devem ser tomadas durante o dia).                       

Nome popular: Hortelã, Hortelã-rasteira.

Nome científico: Mentha x villosa

Família: Labiatae (Lamiaceae)

Origem: Europa.                       

Propriedades: espasmolítica (reduz contrações musculares involuntárias), antivomitiva (evita vômitos), carminativa (eliminador de gases intestinais), estomáquica (favorece a digestão), e anti-helmíntica (elimina vermes intestinais), por via oral, bem como antisséptica (contenção de microrganismos) e anti-prurido (redução da coceira), por via local.                       

Características: Erva perene, de 30 a 40 cm de altura, com folhas que possuem aroma forte e característico. Tem grande importância medicinal e social, por sua alçao contra microparasitas intestinais, recentemente descoberta. Há muitas espécies de hortelã parecidas, dificultando a escolha da planta certa para fins medicinais, exigindo a obtenção das mudas em locais de confiança.

Desde a mais remota antiguidade, essa e outras plantas são utilizadas como condimento em massas e carnes, bem como para fins medicinais.                        

Parte usada: Folhas

Usos: A literatura etnofarmacológica registra como suas propriedades as ações: espamolítica, antivomitiva (evita vômitos), carminativa (eliminador de gases intestinais), estomáquica (favorece a digestão), e anti-helmíntica (elimina vermes intestinais), por via oral, bem como antisséptica (contenção de microrganismos) e anti-prurido (redução da coceira), por via local.                       

Forma de uso / dosagem indicada: O tratamento contra ameba e giárdia pode ser feito com o pó das folhas em 3 doses diárias por 5 dias consecutivos.

O pó pode ser preparado a partir das folhas que são colhidas e postas a secar a sombra, em ambiente ventilado, ou na estufa do fogão ou no forno quente, porém apagado, até que fiquem bem secas e facilmente trituráveis. Crianças de cinco a treze anos devem tomar ¼ de colher (de café). 

Adolescentes e adultos podem tomar ½ colher (de café). O tratamento deve ser repetido após 10 dias, devendo-se observar durante e após ele, os cuidados de higiene pessoal e familiar.
Cultivo: No plantio inicial as plantas de desenvolvem bem em solos ricos em húmus e umidade. Pode ser multiplicada através de estaquia.                       

Hortelã (Mentha piperata) Planeta: Vénus Elemento: Ar Usado em encantamentos de cura, tomar banho com hortelã também é óptimo para curar, e também pode ser usado como incenso. A hortelã-miuda, é empregada como tempero e age como calmante quando usada em chá. A hortelã-pimenta estimula a pele e os terminais nervosos sensíveis ao frio. Para aquecer ambientes muito frios, coloca-se uma bacia com água e folhas de hortelã. Como digestivo, faz-se uma infusão com 100g de água quente já adoçada, coloca-se 5g de folhas frescas ou secas de hortelã, filtrar e beber em seguida bem devagar. Para excitação nervosa e insónia colocar uma pitada de folhas frescas de hortelã em uma xícara de água quente, filtrar e beber o liquido. (Em casos de insónia, tomar antes de deitar). Outra Fonte: Erva druídica sagrada. Bonecos para o amor e para as curas podem ser cheios de folhas de hortelã secas. Acrescentada aos incensos, purifica a casa ou a área ritual.


Que os deuses que lhe abençoem!

Raffi Souza

21 dezembro 2016

Serket, a deusa dos escorpiões

A deusa dos escorpiões: Serket!


Serket é a deusa escorpião egípcia filha de Rá. Também é conhecida/chamada de Selchis, Selkhet, Selkis, Selkhit, Selkit, Selqet, Serkhet, Serket-Hetyt, Serqet e Serquet. A sua representação mais comum correspondia à de uma mulher com um escorpião na cabeça, tendo o escorpião a cauda erguida, estando pronta para atacar. Em mais raras representações, mostrava-se um escorpião com cabeça de mulher, ou vice-versa (já que são o modo mais comum representado os deuses egípcios).
Segundo alguns autores, o chamado Rei Escorpião terá prestado culto a esta deusa. Selket era uma deusa do Baixo Egito, embora não se conheça exatamente de que localidade. Contudo, o seu culto acabaria por difundir-se por todo o Egito.

Era a mãe do deus serpente Nehebkau, que vivia no mundo dos defuntos, e sua obrigação era defender a realeza. Devido a esta associação, Serket era vista como guardiã de uma das quatro portas do mundo subterrâneo, prendendo os mortos com correntes. Quando Nehebkau tornou-se uma divindade benéfica, Serket seguiu o mesmo caminho.

O EGITO ABRIGAVA DOIS tipos de escorpiões: um mais escuro e relativamente inofensivo e outro mais claro, mais venenoso. A deusa Selkis tomava justamente a forma de um desses animais e, apesar da periculosidade do bicho, era uma divindade protetora e curadora que defendia contra a picada desses artrópodes. Seu nome no idioma egípcio era Serket-Heru, que significa aquela que faz a garganta respirar ou a que facilita a respiração na garganta, já que a picada do escorpião produz asfixia. Essa denominação também se relaciona com a ajuda que a deusa prestava para que o recém-nascido ou o defunto, em seu renascimento, pudessem respirar. Nos textos funerários surge como a mãe dos defuntos, aos quais amamenta. No além-túmulo ela ajudava no processo de renascimento do falecido e o orientava e dava-lhe o sopro da vida. Foram os gregos que lhe deram o nome de Selkis, nome que também aparece grafado como Serqet, Serket, Selqet, Selket, Selkit ou Selchis.                       

QUANDO ASSUMIA A FORMA DE UM ESCORPIÃO, o animal às vezes era mostrado sem cabeça e sem cauda, pois desta maneira ele perdia seu veneno e se tornava inofensivo, podendo ser representado dentro do túmulo sem perigo. E assim era porque os egípcios acreditavam que todos os seres vivos representados nas tumbas poderiam ganhar vida se as fórmulas mágicas adequadas fossem pronunciadas. Portanto, era importante neutralizar o perigo de certas imagens reduzindo-as à impotência. Essa deusa-escorpião se identificava com o calor abrasador do Sol e era uma das quatro divindades protetoras de ataúdes reais e dos vasos canopos, dos quais ela guardava aquele que continha os intestinos.                       

TRATA-SE DE UMA DIVINDADE que já aparece no Império Antigo (c. 2575 a 2134 a.C.) como guardiã do trono real e vem rodeada de simbologia mágica. Ela protegía das picadas venenosas de escorpiões, serpentes ou outros animais peçonhentos e curava as pessoas que, acidentalmente, tivessem sido atacadas por esses animais, sobretudo quando se tratasse de crianças e mulheres grávidas. Mas também poderia punir os ímpios com esses mesmos venenos, levando-os à morte.
Também era deusa da união conjugal e ajudava as mulheres na hora do parto. Era filha de Rá e cuidava para que a serpente Apófis não escapasse do mundo inferior. Nos textos conhecidos modernamente como Livro de Him no Inferno vem descrito o que acontece no além-túmulo. O deus-Sol tem às 12 horas do período noturno para renascer. A cada hora corresponde um estágio de sua jornada no além. Apófis tenta engolir o deus-Sol durante essa jornada e representa uma grande ameaça. Na sétima hora Selkis aparece para combater a serpente Apófis. Rá em seu barco assiste a captura da serpente. Finalmente Selkis, com ajuda de outra divindade, capturam o demônio e subjugam a cabeça e a cauda do monstro e trespassam com punhais a cabeça e o corpo da cobra. Selkis desempenha, também, um papel importante na lenda de Ísis e Osíris, pois enviou sete dos seus escorpiões para protegerem Ísis do deus Seth que a perseguia.                       

AS RELAÇÕES DE PARENTESCO DE SELKIS não eram bastante claras. Podia ser considerada mãe ou filha de Rá, razão pela qual sua ira era considerada como o causticante sol do meio-dia. Entretanto, em algumas lendas locais de Edfu era tida como esposa de Hórus e mãe de Rá-Harakhti, o Hórus no Horizonte. Os Textos das Pirâmides afirmam que ela era mãe de Nehebkau, uma serpente de três cabeças que evoluiu de uma posição maléfica a protetora do faraó contra picada de cobras, enquanto outras fontes dizem que ela era esposa dessa divindade.                       

PROTETORA DE VIVOS E MORTOS, ESSA DEUSA não dispunha de um lugar de culto em particular. Sendo originariamente adorada no delta do Nilo, seu culto se espalhou por todo o Egito e isso pode ser considerado natural uma vez que as cobras e escorpiões eram abundantes no país e o povo precisava de uma proteção mágica contra eles. Embora tivesse sacerdotes dedicados ao seu culto, aos quais ela protegia e delegava seus poderes mágicos, até hoje não foi encontrado qualquer templo que lhe fosse consagrado. Ela figurava sobretudo nas fórmulas mágicas ou nas paredes das tumbas com o objetivo de proteger o defunto de qualquer ataque. As pessoas usavam amuletos com a forma do escorpião para se protegerem contra as perigosas picadas do animal e até mesmo curá-las.                        

OS SACERDOTES DE SELKIS eram verdadeiros médicos e magos ou curandeiros, dedicados à cura de picadas de animais venenosos. Suas habilidades de encantadores de escorpiões e de serpentes eram muito requisitadas, a julgar pelo enorme número de encantamentos para repelir tais animais e para curar suas picadas que aparecem nos papiros egípcios. Isso indica a extensão do problema, o qual ainda é comum no Egito moderno. Esses homens eram chamados de Kherep Selket, literalmente, aquele que tem poder sobre a deusa escorpião. No antigo Egito um Sacerdote Leitor e um doutor poderiam também ter o título de Kherep Selket. O título de Sunu, que significa doutor ou médico, era atribuído a pessoas que prescreviam remédios tanto médicos quanto mágicos. Hoje em dia os encantadores de serpente usam técnicas práticas para enlaçar suas presas, mas eles também ainda confiam em cantos mágicos.     

Essa deusa aparece pra mostrar que nem sempre algo que parece errado é o errado, que nos devemos aprender com nossos erros, pois a vida é cheia de erros e acertos, não devemos nos preocupar em errar, mas nos preocuparmos em estarmos sempre certos, uma pessoa q acha q esta sempre certa não é uma pessoa fácil de lidar, E o seu simbolo o escorpião mostra a dualidade da vida que temos nas nossas vidas.

Associações desta deusa:
Deusa: da cura, dos escorpiões, dos mortos, dos partos, da dualidade.
Cores: preto, vermelho, marrom (cores comuns em escorpiões).
Oferendas: imagens de escorpiões, imagens desta deusa, trabalhar em  hospitais, fazer serviços comunitarios em centros de pesquisa de animais peçonhentos, etc.

Que os deuses lhe abençoem!
Raffi Souza


13 dezembro 2016

Flidais a deusa da sensualidade!

Flidais a deusa da sensualidade!

Flidias é a Deusa celta da Sensualidade e Senhora das Florestas.
 Ela reúne os atributos da deusa Àrtemis com a sensualidade de Afrodite. Como Senhora das Florestas, ela cuida de todas as coisas silvestres e indomáveis da natureza e está associada ao Homem Verde. 

Para aqueles que destroem indiscriminadamente bosque se árvores, o Homem Verde é um espírito maligno. Para aqueles que amam e usam de modo sábio as árvores, ele é a tímida entidade que encoraja o crescimento da árvore. Mas Flidais também está associada aos animais, em especial ao gado e muitas vezes surge conduzindo uma carruagem puxada por oito cervos e chamava todos os animais da floresta de"seu gado". 

As acepções simbólicas do cervo (gamo) são numerosas, sendo a mais notável, a que o associa a Árvore do Mundo. Por seus chifres longos, que se renovam periodicamente, é comparado à Árvore da Vida. Assim, simboliza a fecundidade (à qual o ardor sexual não é estranho) e os ritmos do crescimento e renascimento. Um dos símbolos desta deusa é a corça, que está intimamente ligada com o feminino. 

Na mitologia grega ela era consagrada a Ártemis, que a caçava ou a usava para puxar sua biga. A beleza da corça vem do brilho extraordinário de seus olhos e este olhar é comparado muitas vezes ao de uma jovem. Além de sua graça e beleza, a corça simboliza a virgindade e pureza. 
Flidias tinha como símbolos também, a grama verde, as árvores e as nascentes das terras das florestas. Flidias era descrita como uma mulher altiva, forte e muito bela que apresentava cabelos dourados. O dourado não apenas define seu esplendor, mas também faz a consciência despertar. 

O domínio do consciente em Flidias não é espiritual e sim terreno, uma exaltação da mais alta pureza, que reluz como ouro. A deusa exemplifica os aspectos da natureza feminina que se manifestam na matéria.

Beleza física, consciência integrada no corpo e capacidade de conectar emoções profundamente sentidas com relacionamentos. Todos estes atributos, como já dissemos, provêm da associação de Flidias com as deusas Àrtemis e Afrodite. Flidias possuía uma vaca mágica cujo leite era capaz de alimentar diariamente centenas de guerreiros. 

A vaca mágica da deusa, como o resto dos animais de Outro Mundo na tradição irlandesa, possuía a pelagem totalmente branca, exceção feitas às orelhas, que eram da cor vermelha. 
Muito embora, não se têm conhecimento de quem seja o pai, Flidais teve três filhas: Bé Téite (Mulher Luxuriosa), Bé Chuille, a Senhora do Mundo Selvagem e também uma druidesa, e ainda, Fland.
Alguns autores relatam que Fland vivia sob as águas e seduzia os homens, levando-os para seu reino escuro e frio.

ARQUÉTIPO DA SENSUALIDADE:
Flidias, como deusa do amor e da sensualidade, apresenta um aspecto mutante e transformativo do feminino. Lendas nos contam que realmente ela podia mudar de forma e transformar-se no que quisesse. E, quando seu arquétipo é ativado em nós, também vemos o mundo e nós mesmos sob uma luz diferente. Fluidos criativos são estimulados, e as fronteira sou limites racionais são impelidos para o domínio do irracional, digamos, quase animal.
Novas atitudes precedem certo excitamento, e a própria vida adquire novo significado: Mudanças bem-vindas prosseguem de mãos dadas com atitude criativa da assunção de riscos. A mulher que vem conhecer a Deusa das Florestas cresce na compreensão do aspecto divino de sua natureza feminina.
Ela é guiada por suas mais profundas necessidades, por idéias e atitudes que vêm de dentro. Ela não será contaminada por circunstâncias externas ou excessivamente atingida por críticas. Isto acontece, porque Flidias é a floresta virgem, que é livre e espontânea, grávida de vida, de acordo com as leis da natureza. É intocada pelas leis dos homens.

A mulher que tem consciência desta deusa cuida de sua alimentação, faz exercícios e aprecia os rituais como banhar-se, vestir-se e aplicar cosméticos. Mas não se trata aqui de propósito superficial de apelo pessoal, relacionado à gratificação do ego, mas sim de respeito por sua natureza feminina.
 Sua beleza viva deriva da relação que tem consigo mesma. Esta mulher é virginal, mas isso nada tem a ver com um estado físico, mas com uma atitude interior. Ela não é dependente das reações dos outros para definir seu próprio ser. 

A mulher virginal não é apenas o reverso do homem, seja ele pai, amante, ou marido. Ela mantém-se em pé de igualdade em relação aos seus direitos. Não é governada por idéia abstrata do que ela "deveria" ser ou "do que as pessoas vão pensar". Ela é verdadeira para com sua natureza e seu instinto.

ARQUÉTIPO DA NATUREZA:
Flidais, como arquétipo da natureza, nos ensina que é a união que completa o ciclo. Assim como a semente é plantada na Primavera, cresce no Verão, e se faz a colheita no Outono, cada geração desova as sementes para a próxima geração. Devemos prestar muita atenção no plantio de nossas sementes, para que possamos ser recompensados com uma colheita generosa.
A tecnologia já nos trouxe muito conforto e nos mostrou muitas coisas no sentido científico, mas agora è tempo de nos voltarmos para a humanidade e para a conservação do planeta, incluindo seu relacionamento com o divino. 

Hoje, a ciência e a espiritualidade estão começando a integrar-se como um todo. Nosso relacionamento com a natureza é o coração da nova integração encontrada pela ciência e espiritualidade. 

Pessoas e árvores já não podem ser mais cortadas para atender às necessidades da tecnologia e das corporações, em busca do progresso científico. Já é hora de trabalharmos em cooperação com cada um e com a natureza. 

Flidais tem muita magia e gosta de pós e poções com gliter.
Quando invocá-la use incenso de ervas e deixe um copo com água ao lado. Peça-lhe socorro nas direções, peça-lhe que lhe ensine a ser bela e sensual. Quando precisar buscar algo, seja um emprego ou um amor ou até uma idéia para um feitiço, assim como metas e proteção.

 “Linda Flidais, senhora das Florestas, vinde ao meu encontro, chega perto de mim. Pegue minha mão e guie meus caminhos, cura-me com ervas, remove meus espinhos. Senhora Flidais, afasta aqueles que me querem mal, me ensina a pular as pedras, acender a fogueira que da luz, o amor divino e faz-me bela (belo) como vós. "

Para cura de animais, invoque sempre Flidais. Ela virá em consolo, trará o auxílio, guiará os espíritos. Peça sempre a Flidais que todas as questões com animais ela irá solucionar.
- Flidais: Deusa da floresta, dos bosques, da caça e das criaturas selvagens, representa a força da fertilidade e da abundância. Viajava numa carruagem puxada por cervos e tinha uma vaca mágica que dava muito leite. Seu nome significa "Doar", elucidado no conto de "Táin Bó Flidais" - O Roubo do Gado de Flidais, da saga do "Táin Bó Cuailnge". Tinha o poder de se metamorfosear na forma de qualquer animal.
Deusa da floresta, dos bosques, da caça e das criaturas selvagens, representa a força da fertilidade e da abundância.
Viajava numa carruagem puxada por cervos e tinha uma vaca mágica que dava muito leite.
Seu nome significa "Doar", elucidado no conto de "Táin Bó Flidais" - O Roubo do Gado de Flidais. Tinha o poder de se metamorfosear na forma de qualquer animal.

Símbolos: Cervo, Borboleta, trevo de 4 folhas
Dia: quarta-feira;
Cores: Verde, vermelho e laranja;
Aroma: cravo, maçã;
Ponto cardeal: Leste e Sul;
Estação: Primavera;
Associações:
Deusa: da sensualidade, da magia, da floresta, dos animais;
Cor: verde, rosa, azul, marrom;
Oferendas: mel, cravos, flores, maçã, imagens dela, etc.
Que os Deuses lhe abençõem!

Raffi Souza

05 dezembro 2016

O Deus da Guerra Nórdica: Tyr

O Deus da Guerra Nórdica: Tyr

Apesar de Tyr aparecer em poucas lendas, a mais conhecida história sobre ele envolve o feroz lobo Fenrir, o qual nenhuma cadeia poderia segurar. O deus supremo Odin ordenou que os anões fizessem um grilhão mágico tão forte que Fenrir não pudesse quebrá-la. Os anões  então criaram um que era suave e macio como seda, chamado Gleipnir. Fenrir desconfiou quando os deuses tentaram amarrar Gleipnir à sua volta. Mas ele permitiu que eles o amarrassem após o bravo Tyr colocar a mão na boca do lobo. Mas esta propensão para a nobrez


a lhe custou sua mão. Quando Fenrir percebeu que tinha sido enganado e que não conseguiria se soltar, ele devorou a mão de Tyr.
No Ragnarok, Tyr está destinado a batalhar com Garm, o cão de guarda do submundo - uma luta que resultará na morte de ambos.                       

Filho de Odin e Friga, Tyr é o deus da guerra e do valor e patrono da justiça. Era o deus da honra suprema e uma das doze divindades de Asgard.

Tyr também era invocado com frequência por várias nações do Norte, que como Odin, a ele pediam vitória. Considerado o deus patrono da espada, era indispensável que a runa que o representava estivesse gravada nas armas. Tyr, cujo nome era sinônimo de valentia e sabedoria, também conta com a ajuda das brancas valquírias, assistentes de Odin. Geralmente era representado como um deus manco, a partir de uma história que envolve o filho lobo de Loki, Fenris. Segundo dizem, Fenris cresceu de tal forma que os deuses, temendo que se tornasse incontrolável, resolveram acorrentá-lo, dizendo a ele que nao conseguiria se soltar. Fenris aceitou o desafio e, infelizmente para os deuses, rompeu as amarras. Os deuses pediram aos anões que fabricassem então uma corrente mágica, Gleipnir, com grandes poderes, apesar de fina. Fenris foi desafiado novamente e aceitou ser amarrado porém, desconfiado da finura da corrente, disse que alguém tinha que por a mão em sua boca. Tyr for o único que teve coragem. Quando Fenris se viu preso de vez, arrancou a mão do deus. Apesar de tudo, Tyr alimentou e cuidou do lobo amarrado para sempre.
Tyr era filho de Odin e Frigga, é a divindade da guerra e um dos doze grandes deuses do Asgard. A sua invencível espada, o próprio símbolo da sua divindade, foi forjada pelos anões filhos de Ivald, também armeiros de Odin. A sua espada também pertence à lenda e há uma muito especial que Guerber colheu nos finais do século passado, onde se contava que a espada venerada pelos Cheruski, uma vez roubada do templo em que era adorada, passou para as mãos de Vitelio, prefeito romano que, encorajado pela sua posse, se autonomeou imperador, mas não soube lutar com ela e morreu pelas mãos de um dos seus legionários germanos, que a empunhou para cortar-lhe o pescoço pela sua covardia. Átila depois encontrou-a enterrada na margem do Danúbio e, com ela, quase se apropriou da Europa, para terminar por ser morto com o seu fio, pelas mãos da princesa Ildico, que vingava assim as mortes dos seus produzidas pelo huno.                       

O terrível lobo Fenris foi um dos monstruosos filhos do deus Loki e a gigante Angur. Odin tentou domesticá-lo enquanto era um filhote e levou-o para o Asgard. Tyr foi o encarregado de alimentar a fera, dado que era o único que se atrevia a aproximar-se dela; assim o fez, vendo como o animal crescia em tamanho e ferocidade e não melhorava de maneira nenhuma a sua conduta. Então os doze acordaram amarrar o lobo com correntes, para evitar que pudesse converter-se num perigo para todos; mas as correntes não serviam de nada, pois Fenris partia-as com toda a facilidade; de maneira que os deuses pediram aos elfos que fizessem algo indestrutível. Os elfos misturaram os passos de um gato, o cio do urso, a voz dos peixes, saliva de pássaros, a barba de uma mulher e a raiz de uma montanha; com ela teceram uma corda inquebrável, Gleipnir, que quanto mais puxava mais se apertava.                       

Foram todos, deuses e lobos, para a ilha de Lyngvi, para propor a Fenris que provasse a sua resistência, coisa nada fácil, dado que ele receava de uma liga tão sutil. Como os doze insistiam, Fenris aceitou, com a condição de que um deles pusesse o seu braço dentro das fauces, para pagar por todos se algo saísse mal. De maneira que Tyr foi de novo o escolhido e deixou o seu braço à prova dentro da boca de Fenris, enquanto se lhe atava o Gleipnir ao pescoço e às garras. O lobo esticou e esticou a atadura, mas esta só se apertava cada vez mais. O lobo furioso comeu o braço de Tyr e os deuses meteram-lhe uma espada na boca, para calá-lo; do sangue que brotou do seu paladar brotou o rio Vom e lá ficou Fenris, à espera do dia final, até que chegasse o momento em que se partisse a sua ligadura e fosse o momento da sua vingança.                       

Týr é um Aesir (deuses ligados a fenômenos naturais - a guerra era considerada um fenômeno natural), que possui uma ligação direta com um dos filhos de Loki, o gigantesco lobo Fenrir, que discutiremos a seguir. Porém inicialmente vamos montar uma ficha técnica desse deus.

A genealogia de Týr, segundo a Edda Poética, se dá proveniente de Hymir, o que lhe garante o posto de ser mais antigo que Odin, sendo que, para algumas vertentes, ele é considerado como o deus patrono dos nórdicos. Já na Edda em Prosa, ele aparece como sendo filho de Odin com Frigga, a deusa do amor, o que lhe coloca em mesma posição de Thor, como um príncipe dentre o panteão.
Logo a única certeza que temos em relação a esse deus é que sua fama é muito antiga, sendo que o mesmo tem uma runa que o simboliza. Essa runa geralmente é encontrada em armas como espadas, lanças e machados utilizados em batalhas. O formato dessa runa é uma seta apontando para cima.                       

Existe também o fato de que Týr é uma alusão a Ares na mitologia grega e a Marte na mitologia romana, o que lhe trouxe grande apelo entre as pessoas, que necessitavam de uma figura forte para trazer coragem frente às guerras. Devido a esse fato, Týr ganhou muita popularidade, sendo que hoje, ainda é relembrado seu mito no terceiro dia da semana nos países de línguas anglo-saxônicas, como o inglês, por exemplo - Tuesday ou em sueco e norueguês - Tisdag.                       

Agora vamos discutir o fato mais icônico de Týr, um fato presente também em Odin e Mimir, que é o sacrifício de uma parte do corpo. O chefe do panteão sacrificou o olho direito e se auto-imolou na Yggdrasil, em busca de conhecimento supremo e Mimir uma orelha. Entretanto o corajoso Týr teve parte de seu antebraço direito decepado pela ira de Fenrir.

A lenda conta que Fenrir não podia ser contido por nada, quaisquer fossem os grilhões que tentassem conter o lobo titânico, acabavam se esfarelando frente à monstruosa força da besta. E sabendo da importância que Fenrir teria no Ragnarok, o panteão resolve pedir aos anões que construíssem algo mágico para evitar que o lobo se soltasse e trouxesse o crepúsculo dos deuses antes do esperado. 

Dessa forma os anões modelaram e teceram uma corda de seda que não poderia ser rompida facilmente, sendo mais poderosa que qualquer corrente já feita. Essa corda recebeu o nome de Gleipnir e era feita de coisas que não poderiam existir, porém como os anões de Svartalfhein eram conhecedores de coisas estranhas, os deuses resolveram dar uma chance a Gleipnir.

Gleipnir era composta por seis coisas distintas, sendo elas: o som do passo de um gato, o fio da barba de uma mulher, as raízes de uma montanha, os tendões de um urso, a respiração de um peixe e a saliva de uma ave. Todas essas coisas juntas garantiam a essa corda dos anões uma poderosa mágica que permitia a mesma ser praticamente indestrutível.

Então os deuses atraíram o monstruoso lobo para uma ilha, conhecida como Lyngvi bem no centro do lago Amsvartnir e lá mostraram a corda para Fenrir, que ao vê-la lança um olhar de deboche, permitindo que os deuses o envolvam na mesma, porém, com finalidade de amansar a besta, Týr dá um passo a frente e coloca seu braço dentro da boca de Fenrir, que a mantém aberta como se estivesse a zombar dos deuses.

Então, notando que a corda começou a apertar e seus movimentos ficaram extremamente limitados, o lobo entra em pânico, porém já era tarde e ele se encontrava envolto em tão delicada corda. Com raiva de ter sido preso, Fenrir então fecha a bocarra, decepando a mão e parte do antebraço direito de Týr. Logo o custo para prender a besta foi muito alto para Týr, mas o que lhe garantiu uma posição de grande destaque entre os deuses do panteão.                       
A morte de Týr é prevista no Ragnarok, onde ele irá lutar contra Garm, o cão de guarda do submundo. Essa batalha se mostra terrível, chegando ao ponto dos dois virem a perecer.

Associações:
Deus: da justiça, da ordem, da guerra, valor;
Cores\vela: vermelho, branco, roxo;
Oferendas: sua runa (uma seta apontando para cima), colocar as coisas em ordem, lutas, imagens dele, usar sua sabedoria pra fazer a justiça;

Que os Deuses lhe abençoem com sabedoria!

Raffi Souza.

30 novembro 2016

Açafrão!


Erva sagrada, Açafrão.

O açafrão propriamente dito é o produto é extraído dos estigmas de flores de uma variedade de Crocus sativus e utilizado desde a antiguidade como especiaria, principalmente na culinária mediterrânica.
Descrição: Planta da família das Iridaceae, também conhecido como açaflor, açafrão, açafreiro, açafroeiro.
Pequena planta cultivada principalmente nos jardins do Rio de Janeiro; apresenta folhas estreitas e flores rosáceas ou avermelhadas, com propriedades medicinais e tempero.
Atualmente, é a especiaria mais cara do mundo, uma vez que para a preparação de apenas alguns gramas utilizam-se milhares de flores da planta, processadas manualmente (cerca de 100 mil flores para obtenção de apenas cinco quilos de estigmas).
O Dicionario de botânica brasileira refere-se ao açafrão desta forma: Arbusto de quase um metro de altura, folhas roxeadas e compridas; a flor e seus tegumentos são amarelos, purpurinos, e avermelhados.
Quando seca tem grande consumo na Europa para a tinturaria; desprende de seus órgãos uma tinta amarela e um óleo volátil.
Na arte culinária e nas confeitarias costuma-se empregar o açafrão para dar uma cor agradável a muitas iguarias e confeições                       
Parte utilizada: Estigmas secos.
Origem: A variedade de Crocus sativus que se usa para extrair o açafrão é originária da região do mar Mediterrâneo e consumido na culinária da região, normalmente em risotos, caldos e massas.
Na Espanha, é item essencial à paella.
Pode cultivar-se no Brasil.                       
História: O açafrão é pelo menos tão antigo como a escrita, talvez até muito anterior à nossa era.
Da China ao Egito, da Grécia a Roma, o açafrão sempre foi apreciado pelo seu aroma requintado e propriedades medicinais.
O açafrão foi amplamente utilizado como condimento e como um pigmento, este uso ainda é aplicado, usado há séculos em molhos, arroz e aves.
Durante o período entre os séculos XVI e XIX, o açafrão foi usado em várias preparações do opiáceas para o alívio da dor.                       
Para que serve o Açafrão?
Princípios Ativos: Aldeídos terpenos (safranal, 2,2,4-trimetil-ciclohexa-1,3-dieno-carbaldeído, pineno e cineol), picrocrocina, carotenóides, crocetina, gentobiose, alfa e o beta-caroteno, licopina, zeaxanteno e mucilagem.
Propriedades medicinais: antiofídico, digestivo, emenagoga, espasmódica, laxante.
Pesquisadores da UFSC estão estudando o uso de nanocápsulas com princípio ativo do açafrão para tratamento do câncer de pele.
Indicações: histeria, inflamação, regular processos sanguíneos, tireoide, problemas digestivos, prisão de ventre, veneno de cobra.
Contraindicações/cuidados: Nenhuma contraindicação foi encontrada na literatura consultada, exceto de a planta possuir uma atividade emenagoga e abortiva.
Grandes quantidades de açafrão (mais de 5g o que é maior do que a quantidade geralmente usada na culinária) provocam a estimulação uterina e podem induzir o aborto.
Informação sobre o uso durante a amamentação não foi encontrada.
Efeitos colaterais:
Uma reação anafilática - angioedema , urticária ocorreu em um fazendeiro com 21 anos após ter ingerido arroz e cogumelos com açafrão.
Uma resposta positiva ao açafrão, com resultados negativos aos outros ingredientes, foi observada no 'teste do esfregasse' e pela técnica do RAST (Radioallergosorbent test), testando a presença de IgE; Alergia ocupacional sazonal, incluindo a rinoconjuntivite, a asma brônquica, e o prurido cutâneo, ocorreram em 15 trabalhadores expostos ao açafrão; Testes cutâneos e de RAST foram positivos para o açafrão.
Toxicologia:
Grandes doses de estigmas atuam como um sedativo e há relatos de uso fatal do açafrão como um aborti-faciente.
A presença das saponinas no rebento é tóxica a animais jovens.
A dose letal é 20 g, enquanto a dose abortiva é 10 g.
Os seguintes efeitos foram relatados após a ingestão de 5g açafrão: púrpura severa, trombocitopenia, e sangramento severo.
Um estudo demonstrou que o açafrão é não mutagênico e não tóxico, porém as doses usadas não foram mencionadas.                       
 1. O açafrão tem componentes bioactivos com poderosas propriedades medicinais. O açafrão é a especiaria que dá a cor amarela ao caril, usada na India há milhares de anos como especiaria e erva medicinal. Recentemente a ciência ocidental tem vindo a descobrir o que os indianos sabem há muito tempo: os componentes do açafrão, nomeadamente os curcuminóides, tem efeitos anti inflamatórios e anti oxidantes. Uma vez que os curcuminóides representam apenas 3% da composição do açafrão, devem ser usados extractos ou suplementos para se obterem efeitos relevantes.
2. O açafrão tem poderes anti inflamatórios, 100% naturais. Em curto prazo as inflamações são importantes. Ajudam o corpo a combater invasores e a reparar tecidos. Sem inflamações, bactérias e fungos podiam matar-nos. Apesar da inflamação de curto prazo ser benéfica pode-se tornar num problema se for crónica. Sabe-se que inflamações ligeiras, mas crónicas são responsáveis por muitas doenças ocidentais, incluindo doenças do coração, cancro, síndroma metabólico, Alzheimer e outras.  O açafrão consegue inibir algumas das moléculas e enzimas que se sabe serem responsáveis por inflamações crónicas.
3. Açafrão aumenta a capacidade antioxidante do corpo. Os danos oxidativos são uns dos mecanismos associados ao envelhecimento e a várias doenças. Envolvem radicais livres, moléculas altamente reactivas com electrons desemparelhados. Os antioxidantes do açafrão protegem o organismo dos radicais livres e dos danos oxidativos, neutralizando-os graças à sua estrutura química. Para, além disso, os curcuminóides fortalecem a actividade antioxidante das enzimas, incluindo a glutationa peroxidase, catálase e a superóxido dismutase.
4.  O açafrão reforça o factor neurotrófico derivado do cérebro, ligado à melhoria da função cerebral e a menor risco de doenças. Antigamente achava-se que os neurónios não eram capazes de se dividir e multiplicar depois da infância. Hoje sabe-se que não é assim. Os neurónios conseguem formar novas ligações, sinapses, e em certas áreas do cérebro multiplicam-se graças ao BDNF (Brain-Derived Neurotrophic Factor). O açafrão contribui para aumentar os níveis de BDNF, atrasando ou mesmo revertendo doenças do cérebro. Há também a possibilidade de conseguir melhorar a memória e lucidez.
5. O açafrão reduz o risco de doenças do coração. As doenças do coração tem sido um flagelo há muitas décadas e investigadores sabem cada vez mais sobre o assunto. Estas doenças são complexas e vários factores contribuem para elas. A curcumina, presente no açafrão, reverte muitos dos passos do processo patológico das doenças do coração, nomeadamente na melhoria do funcionamento do endotélio, revestimento dos vasos sanguíneos. A curcumina reduz também as inflamações e a oxidação, importantes para as doenças de coração.
6. O açafrão previne (e talvez trate) o cancro. O cancro é uma doença terrível caracterizada pelo crescimento descontrolado de células. Dos vários tipos de cancro, a maior parte é afectada pelos suplementos de curcumina com impacto no desenvolvimento do cancro ao nível molecular. Estudos revelam que o açafrão pode reduzir a angiogênese nos tumores e a metástase, bem como contribuir para a morte de células cancerígenas. Há também evidências da sua acção preventiva, sobretudo ao nível dos cancros do sistema digestivo.
7. A curcumina do açafrão pode prevenir e tratar Alzheimer.  A doença de Alzheimer é a mais comun das doenças neurodegenerativas e a maior causa de demência. Uma vez que não existe tratamento garantido e eficaz, prevenir esta doença é de grande importância.  A curcumina consegue atravessar a barreira hematoencefálica o que permite melhorias no processo patológico da doenças de Alzheimer.
8. Os doentes com artrite respondem bem a suplementos de curcumina. A artrite é um problema comum no mundo ocidental. Há vários tipos de artrite, mas a maior parte envolve inflamações nas juntas. O poder anti inflamatório da curcumnina  ajuda a tratar e prevenir a artrite.
9. Estudos demonstram que a curcumina tem benefícios  incríveis contra a depressão. Num teste controlado em 60 pacientes, um grupo tomou Prozac, outro uma grama de curcumina e o 3ª grupo tomou ambas, Prozac e curcumina. Ao fim de 6 semanas os gupos Prozac e curcumina revelavam melhorias semelhantes e o grupo com ambas as doses foi o que se saiu melhor. Curcumina demonstrou o seu poder anti depressivo. Mais sobre tratamento da depressão
10. A curcumina tem efeito anti aging e combate doenças crónicas relacionadas com o envelhecimento. Se a curcumina ajuda a prevenir doenças de coração, cancro e Alzheimer, então tem óbvios benefícios anti aging. Isto para além dos efeitos anti inflamatórios e anti oxidantes                      
 A planta que pertence à família do gengibre, o açafrão, é usada há muito tempo. Na Índia é um remédio popular, corante e tempero. É uma fonte de antioxidantes poderosos contra doenças cardiovasculares e até mesmo o câncer, sem contar que pode ajudar a retardar o envelhecimento e rejuvenescer o organismo, inclusive a pele.
O açafrão é mais comumente dedicado aos cuidados com a pele, devido às suas propriedades rejuvenescedoras e de tratamento da acne, mas poucos sabem que ele também auxilia no controle da diabetes e na prevenção de doenças como o Alzheimer. Outro fator importante e desconhecido é a prevenção à leucemia, impedimento do câncer de mama se espalhar, redução de inchaços e inflamações, fortalecimento do sistema digestivo, regulação do nível de açúcar no sangue, auxílio na circulação etc                       
Dicas:
Os benefícios terapêuticos são ampliados quando o açafrão é usado em conjunto com peixes de águas geladas ou óleo de peixe, que são ricos em ácidos graxos essenciais – ômega-3.
O chá pode aliviar a tosse e o caldo estimula a digestão. Misturar cerca de 1 grama por litro de água.
Massagear o pó de açafrão sobre alguma zona de dor corporal pode a aliviar. Nas gengivas, misture o pó ao mel puro e aplique diretamente na boca.
Atenção: A planta não deve ser consumida em doses muito elevadas. Prefira uma quantia menor que 10 gramas.
Fazendo uso dos benefícios do açafrão
Eliminar marcas da acne: Misture uma pitada de açafrão a uma colher (sopa) de pó de sândalo, acrescente água até obter uma pasta lisa. Passe no rosto e deixe cerca de 30 minutos. Repita o processo duas ou três vezes na semana, dependendo da gravidade das marcas;
Eliminar cravos: Esfregue o pó de açafrão diretamente sobre o cravinho durante 5 minutos, diariamente até que seja completamente eliminado da região;
Clareamento facial: Misture meia colher (sopa) de açafrão, uma colher (sopa) de suco de limão ou suco de pepino. Combine bem os ingredientes e passe na face, deixando agir cerca de 20 minutos e retire com água fria. O uso regular da máscara proporciona uma pele clara, hidratada e com aspecto brilhante;
Esfoliar e tonificar o corpo: Separe duas colheres de sopa (ou mais, dependendo de sua estatura) de farinha de grão de bico e adicione meia colher (chá) de açafrão. Faça uma pasta acrescentando leite, caso tenha pele normal, ou água de rosas, se tiver a pele oleosa. Passe por todo o corpo em movimentos circulares suavemente e deixe agir por 10 minutos. Tome banho normalmente, mas prefira água morna ou fria;
Remover estrias: Adicione duas pitadas de açafrão à uma colher (sopa) de iogurte natural. Esfregue sobre as marcas diariamente, deixando que aja por 10 minutos e depois enxágue;
Curar feridas, cortes, eczema ou psoríase: Aplique o açafrão puro sobre a área a ser tratada, repetindo o processo duas vezes ao dia.                       
 Açafrão
O açafrão, também conhecido como açafrão-da-terra, cúrcuma e gengibre amarelo, é uma planta originária da Ásia, pertencente à família do gengibre, cuja raiz dá origem à especiaria de cor amarela intensa. A especiaria é amplamente utilizada como condimento na culinária - principalmente na indiana - e também para dar cor aos alimentos. Entretanto, nem somente de culinária vive o açafrão. Ele é conhecido pelas suas propriedades medicinais, graças à curcumina, nome do pigmento presente nele e que tem ações antioxidante e anti-inflamatória.
Somos frequentemente lembrados por nutricionistas e médicos a ingerir alimentos que tenham cores vibrantes, pois as cores estão associadas aos antioxidantes. A cor intensa do açafrão parece, então, valer ouro: estudos evidenciaram a eficácia da curcumina no combate ao câncer e outras doenças. "A cúrcuma tem sido muito estudada, pois os povos que a utilizam não têm prevalência de várias doenças, inclusive vários tipos de câncer e problemas cardíacos", diz a nutricionista Jacqueline de Oliveira.
A medicina chinesa já utiliza o açafrão para remover inflamações nas partes interna e externa do corpo, mas a medicina ocidental também já reconheceu os benefícios desse produto. Doutores da Universidade da Califórnia descobriram que o pigmento bloqueou uma enzima que promove o crescimento de câncer na cabeça e no pescoço. No estudo, 21 sujeitos com câncer na cabeça e no pescoço mastigaram dois tabletes contendo 1.000 miligramas de curcumina. O resultado encontrado foi que as enzimas que promoviam o câncer foram inibidas pelo composto, impedindo o avanço das células malignas.                       
O açafrão também é antioxidante. O Centro Médico da Universidade de Maryland destacou que os antioxidantes presentes na curcumina combatem radicais livres causadores de câncer, reduzindo ou prevenindo os danos que eles podem causar no nosso organismo. Além das propriedades anticancerígenas, o composto também é um poderoso anti-inflamatório. A Universidade do Arizona examinou os efeitos do açafrão em ratos com artrite reumatoide. Resultado: a curcumina inibiu a inflamação das articulações.
"Dentre as propriedades da curcumina que estão sendo estudadas estão a redução dos níveis de colesterol, atuação contra o câncer retardando metástases, tratamento de artrite por ter propriedades anti-inflamatórias, auxílio na digestão das proteínas, facilitador na absorção de nutrientes e regulador do metabolismo. É bactericida, antioxidante, depurativo do sangue, desintoxicante, calmante e protege do sistema cardiovascular", resumiu os benefícios do composto a nutricionista Jacqueline de Oliveira. Com tantos benefícios para a saúde, a nutricionista dá dicas de como incorporar o açafrão à sua dieta: "Pode-se consumir o açafrão salpicando uma colher de chá em saladas, sopas, no arroz, em carnes e legumes. Existe também a opção em cápsulas de 500mg" (antes de consumir o açafrão como medicamento, consulte o seu médico).                       

Açafrão na magia:
Planta de influência jupteriana, seu uso além de condimento em nossas cozinhas, tem um largo uso em defumações para atrair melhores condições financeiras. Associado a “nós moscada” é um poderoso abre alas para situações financeiras difíceis. É também utilizado nos filtros amorosos em conjunto com outras ervas                       
 Planeta: Sol
 Elemento: Fogo Usado em rituais de prosperidade e cura                       
Deuses: Bast, Sekhmet, Morrigu, deusas solares e Amaterasu.
Propriedades mágicas: Usado em rituais e feitiços prosperidade e cura.
Festivais e rituais: Sabbat de Imbolc, Lammas, Yule.
 AÇAFRÃO - o açafrão é o tempero mais caro do mundo. O açafrão tem o gosto parecido com uma espécie de mel amargo e uma cor amarela forte. É indispensável na cozinha mediterrânea e muito usado também na cozinha indiana e na Ásia Central, especialmente para dar cor ao arroz. conhecido no comércio, e que é uma matéria amarela usada como corante e condimento. É utilizado para dar uma coloração amarelada na indústria alimentícia como condimento, corante natural e aromatizante. Usada principalmente na elaboração de risotos, paella, sopa de peixe e bacalhau à espanhola, em molhos, sopas, saladas, arroz e cozidos com frango ou legumes. São empregados nos casos de asma, coqueluche, histeria, bem como contra os cálculos dos rins, do fígado e da bexiga.
 AÇAFRÃO DA INDIA – (curcuma zedoária) tem uma aroma forte de madeira e sabor picante. Por esse motivo não deve ser usado como um simples substituto do açafrão.o pó de seu rizoma é utilizado como corante amarelo. Possui um sabor semelhante ao do gengibre. Utilizado como um dos ingredientes do curry e na pasta de mostarda, sua parte usada é o pó do rizoma. É utilizado para dar uma coloração amarelada ao arroz e em sopas e massas e na indústria alimentícia como condimento, corante natural e aromatizante. Bom para o fígado e pulmão. É colerética , colagoga, hipoglicemiante , resolutiva, diurética, excitante, cordial, estomáquica, antidiarréica, antiescorbútica, antiespasmódica, emenagoga , litotríptica, cicatrizante de feridas e antioxidante.Seu consumo é desaconselhável para mulheres grávidas.
AÇAFRÃO DA TERRA (Curcuma longa) – Irmão do gengibre. Antioxidante; ideal para dar uma tonalidade amarela em diversos pratos. Muito utilizada em pratos da cozinha baiana, indiana e asiática.Usado para colorir roupas, laticínios, bebidas e mostarda, em cozidos, sopas, ensopados, molhos, peixes, pratos à base de feijão, receitas com ovos, maioneses, massas, frango, batatas, couve-flor e até pães. Deve ser dissolvida em um caldo quente antes de ser incorporada a uma receita. É ingrediente essencial para acentuar o sabor e dar cor a muitos pratos da cozinha indiana, principalmente arroz. É boa para a pele, baixa o colesterol, protege o fígado, atua contra o câncer, trata a artrite, ajuda a digestão das proteínas, promove a absorção e regula o metabolismo, além de ser antiinflamatória, antimicrobiana, antioxidante, depurativa, desintoxicante, calmante e protetora do sistema cardiovascular, ajuda a formar o muco protetor do estômago e é muito útil em gripes, resfriados e dor de garganta.

Raffi Souza

22 novembro 2016

Os Deuses Brasileiros!

Os Deuses Brasileiros, a Mitologia Tupi

Vamos falar sobre alguns deuses que não vinheram atraves de imigração? Os que nós esquecemos, por causa da nossa afastação aos indigenas, aos que sofreram e ate sofrem? Vamos falar sobre os nossos deuses, os deuses Brasileiros, ou os deuses da Mitologia Tupi!

Nhanderuvuçu:
Conhecido também como Nhamandú, Yamandú ou Nhandejara, é considerado como o deus supremo da mitologia tupi-guarani. Nhanderuvuçu não tem uma forma antropomórfica, pois é a energia que existe, sempre existiu e existirá para sempre, portanto Nhanderuvuçú existe antes mesmo de existir o Universo. No princípio ele destruiu tudo que existia e depois criou a alma, que na língua tupi-guarani se chama "Anhang" ou "añã"; "gwea" significa velho(a); portanto anhangüera "añã'gwea" significa alma antiga. Nhanderuvuçú criou as duas almas e, das duas almas (+) e (-) surgiu "anhandeci" a matéria. Depois ele desejou lagos, neblina, cerração e rios. Para tudo isso, ele criou Iara, a deusa dos lagos. Depois criou Tupã que é quem controla o clima, o tempo e o vento, Tupã manifesta-se com os raios, trovões, relâmpagos, ventos e tempestades, é Tupã quem empurra as nuvens pelo céu. Nhanderuvuçú criou também Caaporã (Caipora) o protetor das matas por si só nascidas, e protetor dos animais que vivem nas florestas, nos campos, nos rios, nos oceanos, enfim o protetor de todos os seres vivos.

Iara:
Deusa das águas, também conhecida como Uiara, ela é vista como uma linda sereia que vive nas profundezas do rio Amazonas, de pele parda, cabelos verdes longos e olhos castanhos.

Abaçai:
É o deus da guerra, um tipo de 'Áries' ou 'Marte' dos nativos. É o espírito guerreiro que se apossa do índio que se prepara para batalhas sangrentas. Por isso, dizem que aqueles preparados para a guera estão "abaçaiados".

Angra:
A deusa do fogo da mitologia tupi-guarani.

Andurá:
Uma árvore fantástica e surreal, que a noite se inflama subitamente, se parecendo bastante com a forma através da qual o deus judaico-cristão se comunica com seus profetas.

Chandoré tupi:
Deus da mitologia tupi-guarani. Segundo a lenda, teria sido enviado para matar o índio malvado Pirarucu, que desafiou Tupã, mas fracassou, pois Pirarucu se jogou no rio. Como castigo o índio transformou-se em um peixe, que leva o seu nome.

Sumé:
Também conhecido como Zumé, Pay Sumé ou Tumé, entre outros nomes, é a denominação de uma antiga entidade da mitologia dos povos tupis do Brasil cuja descrição variava de tribo para tribo. Tal entidade teria estado entre os índios antes da chegada dos portugueses, e transmitido uma série de conhecimentos como a agricultura, fogo e organização social, e seria uma espécie de deus das leis e das regras. Era visto com cabelos amarelos, voava por todo lugar, e inclusive mergulhava sob as águas do mar, até quando desapareceu. Sumé deixou dois filhos, Tamandaré e Ariconte, que eram muito diferentes e odiavam um o outro.

Rudá:
O deus do amor, que vive nas nuvens. Seu trabalho é o de despertar o amor no coração das mulheres. Equivalente à deusa Hathor da mitologia egípcia, Vênus da mitologia romana, e Afrodite da grega.

Tupã:
Seria um tipo de líder na mitologia tupinambá, senhor dos trovões e tempestades. Em analogia simples, poderia ser comparado ao deus grego Zeus, ou mesmo ao deus nórdico Thor, pois ele compartilha a mesma explicação comum nos deuses dos povos antigos para os relâmpagos. Tupã também tem a característica da onipresença, que é muito comum nas religiões cristãs, judaica e islâmica. Os jesuítas, na época da colonização, difundiram uma opinião errônea de que o trovão em sí seria um deus indígena, sendo que na verdade, ele é apenas a maneira utilizada por Tupã para se expressar.

Jaci:
A deusa da Lua e da Noite seria responsável pela magia e encanto dos homens. Teria sido criada por Tupã para dar beleza a Terra. Irmã de Iara (deusa dos lagos sereno), Jaci tornou-se esposa do próprio Tupã. Outras versões da mitologia indígena dizem que Jaci seria esposa e/ou irmã Guaraci, o deus Sol. Jaci é equivalente a Vishnu dos hindus e Ísis dos egípcios.
 Guaraci (ou Quaraci):
Guaraci é a representação do deus Sol, responsável pela luz, vida e pureza do planeta Terra, assim como Brahma (hinduísmo) e Osíris (egípcio).

Yorixiriamori:
Esse deus encantava as mulheres com seu belo canto, o que despertou a inveja dos homens que tentaram matá-lo. Por isso, ele fugiu para o céu sob a forma de um pássaro. É um personagem do famoso mito "A árvore cantante", dos índios Ianomâmis.

Anhangá:
Os jesuítas propagaram a imagem errônea de que Anhangá seria o equivalente ao Diabo da religião Cristã, porém, Anhangá (que significa espírito) seriam almas que vagam pela Terra, que podia assumir qualquer forma, mas que seria mais visto como um veado com olhos de fogo. Além disso, Anhangá seria o protetor dos animais, protegendo-os contra caçadores. Quando um animal consegue escapar miraculosamente durante uma caça, os índios atribuem tal façanha a Anhangá.

Jurupari:
Filho da índia Ceuci, que após comer um fruto proibido para moças no período fértil (fruta mapati), ficou grávida miraculosamente, após o suco da fruta escorrer pelo seu corpo nu. Quando o conselho de anciãos soube da história de Ceuci, ela foi punida com exílio, onde teve seu filho, chamado Jurupari, enviado do deus Sol Guaraci, que teria como missão reformular os costumes e o modo de vida dos homens, que eram submetidos às mulheres. Visto como o grande Legislador, com 7 (sete) dias de vida já aparentava 10 anos de idade, e sua sabedoria atraiu as pessoas que ouviam seus ensinamentos enviados pelo deus Sol. Por sua vez, a história contada pelos jesuítas atribui Jurupari a uma espécie de demônio que visita os sonhos das pessoas, dando origem aos pesadelos, pois o ritual de Jurupari era o mais praticado na época da colonização. O ritual exclusivo para homens inclui músicas com flautas, flagelações, tabaco e coca e alucinógenos.

Ceuci:
Deusa da lavoura e das moradias, representada pela estrela mais brilhante da constelação de Plêiades. Quando na Terra, era mãe de Jurupari, o enviado do Sol/Guaraci, se submeteu ao novo método patriarcal das tribos. As mulheres não podiam participar dos rituais de Jurupari, pois os deuses matariam a intrusa. Certa vez, Ceuci com saudade de seu filho, aproximou-se dele durante um cerimonial, e foi quando ela foi atingida por um raio, enviado por Tupã. Jurupari, também filho do Sol, foi enviado para ressuscitá-la, mas não o fez para não desobedecer a lei dos deuses. Ele a acalmou dizendo que iria brilhar no céu, e encontrar o deus Guaraci, e nesse momento, Jurupari chorou. Por isso, quando faz Sol e chuva ao mesmo tempo, os índios dizem que o espírito de Jurupari está por perto.

Akuanduba:
Uma divindade dos índios araras toca a sua flauta para dar sustentação e ordem ao mundo, representando a harmonia divina.

Wanadi:
Deus dos iecuanas faz parte de um mito em que o Sol teria criado três seres vivos para habitar o mundo. Apenas Wanadi nasceu perfeito enquanto que os outros dois seriam responsáveis pelo mal do planeta.

Yebá Bëló:
Chamada de “mulher que apareceu do nada”, é citada como a responsável pela criação da humanidade segundo os Dessanas. De acordo com a lenda, teria moldado os homens e mulheres das folhas de coca que mascava chamadas de ipadu.

Caipora:
O nome caipora vem do tupi-guarani Caapora, e quer dizer "habitante do mato". Caipora é representado pela forma de um índio jovem, coberto de pelos e vive montado em uma espécie de porco-do-mato. Ele é o guardião da vida animal. É ele que estala os galhos, faz assobios e dá falsas pistas para desorientar os caçadores. Reza a lenda que Caipora seria canibal, se alimentando de tudo e todos que caçam nas florestas, punindo homens, insetos ou até outros animais. Caipora é responsável por punir, principalmente, aqueles que caçam além da necessidade.

Tupi:
Personagem primordial de todos os povos tupis. O antepassado principal, que deu origem à todos os índios. Por isso, muitas nações tupis criaram seus nomes como homenagens a tupi: tupinambás, tupiniquins, tupiminós, tupiguaés, etc.
Bem aqui falei apenas sobre alguns, existe uma imensidão de deuses Brasileiros, cabe a nos procurarmos eles.
Que os Deuses lhe abençoem!

Raffi Souza.

17 novembro 2016

Brahma o Criador do Mundo!

Brahma o criador do mundo!
                                                                                                                                                 

Brahma:

É o criador do universo, é a inteligência criadora, representa a mente cósmica.
Brahma tem quatro cabeças e está sentado num cisne. Os Puranas dizem que ele criou Sarasvati (sua consorte, Deusa do conhecimento) e que ela corria de um lado para o outro e para cada lado que ela corria nascia uma cabeça, assim ele é representado com quatro cabeças significando os quatro vedas e todas as direções do conhecimento.

A tradição Védica usa alguns exemplos para explicar a criação. É dito que o “Criador é como a aranha tecendo a teia”. O Criador é a inteligencia e o material da criação. Ele retira de si mesmo o material da criação. Assim a criação é a manifestação do criador.
A base de Brahma é Sarasvati, o conhecimento. Assim Brahma está sentado num cisne. O cisne tem a capacidade de separar o leite da água, assim como, o conhecimento é a capacidade de separar o real do não real (absoluto de maya).

Em suas quatro mãos Brahma sustenta um lotus, os vedas, um vaso contendo amrita e abaya mudrã. O lotus representa o símbolo da pureza. Os vedas são as escrituras sagradas contendo todo o conhecimento da criação e o meio para o conhecimento. O amrita é o néctar da imortalidade e abaya mudrã abençoa com destemor

A Mitologia Hindu está fundada nos Vedas, que são os livros sagrados dos hindus. Segundo a crença, o próprio Brahma os  escreveu. Brahma é o Deus supremo da tríade hindu. Seus atributos são representados pelos três poderes: criação, conservação e destruição, que formam a Trimuri ou trindade dos principais deuses: Brahma, Vishnu e Shiva, respectivamente, da criação, da conservação e as destruição.

Brahma é o deus criador de todo o universo e de todas as divindades individuais e por ele, todas serão absorvidas. Ele se transformou em várias coisas, sem nenhuma ajuda externa e criou a alma humana que, de acordo com os Vedas, constitui uma parte do poder supremo, como uma fagulha pertence ao fogo.

Brahma, quando da criação do mundo, resolveu dar à Terra habitantes que fossem criados da sua própria emanação. Assim, criou através de sua boca, seu filho mais velho, o Brâmane, que significa o sacerdote, ao qual confiou os quatro Vedas. De seu braço direito saiu Chátria, o guerreiro, do esquerdo, a esposa do guerreiro. Das suas coxas surgiram os Vaissias, do sexo masculino e feminino (agricultores e comerciantes) e de seus pés, os Sudras (mecânicos e trabalhadores).

Brahma é o primeiro deus da Trimurti, a trindade hindu, mas não recebe tanta importância como os outros dois: Vishnu e Shiva.

Brahma é considerado pelos hindus a representação da força criadora ativa no universo.
A visão de universo pelos hindus é cíclica. Depois que um universo é destruído por Shiva, Vishnu se encontra dormindo e flutuando no oceano primordial. Quando o próximo universo está para ser criado, Brahma aparece montado num Lótus, que brotou do umbigo de Vishnu e recria todo o universo.

Depois que Brahma cria o universo, ele permanece em existência por um dia de Brahma, que vem a ser aproximadamente 4.320.000.000 anos em termos de calendário hindu. Quando Brahma vai dormir, após o fim do dia, o mundo e tudo que nele existe é consumido pelo fogo, quando ele acorda de novo, ele recria toda a criação, e assim sucessivamente, até que se completem 100 anos de Brahma, quando esse dia chegar, Brahma vai deixar de existir, e todos os outros deuses e todo o universo vão ser dissolvidos de volta para seus elementos constituíntes.

Brahma é representado com quatro cabeças, mas originalmente, era representado com cinco. O ganho de cinco cabeças e a perda de uma é contado numa lenda muito interessante. De acordo com os mitos, ele possuía apenas uma cabeça. Depois de cortar uma parte do seu próprio corpo, Brahma criou dela uma mulher, chamada Satrupa, também chamada de Sarasvati. Quando Brahma viu sua criação, ele logo se apaixonou por ela, e já não conseguia tirar os olhos da beleza de Satrupa. Naturalmente, Satrupa ficou envergonhada e tentava se esquivar dos olhares de Brahma movendo-se para todos os lados.

Para poder vê-la onde quer que fosse Brahma criou mais três cabeças, uma à esquerda, outra à direita e outra logo atrás da original. Então Satrupa voou até o alto do céu, fazendo com que Brahma criasse uma quinta cabeça olhando para cima, foi assim que Brahma veio a ter cinco cabeças. Da união de Brahma e Satrupa, nasceu Suayambhuva Manu, o pai de todos os humanos.

Brahma (Brama ou Bramá) é o deus hindu da criação e o primeiro deus da Trimurti, a sagrada trindade hindu. Os outros deuses eram Vishnu e Shiva. Brahma representa o equilíbrio, enquanto Vishnu e Shiva representam as forças opostas da conservação e da destruição, respectivamente.
Existem muitos relatos diferentes sobre a origem de Brahma. De acordo com uma história, Brahma criou as águas cósmicas e depositou nelas uma semente. A semente se transformou em um ovo de ouro e, após mil anos, o próprio Brahma emergiu do ovo como um Brahma mais jovem. Ele, então, criou o universo e todas as coisas nele. Outra lenda diz que Brahma nasceu de uma flor de lótus que brotou do umbigo de Vishnu.

Representações
Brahma é geralmente retratado com quatro cabeças e quatro braços. As quatro cabeças simbolizam os quatro Vedas (os antigos textos sagrados do hinduísmo), os quatro yugas (épocas de tempo) e as quatro varnas (classes sociais hindus)... Brahma é freqüentemente mostrado usando vestes brancas e segurando um cetro, uma tigela de esmolas, um arco, dentre outros itens. A montaria (vahana) de Brahma é o cisne/pavão real Hamsa.

Brahma e Sarasvati, o surgimento das varias cabeças:
De acordo com a mitologia hindu, Brahma originalmente possuía apenas uma cabeça. Após cortar uma parte de seu próprio corpo, ele a usou para criar uma mulher para si, a qual se chamava Sarasvati (ou Satrupa). Assim que Brahma a viu, se apaixonou por ela, a ponto de não conseguir tirar seus olhos dela. Envergonhada, Sarasvati movia-se para todos os lados tentando fugir dos olhares de Brahma, e, para poder vê-la onde quer que ela fosse Brahma criou mais três cabeças: uma à esquerda, uma à direita e outra atrás da original. Sarasvati tentou ainda escapar de Brahma voando até o ponto mais alto nos céus, mas Brahma criou uma quinta cabeça olhando para cima, tornando-se impossível para Sarasvati escapar de seus olhares.

Após conseguir deter a atenção de Sarasvati, Brahma lhe disse: “ó, meu amor, por favor, conceda-me seu carinho para que possamos nos unir e dar origem a todas as criaturas animadas, homens, deuses e demônios desse universo”. Ao ouvir tais palavras, Sarasvati desceu do alto de onde se refugiava, desfez-se de sua timidez e uniu-se a Brahma. Logo após terminarem de povoar o universo com suas mais diversificadas criaturas, Brahma e Sarasvati retiraram-se para um local secreto, onde viveram juntos por mais um espaço de cem anos divinos. Desse novo período de amor nasceu o sábio Manu, chamado também de Svayambhuva ou Viraj.

Posteriormente, uma das cabeças foi destruída por Shiva, após Brahma se dirigir de maneira desrespeitosa a sua pessoa. Shiva abriu seu terceiro olho e incinerou a cabeça de Brahma, que passou a contar desde então com quatro cabeças.

A criação das quatro castas hindus:
Segundo algumas lendas, pela união de Brahma com Bakchase (uma mulher da raça dos gigantes), provieram os brâmanes, a casta de sacerdotes e doutores destinada à propagação das leis religiosas. Do braço direito de Brahma surgiu um homem (Kshatrya) e do braço esquerdo uma mulher (Kshatryani). O enlace desses dois seres deu origem a casta de guerreiros. Da coxa direita de Brahma surgiu um terceiro homem (Vaishya) e da coxa esquerda uma mulher (Vaishyani), para dar origens a casta dos comerciantes e lavradores. Finalmente, do pé direito de Brahma surgiu um quarto homem (Sudra) e do pé esquerdo uma mulher (Sudrani) para dar origem à quarta casta, constituída por artistas, operários de toda espécie de trabalhadores.

Culto
Apesar do fato de Brahma ser um dos trimurtis, não existem templos dedicados ao seu culto, exceto o local de peregrinação, Pushkar em Ajmer. Alguns estudiosos acreditam que o culto a Brahma existiu nos tempos védicos, e foi substituído mais tarde pelos cultos à Shiva e Vishnu, que até hoje são amplamente cultuados.

Associações:

É deus: da criação, da ordem;

Velas: branco, azul;

Oferendas: incensos de olibanos, jasmim (praticamente todos os incensos indianos), imagens dele, mantras, dança.



Que os Deuses lhe abençoem!

Raffi Souza

16 novembro 2016

Frigga a esposa nórdica!

Frigga a esposa nórdica!



Frigga é a Deusa escandinava da fertilidade da terra, protetora das famílias e das tribos. Seu nome significa "Aquela que ama" e é conhecida pelos nomes: Frigg, Frige, Frija, Fricka, Frea, Frewa, Fruwa, Hlin, Hlyn, e Lin. Vrou-elde era o nome holandês dela. Como esposa de Odin, mãe de Baldur (o Deus da Primavera e do Renascimento ou da Regeneração), Frigga era a Suprema Deusa Mãe dos Deuses Aesir, dinastia dos Deuses do céu indo-europeu e filha de Fjorgyn.
Frigga era a Deusa do Amor, da União e do Destino. Contava-se que em um salão de seu palácio em Fensalir, em um dos mundos míticos germânicos, havia um grande tear onde as Norns, as Senhoras do Destino, enrolavam cordões para que Frigga pudesse tecer tanto o destino dos homens, quanto as nuvens do céu. Esta atribuição associava esta Deusa também a rios, cachoeiras e água doce. Fensalir era o local onde as almas dos cônjuges que tinham sido fiéis um ao outro se reuniam após a morte, para nunca mais se separarem. Uma estrela da Constelação de Órion é chamada de "Friggajar Rockr", em sua homenagem.

O fuso é um poderoso símbolo que representa a sabedoria, a virtude e a indústria feminina. A tecelagem, para os vikings, foi uma importante fonte de renda que enfatizava o poder das mulheres na tradição pagã. Nas mãos de Frigga e das Norns, o fuso transformou-se em uma poderosa arma mágica. Os vikings acreditavam que ela conhecia o destino dos homens, em virtude desta sua ligação com as Norns.

Na maioria das vezes, Frigga se apresentava como uma mulher vestida com penas de falcões e gaviões, podendo ainda, viajar na forma de um desses pássaros.
Frigga está associada ao início do Ano Novo. A noite mais longa o ano era dedicada à esta Deusa. Todas as mulheres grávidas invocavam Frigga, acendendo uma vela branca, nas festividades do Solstício de Inverno, para terem um parto seguro. Pode ser invocada também, para ajudar em toda as coisas relacionadas com os ofícios de tear, cozinhar, costurar, e também para proteger as crianças. É ela ainda, que estabelece ligação com nossos antepassados. Os detalhes de sua adoração ficaram perdidos quando foi instituído o feudalismo. Frigga aparece somente em alguns registros do folclore alemão, onde sobreviveu como Frau Holda. As Deusas Holda, Percht e Berchte são muito similares a Frigga.

Como Deusa das mulheres, Frigga era considerada a Padroeira do Matrimônio e Deusa da Fertilidade. Neste aspecto está associada a Deusa Hera grega, que também era uma feroz protetora das uniões conjugais. Assim como Hera, Frigga é casada com o Deus Supremo de sua religião. Diferem entretanto, no que diz respeito a fidelidade.

As Deusas escandinavas não eram necessariamente fiéis, pois estavam em pé de igualdade com o homem. Além disso, o adultério não era encarado com o aspecto de total imoralidade, como em nossos dias. As mulheres nórdicas que não traiam seus maridos, não tinham respaldo em códigos morais, mas alegavam que os amavam verdadeiramente. A base de tais conceitos está fundamentada na origem da criação. Para os nórdicos, toda energia masculina derivava da Deusa, ou energia feminina. A Fêmea é aquela que dá luz e o invólucro da criação. Dentro desse contexto, todas as coisas, inclusive o homem de sexo masculino, vêm da Mãe de Todas as Coisas. É exatamente o oposto do conceito cristão de Adão e Eva, onde Deus moldou Eva a partir da costela de Adão.
A mulher primitiva era não tida como pecadora e podia-se unir-se sem culpa, a quantos homens desejasse. O amor era bom enquanto durasse, não era uma instituição e sim uma união que só se fortalecia se houvesse um sentimento maior.

Frigga teve uma união bem-sucedida com Odin, tanto que dividiu seu trono, chamado Hildskjalf, com ele e de onde podia ver os nove mundos. Entretanto, dividia sua cama com Vili e Ve, irmãos de Odin, quando este último saía em jornadas fora de Asgard. O adultério era desculpado pelos nórdicos, mas condenado pelos gregos.

Frigga era considerada como a Deusa defensora da paz. Eram às mulheres que cabia o papel de intermediadoras e promotoras da paz.

O culto à Frigga era base para todas as uniões legais entre homens e mulheres e a base para todos os códigos morais da sociedade germânica. Por esta razão, os seguidores de Frigga eram considerados mediadores, ou primitivos advogados que ocupavam uma posição elevada, honrada e respeitada pela comunidade. Para eles, a lealdade e a família vinham em primeiro lugar, seguido pelos amigos do clã, o Senhor e o Rei. Quebrar um juramento, naquela época levava o indivíduo à morte ou banimento pela sociedade. O banimento era considerado uma morte lenta e tortuosa, pois o indivíduo era deixado só em uma região totalmente isolada de muito frio e neve, sem nenhum alimento.

Esta Deusa do Amor era também versada na arte da magia e profecias Foi ela que introduziu as runas como instrumentos de adivinhação. Runas são pedras grafadas com símbolos, que nos permite encontrar respostas para um futuro incerto. Mas para a Deusa, esta habilidade de prever o futuro lhe trouxe muita dor quando previu a morte de seu filho Balder. E, mesmo sabendo que não poderia mudar o destino, viajou por todos os lugares pedindo aos seres que nunca fizessem mal ao seu amado filho.

Baldur, entretanto, não poderia ser ferido ou morto, a não ser pelo veneno de um visco. Então, Loki, que invejava a beleza e juventude de Baldur, portador desta confissão, pois aproximou-se em segredo, disfarçado de mulher, encontrou um pouco de visco e fabricou um jogo de dardos com ele. Foi então até uma reunião dos Deuses e convencer Holdur, um deus cego a arremessá-los contra Baldur, que morreu. Todos os Deuses e Frigga choraram a sua perda. Sua mãe tentou negociar com Hel, a Rainha do Mundo dos Mortos, para trazer seu filho de volta, mas tudo foi em vão.

O tempo passou e tudo começou a estagnar-se. O Lobo Fenris se libertou de seus grilhões e devorou o Sol. A árvore do mundo, Yggdrasil, tremeu das raízes a copa. Montanhas afundaram no mar e todo o país tremeu. Um longo inverno se seguiu, trazendo a fome e a libertação dos gigantes do gelo que devastaram o mundo.

Odin uniu-se às Valquírias e os poderosos Deuses do Aesir para combater Fenris e estabelecer a ordem. Vencendo a batalha, finalmente a terra renasceu do mar, o Sol reapareceu no céu e Baldur ressuscitou dos mortos para governar os novos tempos. Dois mortais que sobreviveram escondidos nos galhos da árvore do mundo povoaram a Terra e novas colinas ergueram-se dos mares. A natureza tornou-se viva e florescente através das bênçãos de Frigga, a Deusa da Fertilidade e do Amor.

Frigga possuía onze ajudantes: Fulla, Hlin, Gna, Vjofn, Lofn, Syn, Gefjon, Snotra, Eira, Vara e Vor, que lhes auxiliavam em sua missão de zelar pelo casamento e pela ordem social. A mensageira de Frigga é Gna, que monta o cavalo Hofvarpnir através dos céus. Vjofn tinha a tarefa de apazigüar às brigas domésticas. Lofn auxiliava os amantes na procura de um amor. Syn (vidente) era a guardiã do Palácio de Frigga. Eira era a curadora, tinha conhecimento do poder das ervas e as manipulava no fabrico de remédios. Vara era a juíza e o carrasco daqueles que não cumpriam com sua palavra. Snotra era a virtude, encarregada do arquivamento de todas as coisas. Vor era os olhos de Frigga que podiam ver o futuro e que observava de perto o que acontecia no mundo dos homens.

É interessante acrescentar que Frigga é uma Deusa muito antiga, com fortes conexões com a Terra. O controle da natureza exercido por Frigga é claramente visualizado quando ela pede para que toda a criação não prejudique seu filho Baldur e quando tudo ganha nova vida com suas bênçãos.
Frigga era considerada como a Deusa defensora da paz. Eram às mulheres que cabia o papel de intermediadoras e promotoras da paz.

O culto à Frigga era base para todas as uniões legais entre homens e mulheres e a base para todos os códigos morais da sociedade germânica. Por esta razão, os seguidores de Frigga eram considerados mediadores, ou primitivos advogados que ocupavam uma posição elevada, honrada e respeitada pela comunidade. Para eles, a lealdade e a família vinham em primeiro lugar, seguido pelos amigos do clã, o Senhor e o Rei. Quebrar um juramento, naquela época levava o indivíduo à morte ou banimento pela sociedade. O banimento era considerado uma morte lenta e tortuosa, pois o indivíduo era deixado só em uma região totalmente isolada de muito frio e neve, sem nenhum alimento.

Invoque Frigga para: fertilidade, proteção, saúde, sabedoria, a paixão, a magia sexual, liberdade sexual, mágica do nó, durante o parto, para proteger sua casa, encontrar um nome para uma criança que está para nascer e para saber do passado, presente e futuro. Sexta-feira é o dia mais propício e poderoso para a invocação de Frigga.

Os animais consagrados a esta Deusa são: o ganso, o gato, o porco, o pardal e o cavalo.
Frigga é a expressão mais moderna das Deusas Antigas. Ela está mais perto da humanidade e dos interesses humanos porque é a Deusa da Ordem Social e das Relações Sociais. É Ela que tece a teia da sociedade e dá forma à humanidade. O que seria do nosso mundo sem relacionamentos sociais?

Frigga chega a nossas vidas para nos dizer que uma única verdade de nada se aproxima da sabedoria. Só alcançamos a sabedoria quando nos aproximamos de múltiplas verdades e possamos nos integrar a elas. Uma moeda tem dois lados, já a verdade é multifacetada.

Pegue sua vara de pescar e dirija-se ao mar ou a um rio. Sente-se confortavelmente, coloque a linha na água e quando os peixes começarem a surgir, imagine-os como verdades que devem ser trabalhadas. Peça a Frigga que o(a) oriente na busca das verdades que você necessita para melhorar seus relacionamentos e, boa sorte em sua pescaria!

Frigga, ou Friga, é a Deusa-Mãe da dinastia de Aesir na mitologia nórdica. Esposa de Odin e mãe (ou madrasta) de Thor, ela é a deusa da fertilidade, do amor e da união. É também a protetora da família, das mães e das donas de casa, símbolo da doçura.

Na Mitologia nórdica, era conhecida como a mais formosa entre as deusas, a primeira esposa de Odin, rainha do Aesir e deusas do céu. Deusa do clã do Ásynjur é uma deusa da união, do matrimônio, da fertilidade, do amor, da gerência da casa e das artes domésticas. Suas funções preliminares nas histórias mitológicas dos nórdicos são como a esposa e a mãe, mas estas não são somente suas funções. Tem o poder da profecia embora não diga o que conhece, e seja única, à exceção de Odin, a quem é permitido se sentar em seu elevado trono Hlidskjalf e olhar para fora sobre o universo. Participa também na Caça Selvagem (Asgardreid) junto com seu marido. As crianças de Frigga são Balder, Höðr e, a partir de uma fonte inglesa, Wecta; seus enteados são Hermóðr, Heimdall, Tyr, Vidar, Váli, e Skjoldr. Thor é seu irmão ou um enteado. O companheiro de Frigga é Eir, o médico dos deuses da cura. Os assistentes de Frigg são Hlín (a deusa da proteção), Gná (a deusa dos mensageiros), e Fulla (deusa da fertilidade). Não é claro se os companheiros e os assistentes de Frigga são os aspectos simplesmente diferentes da própria Frigga. De acordo com o poema Lokasenna Frigga é a filha de Fjorgyn (versão masculina da “terra,” cf. versão feminina da “mãe terra,” de Thor), sua mãe não é identificada nas histórias que sobreviveram.
Acreditava-se que era detentora de uma enorme sabedoria, conhecendo o destino dos homens, sem, no entanto, alguma vez o revelar.

É representada como uma mulher alta e majestosa vestida de penas de falcão e gavião, trazendo um molho de chaves no cinturão.

O seu nome tem várias representações (Frige, Frija, Fricka etc.) sendo também, por vezes, relacionada ou confundida com a deusa Freya.

Atributos: Na Escandinávia, a constelação conhecida como "Constelação de Órion" é denominada "Frigga Distaff" (Fuso de Frigga). Como a constelação está no equador celestial, vários intérpretes sugerem que as estrelas que giram no céu da noite podem ter sido associadas com a roda girando de Frigga. Em diversas passagens ela é representada fiando tecidos ou girando as nuvens.
O nome Frigga pode ser traduzido como "amor" ou "apaixonado" e traz inúmeras variações entre as muitas culturas européias do norte, tanto de local como de tempo. Por exemplo, Frea no Alemão Sulista, Frija ou Friia no Alto Alemão Arcaico, Friggja em Sueco, Frīg (genitivo Frīge) no Inglês Arcaico e Frika que apareceu nas óperas de Wagner. Também é sugerido por alguns autores que o "Frau Holle" da cultura folclórica alemã refere-se à deusa.

O salão de Frigga em Asgard é Fensalir, que significa "salões do pântano". Isto pode significar que as terras alagadiças ou pantanosas eram consideradas especialmente sagradas à deusa, mas tal afirmação não pode ser considerada definitiva. A deusa Saga, que foi descrita bebendo com Odin em copos dourados em seu salão de "assentos submersos" pode ser que represente Frigga com um nome diferente.


Associassões a essa deusa:

Deusa: do amor, fertilidade, magia, do casamento;

Cores: rosa, prata, verde;

Oferendas: mel, runas, flores, coisas relacionadas ao amor, respeito às mulheres, (apenas mulheres) que se imponham em pé de igualdade aos homens;

Que os deuses lhe abençoem hoje e sempre!


Raffi Souza