29 novembro 2017

A erva sagrada: Anis-Estrelado!

A erva sagrada: Anis-Estrelado!



Anis-estrelado ou estrela-de-anis é uma planta de uso culinário e medicinal, a Illicium verum, originária da China e do Vietnã. Mas, existe outro, japonês, parecidíssimo, que é altamente tóxico - trata-se do Illicium japonicum.
Enfim, o anis-estrelado é mais uma das especiarias orientais que entrou na nossa cultura medicinal e curativa desde tempos imemoriais. Esta planta cuja semente seca parece uma estrela, é rica em óleos aromáticos e seu aroma assemelha o do anis.
As duas espécies têm propriedades medicinais, porém, é muito perigosa a confusão ou o usar uma pela outra (afinal é tudo anis-estrelado, não?) pois a espécie japonesa é neurotoxina e especialmente perigosa para crianças.
Uso medicinal do Illicium verum - anis-estrelado chinês
Esta especiaria tem propriedades antibacteriana, carminativa, diurética, odontálgica, estimulante e protetiva estomacal.
Faz-se uso interno para tratar dores abdominais, distúrbios digestivos e queixas como lumbago.
É frequentemente utilizada em medicinais para tratamento de distúrbios digestivos e tosse, em parte também por causa de seu sabor agradável.
O anis-estrelado é eficaz para vários distúrbios digestivos, incluindo cólicas, e pode ser administrado com segurança às crianças.
Usa-se a fruta, colhida quase madura, para mastigá-la em pequenas quantidades após as refeições, a fim de favorecer a digestão e adoçar a respiração. O fruto tem um efeito antibacteriano similar à penicilina.
Dos frutos maduros se extrai o óleo essencial e, quando secos, são usados para decocção ou para se fazer o chá. De suas sementes, faz-se um remédio homeopático, segundo informa o site Plantes for a Future.
Benefícios medicinais do anis-estrelado chinês:
antisséptico
antibacteriano
anti-inflamatório
calmante
digestivo
diurético
relaxante
indutor do sono
analgésico
Seu princípio ativo é tão poderoso que integra a produção do antiviral Oseltamivir ou Tamiflu.
Usos culinários do Illicium verum - anis-estrelado chinês
O fruto é usado como um condimento em caril, chás e picles, sopas, caldos e marinadas.
É um ingrediente do "pó de cinco especiarias" usado na cozinha chinesa e vietnamita.
O óleo essencial é utilizado para aromatizar licores, refrigerantes e produtos de panificação.
Na Índia, o anis-estrelado chinês é usado em substituição do anis comum por ser mais barato que este.
Cuidados no uso do anis-estrelado (contraindicações)
O óleo essencial de anis-estrelado (chinês ou japonês) é tóxico se ingerido.
Qualquer dos dois tipos de anis-estrelado tem efeitos tóxicos se usado em excesso.
O anis-estrelado japonês é neurotóxico quando usado, em chá, para crianças pequenas e, tal se verificou por conta de adulterações nos lotes do anis-chinês em venda nos mercados europeus. Portanto, todo cuidado é pouco já que as plantas são muito parecidas e, por este motivo se desaconselha a administração deste chá para bebês, apesar de ser excelente para tratar cólicas e outros desarranjos intestinais.
O chá de anis-estrelado chinês
Este é um chá que eu costumo usar quando me sinto gripada, ou cansada e tensa, com dificuldade para adormecer e, para este fim particular, coloco uma estrela de anis junto com outro chá de ervas, em 1 litro de água fervente. Ou 1 estrela de anis em uma xícara de água já quente. Nos dois casos deixo a estrela de anis enquanto dura o líquido e, como é dosagem leve, tomo quantas xícaras tiver vontade.
Mas, a recomendação que vejo por aí é de se fazer a decocção por 10 minutos de 1 colher de sopa de estrelas de anis em 1 litro de água. Francamente, para mim essa dosagem é muito forte, mas, cada um é um universo, certo?
Porém, como já foi dito antes - não dê chá de anis-estrelado para os bebês pelo simples fato de poder ser confundida a estrela de anis chinesa com a homônima japonesa, que é muito mais forte (e, portanto, mais tóxica também).
Árvore de belas flores, originária da China, país que a produz em maior quantidade, não é cultivada comercialmente no Brasil, mas seu uso é muito comum por aqui. A árvore de grande porte produz frutos em formato de estrela, daí o nome, e estas são as partes da planta utilizadas. Na China é utilizada na culinária, para temperar frutos do mar e carnes, devido a seu aroma peculiar. Por aqui, usada medicinalmente, é mais comum em infusões, fervendo-se água e acrescentando as “estrelas”, deixando em descanso por alguns minutos antes de beber.
Possui propriedades semelhantes à erva doce e ao anis (pimpinella anisum L), não devendo ser confundido com este, apesar de também conter o anetol como princípio ativo. Ele tem efeito digestivo como os outros, mas muito mais concentrado. Indicado para tratar espasmos do estômago, intestino, útero e vesícula, também acaba com gases e cólicas, auxiliando em qualquer problema relacionado com a digestão. O anis pode ser chupado para combater mau hálito, fazendo isso após as refeições, dois problemas serão resolvidos, já que a digestão também pode ser beneficiada assim.
Gastronomia
Aqui em nosso país, apesar de as aplicações deste fruto se limitarem em maior parte às receitas medicinais caseiras, também vem sendo experimentadas receitas na culinária, como o uso em biscoitos ou massas de bolos, fervendo-se leite com o anis-estrelado e usando esse leite como aromatizante emoliente nessas receitas e, a exemplo da culinária chinesa, também tem sido testado em temperos de carnes. Claro que ainda não se tornou um costume, mas, os que apreciam a gastronomia, já perceberam que este também pode ser um tempero sofisticado e aromático.
A planta ainda possui uma substância poderosa chamada shikimico, que é a base da produção do oseltamivir, o medicamento Tamiflu, usado em casos de gripe aviária.
Apesar de suas indicações, é necessário certo cuidado, pois, se consumido em excesso, o anetol da composição pode até causar delírios e convulsões, já que tem efeitos tóxicos sobre o sistema nervoso.
Conheça outros nomes do anis-estrelado
anis-da-China;
anis-do-Japão;
anis-da-Sibéria;
funcho-da-China; (na Espanha):
anis estreliado; anis de estrella;
(em Portugal): badiana e anis-estrelado;
(na França): anis de la Chine; Badiane;
(Inglaterra): star anise; chinese anis.


Uso magico:
Nome Científico: Illicium verum.
Nomes usados: Anis-estrelado, anis-da-sibéria, badiana, funcho-da-china, anis-doce, erva-doce-chinesa, anis-verdadeiro, anis-da-sibéria, anis-siberiano...
Família: Magnoliceae.
Origem: Sua origem é tida como chinesa.
Parte utilizada: sementes, frutos.
Descrição: O anis-estrelado é uma árvore que pode chegar até 10 metros de altura produzindo pequenas flores amarelas; suas folhas são largas e de verde muito intenso, e o que mais caracteriza esta planta são seus frutos na forma de estrela, sendo que no interior de cada “ponta” existe uma semente. Esta árvore parece com o pé de eucalipto, e pode produzir até 4.000 frutos por colheita. Possui coloração marrom e forte aroma característico, sendo muito mais forte que a erva-doce ou o funcho. A árvore do anis-estrelado faz lembrar o loureiro pelo seu belo porte e a magnólia por suas flores decorativas. Toda a planta exala um agradável aroma semelhante ao anis, ainda que mais intenso. 
Planeta: Lua, Vênus.
Elemento: Ar, Terra.
Propriedades mágicas: atrai sorte. Bom para abundância, vitalidade, proteção, purificação e limpeza. Erva usada em porções, óleos e pós para atrair o Povo das Fadas. Planta de influência venusiana seu banho serve nos casos amorosos, e como defumação aliada a outros componentes para abrir os caminhos amorosos e propiciar boas amizades, bons caminhos, paz e triunfo.
Rituais e festivais: Sabbat de Beltane, Litha, Imbolc.
Propriedade Terapêutica: emprega-se para a tosse, catarro bronquial, asma, inapetência, catarro gastrintestinal, espasmos de órgãos respiratórios e digestivos (cólicas). Anis em pó misturado com cenouras é muito conveniente para o tratamento de lombrigas nas crianças. Para a cura de enxaquecas de origem digestiva, cólicas menstruais e infantis, problemas cardiovasculares, asma, para combater náuseas e vômitos durante a gravidez e para aumentar a produção de leite materno. Ação carminativa, diurética, estimulante geral, estimulante da produção de leite materno, contra cólicas e espasmos e para disfunções do estômago. É a partir desta planta que se produz o principal fármaco para tratamento da Gripe A o Oseltamivir (nome comercial: Tamiflu).
Modo de usar:
-O chá das sementes serve para acabar com dor de barriga, gases e azia; aumenta o leite da mãe e provoca o sono.
-O azeite das sementes friccionado na cabeça mata piolhos e no ventre acalma as cólicas.
-O óleo tem perfume doce e suave e é utilizado como expectorante, uma vez que ativa a produção das secreções pulmonares.
-Empregado como auxiliar na cura de tosse, catarro e asma e a infusão serve para atenuar as cólicas estomacais.
-Recomendada para mulheres grávidas e gestantes, promovendo alívio na sensação de enjoo e nos vômitos, além de aumentar a produção de leite materno.
CONTRA-INDICAÇÃO: se empregadas doses indicadas pelo especialista não há contraindicações. Em excesso provoca embriaguez, confusão mental e tremores - efeitos tóxicos. Pessoas com pressão baixa não devem utilizar-se desta erva.
Uso: Utilizado em bebidas, alimentos e para produzir remédios. Não temos muitas aplicações do anis estrelado em nossa cultura, mas pode-se preparar um delicioso chá que pode ser tomado tanto quente quanto gelado. Pode-se ferver leite com alguns frutos do anis e empregar este leite na produção de bolachas, pães ou outros produtos. Usa-se também para a produção de licores ou outras bebidas alcóolicas. Os chineses utilizam apenas um fruto para temperar grandes pedaços de carne, e acreditam que se cozidos juntamente com os frutos do mar evitariam possíveis envenenamentos. Na culinária, a estrela-de-anis é utilizada para produzir óleos essenciais e aromatizar bebidas alcoólicas, como a sambuca.
Anis Estrelado – Propriedades, uso e cultivo
18/01/2017
Filipa Urbano Chaveiro - Equipa WitchClick
O Anis Estrelado, ou Llicium verum (que é o seu nome botânico), é uma erva de origem chinesa e vietnamita; que se destaca entre as especiarias. É ainda uma erva com diversas propriedades, sendo utilizada para fins medicinais, em alimentos e ainda na magia/bruxaria.
Atenção: não confunda o Anis Estrelado (Llicium Verum) com a Badiana do Japão (Illicium Religiosum), pois a segunda é venenosa.
Vejamos então as propriedades medicinais do Anis Estrelado:
  - Antiespasmódico;
  - Antibacteriano e Antifúngico;
  - Rico em fitoquímicos;
  - Antisséptico;
  - Rico em vitaminas dos complexos B, como: niacina, riboflavina, tiamina e piridoxina;
  - Rico em ferro, magnésio, cobre e cálcio;
  - Tem antioxidantes na sua composição, tais como: linalol e vitamina C.
Veja os benefícios desta especiaria:
  - Melhora a digestão;
  - Combate problemas respiratórios, tais como remoção de congestionamento e limpeza das vias respiratórias, sendo recomendada a sua utilização em caso de gripe e/ou constipação, tosse, asma e bronquite;
  - Melhoram a produção de leite em mulheres que estão a amamentar;
  - Combate problemas menstruais;
  - É ótimo para a pele e pode ser aplicado em cortes e contusões;
  - É um bom estimulante cerebral;
  - Mastigada ajuda na eliminação de germes e combate o mau hálito (é por isso utilizado em pasta de dentes);
   - Combate o reumatismo e dores nas costas (utilizando o óleo de anis);
   - Melhora a imunidade geral do organismo;
   - Combate cólicas intestinais pois elimina os gases estomacais e intestinais (utilizando chá da especiaria).
NOTA:É importante que a especiaria seja utilizada com conhecimento mínimo, tanto no modo de utilização, dosagem, e essencialmente em que circunstâncias.
A Magia do Anis Estrelado
O Anis Estrelado para além das suas propriedades medicinais (referidas acima) e culinárias, tem ainda propriedades mágicas, sendo uma especiaria de utilização comum na bruxaria. O Anis Estrelado representa a sorte.
Regente: Vénus
Elementos: Ar e Terra
Vejamos então os benefícios mágicos do Anis Estrelado:
  - Utilizado em magias para estimular a clarividência e poder mental;
  - Atrai boa sorte (pode ser utilizado em feitiços para ter sorte na procura de emprego, numa entrevista, num casting, etc.);
  - Atrai vitalidade;
  - Ajuda em questões emocionais, ligado ao desbloqueio de sentimentos e demonstrações de afeto;
  - Promove a união entre duas pessoas (pode ser utilizado em feitiços que visam o entendimento de duas pessoas);
  - Promove os bons relacionamentos interpessoais (pode ser utilizado em feitiços para atrair boas companhias e/ou amizades verdadeiras, ou em saquinhos mágicos com o mesmo fim);
  - Tem efeito relaxante (utilizado em banhos mágicos);
  - Desbloqueia a energia sexual (utilizado em banhos mágicos);
  - Uso indicado para quem trabalha com energia feérica (ligada à Magia Feérica ou Faerie Magick – Magia das Fadas).
Cultivo do Anis Estrelado
 O Anis Estrelado é fácil de cultivar, desde que tenha em atenção alguns cuidados. É uma planta que adora Sol, sendo recomendado o cultivo em climas mais quentes e ensolarados.
 O Anis Estrelado gosta de solos um pouco arenosos e com boa drenagem, e é aqui que devemos ter especial atenção. Normalmente utiliza-se areia de rio misturada com terra de jardim ou então utiliza-se húmus na terra. Mistura-se a terra com a areia ou com os húmus, utilizando uma pá de bico, para que seja mais fácil revolver a terra.
 Basta que coloque três sementes num buraco com cerca de 3 cm de profundidade (não mais que isso), e reservar uma distância de 2 metros entre cada buraquinho com sementes, caso queira mais que uma árvore, pois as raízes tendem a cruzar-se.

 Esta planta pode ser plantada em jardim ou quintal se desejar ter árvores de Anis Estrelado até 18m de comprimento (embora consiga manter o comprimento entre 3 e 4 metros caso a poda da mesma seja regular). Caso queira ter pequenas mudas de Anis Estrelado em casa, as regras são basicamente as mesmas, sendo que a distância entre plantas deve ser de 20 cm (no caso de plantar mais que uma). Neste caso é recomendado que deixe a planta perto de uma janela para que possa estar exposta ao Sol.
 No verão é ideal que a planta seja regada diariamente, mas não de forma excessiva para que o solo não fique ensopado de água. Durante o Inverno as regas devem ser feitas a cada 3 ou 4 semanas.
 Após a floração da planta, nascem os frutos em forma de estrela, que dão o nome à espécie. Quando estes estiverem maduros, colha-os e coloque-os num papel absorvente num lugar seco e escuro, que não deverá ter temperaturas muito altas.
 Quando o Anis Estrelado estiver seco, pode utilizá-lo da forma que desejar, desde que seja utilizado com consciência.

USO RITUALÍSTICO

Planta de Oxalá. Não há restrição no uso desta planta odorizante.
Poucas vezes presenciei sua aplicação, em folhas, nas obrigações de cabeça referentes a Oxalá ou Lemba Di Lê (Angola). Talvez se deve isso à dificuldade de encontrar a planta, que é pouco cultivada em alguns Estados. Todavia, é fora de dúvida sua aplicação em todas as obrigações principais. Seu banho serve nos casos amorosos, e como defumação aliada a outros componentes para abrir os caminhos amorosos e propiciar boas amizades, bons caminhos, paz e triunfo.
Em alguns Asés utilizadas também para Ode, Ossosi, Orisa Oko

É utilizado contra a má digestão e no preparo de carnes a serem servidas á Ode e orisa Oko, sabedores do poder aromáticos utilizam somente um grão para o tempero de peças de grandes carnes, é utilizada de grande quantidade para fazer as pembas de Osala.

fonte: internet

09 novembro 2017

A deusa de todas coisas: Freya!

A deusa de todas as coisas: Freya ||


Freya é a Deusa Mãe da dinastia de Vanir na mitologia nórdica. Filha de Njord e Skade (Skadi), o deus do mar, e irmã de Frey, ela é a deusa do sexo e da sensualidade, fertilidade, do amor da beleza e da atração, da luxúria, da música e das flores.
É também a deusa da magia e da adivinhação, da riqueza (as suas lágrimas transformavam-se em ouro) e líder das Valquírias (condutoras das almas dos mortos em combate).
De carácter arrebatador, teve vários deuses como amantes e é representada como uma mulher atraente e voluptuosa, de olhos claros, baixa estatura, sardas, trazendo consigo um colar mágico, emblema da deusa da terra.
Diz a lenda que ela estava sempre procurando, no céu e na terra, por Odur, seu marido perdido, enquanto derramava lágrimas que se transformavam em ouro na terra e âmbar no mar.
Na tradição germânica, Freya e dois outros vanirs (deuses de fertilidade) se mudaram para Asgard para viver com os aesirs (deuses de guerra) como símbolo da amizade criada depois de uma guerra. Ela usava o colar de Brisingamen, um tesouro de grande valor e beleza que obteve dormindo com os quatro anões que o fizeram.
Ela compartilhava os mortos de guerra com Odin. Metade dos homens e todas as mulheres mortos em batalha iriam para seu salão Sessrumnir.
O seu nome tem várias representações (Freia, Freja, Froya, etc.) sendo também, por vezes, relacionada ou confundida com a deusa Frigga, mas ela também foi uma grande fiandeira na antiguidade.
Freya também tinha uma suposta paixão pelo deus Loki, o deus do fogo.
Deusa Mãe da dinastia dos Vanir na Mitologia Nórdica, Freya (também conhecida como Freyja, Freja, Freia, Freyia, e Frøya) é uma Deusa que abrange vários aspectos. Ela é uma Deusa Tríplice, uma Deusa de grande beleza, força e poder. A sexualidade, o amor e todos os temas que os envolvem (tais como a fertilidade, sensualidade, beleza, atração, etc.) são fortemente regidos por ela, além de ser protetora do matrimônio e dos recém-nascidos. Também é considerada uma Deusa da luxúria, da riqueza, da música e das flores e regente da magia e da adivinhação, pois foi ela quem ensinou os segredos das runas a Odin e também iniciou os Deuses nas Artes Mágicas.
De carácter arrebatador e considerada a mais bela das Deusas nórdicas, Freya é representada como uma mulher atraente e voluptuosa (algumas vezes com os seios à mostra), de olhos claros, baixa estatura, sardas, portando um colar mágico, o Brisingamen, um tesouro de grande valor e beleza, e um manto penas que a possibilita se transformar em um Falcão. Outras vezes ela aparece usando armas de guerra pois um aspecto seu presidia as batalhas. Ela lida com o amor e a guerra, dois temas intimamente ligados, já que o poder da Terra, sua fertilidade, a energia feminina, da Deusa, era concedida ao Rei vencedor das batalhas.
Na tradição germânica, Freya e dois outros Vanirs (Deuses de fertilidade) se mudaram para Asgard para viver com os Aesirs (Deuses de guerra) como símbolo da amizade criada depois de uma guerra.
As mulheres estéreis invocavam sua benção e ela também é a Deusa da morte, não somente de todas as mulheres, mais da metade dos guerreiros mortos em batalha, que recolhe para o seu palácio, Fólkvangr, em Asgard. Freya compartilhou com Odin a morte em batalha, recebendo o primeiro golpe. Eles dividiam entre si os mortos de guerra. Metade dos homens e todas as mulheres mortos em batalha iriam para Sessrumnir, o salão de Freya.
Muitas vezes representada em uma carruagem puxada por gatos selvagens, também há imagens da Deusa montada num Javali, se dirigindo para batalhas. Ela também era conhecida por voar à noite, em campos sob a forma de uma cabra branca.
Freya era a deusa nórdica mais cultuada e conhecida; seu nome deu origem à palavra Fru (que significa “mulher que tem o domínio sobre seus bens”), que acabou por se tornar, com o passar do tempo, o equivalente a “mulher” em Islandês, assim como deu origem também às palavras Frau, que também significa senhora em Alemão e Frowe, com o mesmo significado em Alemão Antigo.
Filha de Njörd, o Deus do Mar, com sua irmã a deusa Nerthus (há mitos em que ela é filha da giganta Skade ou Skadi, Senhora dos Invernos e Caçadora das Montanhas), a irmã de gêmea de Freyr, que comanda o tempo e a prosperidade, a fertilidade, a alegria e a paz e é o Deus chefe da agricultura. Freya é o complemento feminino de Freyr até mesmo em seus nomes pois o dele significa “Senhor” e o dela “Senhora”. Em vários aspectos, ela e seu irmão foram como as divindades gregas Ártemis e Apolo, divindades gêmeas, seu irmão era um Deus de luz, como o Apolo. Uma vez que ela era uma Deusa dos Vanir, Freya, como Artemis representa a fertilidade dos animais selvagens, mas ao contrário da mesma, enquanto Ártemis é uma Deusa virgem, Freya é ligada ao amor e sexo.
Ela nasceu em Vaneheim, também era conhecida como Vana, Vanebride, Vanadis (que significa “Dís dos Vanir”, sendo “Dís” uma palavra nórdica para “Deusa”), Deusa dos Vane. Como seu irmão e pai, ela foi originalmente uma Deusa dos Vanir, sendo que mais tarde se tornaria uma importante Deusa dos Aesir.
Ela foi por vezes confundida com Frigga, esposa de Odin, uma vez que ambos os nomes significam “Senhora” e ambas tiveram atributos semelhantes, porém enquanto Frigga é a padroeira da paz, da vida doméstica e protetora da família, Freya é a regente do amor e da guerra, da fertilidade, da magia e da morte. Outra Deusa com quem ela já foi confundida foi Iduna, a guardiã das maçãs douradas da juventude e imortalidade.
As uniões de Freya
Ela teve diversos amantes entre deuses, humanos, elfos e mesmo anões, mas o principal deles foi o Deus Od (também identificado como Odr ou Odur), que representa a luz do Sol. Sendo Freya a Terra, ela já foi considerada amante de Odin (o Céu). Freya também tinha uma suposta paixão por Loki, o Deus do Fogo, mesmo este a acusando de dormir com todos os Deuses e todos os elfos em Alfheim (Lokasenna da Eddas poético) além de dormir com seu irmão Freyr, os dois foram marido e mulher quando viviam em Vanaheim (terra dos Vanir), tal como seu pai com sua irmã Nerthus. O incesto era prática normal entre as divindades Vanir.
Freya foi muito procurada por sua beleza sem igual. Os gigantes, Hrimthurs e Thrym desejavam casar-se com a Deusa, mesmo com Loki e Thor obrigando-a a aceitar Thrym como seu marido, ela o desdenhou e fazendo com que Thor matasse os dois gigantes.

Quando Freya chegou a Asgard, os Deuses caíram apaixonados por sua beleza e elegância que lhe concederam o reino de Folkvang e o Grande Palácio de Sessrymnir, onde a Deusa podia acomodar todos os seus admiradores e os espíritos dos guerreiros mortos nas batalhas.
Ao contrário de Afrodite, mas ainda como as Deusas gregas, Athena e Perséfone, ela era a Deusa da guerra e morte e admirava combates e de lutas, sendo ela a Senhora que mandava as Valquírias aos campos de batalha, onde elas recolhiam metade dos heróis mortos em combate (e todas as mulheres) para sua posse e a outra metade para Odin em Valhala. Estes guerreiros permaneciam em sua grande sala, Fólkvangar (“batalha”), no seu palácio de Folkvang (“campo de folk”). Sua outra sala foi o Sessrumnir.
Freya e Od
Freya, como personificação da Terra, casou-se com Od, considerado a personificação do Sol e também um símbolo da paixão e dos embriagantes prazeres do amor, por isso, esse povo antigo, declarava que não era de estranhar que sua esposa não conseguira ser feliz sem ele, a quem ela amava muito e com o qual teve duas filhas: Hnoss e Gersimi (nomes das duas filhas significam “Jewel” ou “Jóia”). Essas donzelas eram tão formosas que todas as coisas belas eram batizadas com seus nomes.
Enquanto Od permaneceu ao seu lado, Freya sempre estava sorridente e era completamente feliz. Porém, cansado da vida sedentária, Od abandonou seu lar subitamente e se dedicou a vagar pelo mundo. Freya, triste e abandonada sente-se profundamente triste, chorou copiosamente e suas lágrimas caiam sobre as pedras abrandando-as. Se dizia inclusive, que chegaram a introduzir-se no centro das pedras, onde se transformavam em ouro. Outras lágrimas caíram no mar e foram transformadas em âmbar.
Cansada da sua condição de viúva de marido vivo e desejosa de ter Od novamente em seus braços, Freya resolveu empreender finalmente sua busca, atravessando terras, ficou conhecida por diferentes nome como Mardel (“Luz sobre o Mar”), Horn (“Mulher linho”), Gefn (“A Generosa”), Syr (“A Porca”), Skialf e Thrung, interrogando a todos que se encontravam a um passo, sobre o paradeiro de seu marido e derramando tantas lágrimas que em toda a parte o ouro era visto sobre a Terra.
Muito longe, ao sul, Freya encontrou finalmente Od, debaixo de uma florescente laranjeira, árvore prometida aos apaixonados.
De mãos dadas, o casal empreende o caminho de volta para a Casa dos Deuses, Asgard, e à luz de tanta felicidade, as ervas cresceram verdes, as flores brotaram, os pássaros cantaram, pois, toda a natureza era simpatizante com a alegria de Freya como se afligia quando se encontrava triste.
As mais belas plantas e flores do Norte eram chamadas de cabelos de Freya, as gotas de orvalho de olho de Freya. Também se dizia que a Deusa tinha um afeto especial pelas fadas, gostava de observá-las quando dançavam à luz da Lua e para elas reservava as mais delicadas flores e o mais doce dos méis.
Que sejam prósperos.

Raffi Souza.

01 novembro 2017

Youkais!

Youkais!


Youkai (demônio, espírito ou monstro) também escrito como yokai, é uma classe de criaturas sobrenaturais, existindo uma grande variedade no folclore japonês. O termo é ambíguo, pode ser traduzido como sedutor, encantador ou, até mesmo, calamidade. Comumente, o termo é interpretado como “encantamento”, o que traz a conotação de algo sobre-humano e misterioso. Eles também podem ser chamados de “ayakashi”, “mononoke” ou “mamono”. São criaturas mágicas que incluem entre tantos gêneros: a kitsune (raposa), Kodamas (espíritos da floresta), Yuki-onna (mulher da neve) Tsukumogamis (artefatos encantados) e os Onis (ogros/demônios).
Youkai: Mitologia
Tsukumogamis
O termo japonês “youkai” pode ser usado para designar todo tipo de monstro e criatura sobrenatural. Alguns são humanos com características de animais, como o Kappa (criança do rio), semelhante a uma tartaruga e o Tengu (cães do paraíso) que possuem asas. Os considerados “maus”, são chamados genericamente de “Youma”, Yurei (almas penadas), há também os relacionados à natureza, geralmente na forma de mulheres, os “Youseis”. Um yōukai que tem a habilidade de se transformar é chamado de obake ou bakemono.
Um youkai geralmente tem algum tipo de poder sobrenatural ou espiritual, e assim encontros com humanos tendem a ser perigosos. Por serem mais poderosos que os homens, também têm valores diferentes, por isso, muitos agem com arrogância em relação aos mortais. Eles geralmente são invulneráveis a ataques humanos, mas podem ser derrotados por exterminadores qualificados, como os “Youkai taijiya” (caçadores de youkais) e monges budistas com poderes espirituais (bênçãos de Buda).
Nura Rikuo
Alguns youkais simplesmente evitam os seres mortais e, portanto, o problema, pois eles geralmente habitam áreas isoladas longe dos homens. Outros, no entanto, optam por viver perto de assentamentos humanos e desenvolvem um verdadeiro apreço pela raça. Algumas histórias até mesmo contam sobre cruzamentos de youkais com seres humanos para produzir “han’yos”, ou “meio-demônios”.
Han’you ou Hanyou são considerados seres sobrenaturais frutos da união de um ser humano com um yōukai, muito presentes na moderna cultura japonesa. O mais comum é o filho de um youkai com um humano, mas outros tipos também são encontrados:
•Hanma: filho de um demônio e um ser humano;
• Hanki: filho de um oni (ogro) e um ser humano.
A aparência física de um meio-youkai normalmente é uma mistura de seus progenitores. Logo, eles possuem traços humanos e do youkai do qual é filho. Também herdam a força sobrenatural de seu parentesco youkai.
O termo é incomum na cultura japonesa antiga, já que se acreditava que humanos e youkais eram tão diferentes que seria impossível gerarem um filho juntos, com exceção dos que conseguiam se disfarçar na forma humana.
Traduzido em português como “meio-youkai”, o termo foi popularizado nos últimos tempos pelo seu uso em vários mangás e animes japoneses.
Exemplos de meio-youkais nos animes e mangás:
A maioria destes contos começa como belas histórias de amor, mas que muitas vezes acabam em desolação, resultante dos muitos obstáculos enfrentados por youkais e mortais em tais relações.
• InuYasha, Jinenji e Shiori do anime “InuYasha”.
• Yusuke Urameshi, de “Yu Yu Hakusho”.
• Sha Gojyo, de “Saiyuki”.
• Setsuna Sakurazaki, Kotaro Inugami, de “Negima”.
• Rihan Nura de “Nurarihyon no Mago”.
Hakuouki Shinsengumi Kitan
Yokais: Gêneros
Há uma grande variedade de youkais na mitologia japonesa. Alguns dos youkais mais conhecidos incluem os seguintes:
• Oni (demônios e ogros)
• Kappa (tartarugas)
• Yadoukai – Kohya Hijiri (monges andarilhos)
• Tanuki (cão-guaxinim)
• Tsukumogami (espíritos encantados de artefatos)
• Kitsune (raposas)
• Hebi (cobras)
• Mujina (texugos)
• Bakeneko (gatos)
• Tsuchigumo e jorōgumo (aranhas)
• Inugami (“deus cão”)
• Tengu (alados)
Tengu – Hiiro no Kakera
Youkais: Categorias
Em geral, eles podem ser divididos em quatro categorias com base na sua natureza;
Youkai ou Yokai
Em geral, youkai é um termo amplo, e pode ser usado para abranger praticamente todos os monstros e seres sobrenaturais, incluindo até mesmo as criaturas da mitologia ocidental. Este grupo é também referido como “mononoke”. Por outro lado, ele também é usado em um sentido mais estrito para se referir aos naturais, os seres terrestres do folclore japonês tradicional.
Neste sentido, compreendem os seres naturais, bem como os animais. Na verdade, as raposas foram historicamente consideradas como “youkais”, e muitas vezes são apresentados como tal na ficção moderna. Ao contrário dos animais normais, no entanto, eles têm poderes estranhos ou atributos bizarros, e tendem a ser mais inteligentes, muitos deles sendo conhecidos como trapaceiros.
Oni
Um dos aspectos mais conhecidos do folclore japonês é o “Oni” (demônio). Além do “Oni da montanha” (ogro), uma espécie de montanha-moradia de ogro, há o “Oni demoníaco”, geralmente representado com a pele vermelha, azul, marrom ou preta, dois chifres em sua cabeça, a boca bem cheia de presas, e vestindo apenas uma tanga de tigre. Muitas vezes carrega uma “kanabo” de ferro (cassetete pontiagudo) ou uma espada gigante. Onis são principalmente descritos como maus, mas ocasionalmente pode ser a encarnação de uma força natural ambivalente. Eles, assim como muitos obakes, existem em uma grande variedade de criaturas que habitam o Jigoku, “o inferno budista”.
Obake
Obake (também chamado bakemono ou simplesmente “bake”) são criaturas que mudaram de uma forma para outra, geralmente tornando-se mais poderoso no processo. Normalmente, esta mudança é devida à presença de sentimentos negativos e, como tal, tendem a ser um obake malicioso, ou mesmo violento.
Yurei
Yurei são fantasmas ou espíritos, e tendem a ser semelhantes aos seus homólogos ocidentais (almas penadas) que vagam em busca de remissão. Originalmente um yurei é um “reikon” (alma). Segundo a crença japonesa, após a morte, o reikon deixa o corpo e habita um mundo de passagem até que um enterro e cerimônia fúnebre adequada possa ser realizada para que se junte a seus antepassados. O reikon então se torna o espírito protetor das futuras gerações da família, celebrado durante o festival de Obon em agosto. Porém, se a pessoa morrer de forma súbita ou violenta, como um assassinato ou suicídio, os ritos apropriados não forem executados, ou ainda, influenciados por emoções poderosas, como ciúme, ódio ou vingança, o reikon poderá se transformar em um yurei e voltar do mundo dos mortos. Yureis são tão abundantes na cultura japonesa que ganharam até um dia especial, o Yurei no hi, comemorado no dia 26 de julho de cada ano.
Os Youkais, por abranger praticamente todos os monstros e seres sobrenaturais, estão presentes na grande maioria dos contos da vasta e rica mitologia japonesa.
Por Isa
Yokai – As Misteriosas Criaturas do Folclore Japonês
Yokai ou literalmente “aparição misteriosa” é o nome dado a qualquer tipo de criatura do folclore japonês: demônios, monstros, espíritos, animais com poderes sobrenaturais, objetos com vida, etc. Há tantas lendas sobre Youkai no Japão que é quase impossível dizer com precisão quantos deles existem no total.

Boa parte desses Youkai, permanecem desconhecidos, até mesmo para os japoneses e, por este motivo essas criaturas estão sendo esquecidas pouco a pouco. Como forma de manter vivo esse importante elemento da cultura japonesa, o ilustrador brasileiro Heitor Seió Kimura criou um projeto com algumas ilustrações:
YATAGARASU
Na mitologia japonesa, está criatura voadora de três pernas trata-se de um corvo selvagem chamado Yatagarasu (八咫). O aparecimento deste grande pássaro é interpretado como prova da vontade do Céu ou intervenção divina nos assuntos humanos. Dizem que ele guiou o caminho para o imperador Jimmu.
AO BOUZU
Aobozou (青坊主) é também conhecido como Me-hitotsu-bo, é um monge verde que dizem pegar crianças que passam próximos aos campos verdejantes de arroz.
O fato de ter essa aparência monstruosa e um olho só é a punição por ter cometido muitas atrocidades mesmo sendo um monge.
O kanji de AO, significa azul, mas também pode significar imaturo, tendo relação ao fato deste monge ter se “desviado” do seu caminho sagrado.
KARAKASA
Karakasa-obake (唐傘) pode ser traduzido como “guarda-chuva chinês”. Também é chamado de Kasa-obake e faz parte da categoria “tsukumogami”, ou seja, espíritos malignos ou travessos que dão vida à objetos quando estes completam 100 anos.
HEIKEGANI
Heikeopsis japonica (平家蟹) é uma espécie de caranguejo japonês, cujo corpo se assemelha a um rosto humano com raiva, onde antigamente se acreditava ser espíritos de samurais Heike mortos em batalhas reencarnados no caranguejo.
BAKU

Trata-se de youkai que tem a forma de uma anta com uma tromba que tem o poder de sugar os pesadelos e a má sorte das pessoas. É considerada uma criatura do bem, que repele o mal, as energias negativas e devora os espíritos malignos.
ICHIMOKUREN
Ichimokuren é uma espécie de divindade do vento na forma de um dragão de apenas um olho. Segundo a lenda, este youkai reside o Monte Tado, localizado no sul do Japão. Apesar da sua função protetora, o Ichimokuren possui uma personalidade violenta e furiosa, criando ventanias fortes capazes de virar barcos e destruir casas.
ONAMAZU
Onamazu, o peixe gato gigante é um bagre lendário que dizem ser guardado pelo deus Kashima, que coloca uma pedra mágica gigante em sua cabeça para mantê-lo sob controle. Quando deus kashima se distrai de sua vigília ou cai no sono, onamazu se debate, causando terremotos terríveis com a sua cauda.
ROKUROKUBI
Rokurokubi (ろくろ首) é um youkai que durante o dia tem aparência humana, mas durante a noite, ganha a habilidade de esticar o pescoço, alcançando uma grande altura. São capazes de sugar a energia das pessoas enquanto dormem e de mudar a face para uma face de oni para espantar os mortais mais facilmente.
WANYUDOU
Segundo a lenda, Wanyūdō (轮入道) era um senhor feudal tirano que arrastava suas vítimas até a morte amarradas em uma carruagem ou carro de boi. Como punição, ele adquiriu a forma de uma roda em chamas com seu rosto preso no meio.
KATAKIRIUWA
Katakiriuwa tem a forma de um leitão de apenas um olho, um ouvido e três pernas, além do seu corpo estar constantemente envolto em chamas. Além disso, esse ser sobrenatural parece não ter sombra e dizem que ele corre por entre as pernas de uma pessoa para roubar a sua alma e deixando-a sexualmente impotente. Para evitar que isso aconteça, basta que o veja antes de correr ou então cruzar as pernas.
O Japão é um país conhecido por suas superstições, cultura, e crenças diferentes, resultando em inúmeras lendas e criaturas bizarras.  Há centenas deles, alguns inofensivos, outros aterrorizantes. Neste artigo vamos conhecer algumas das criaturas e lendas mais bizarras do Japão.
Kamaitachi
Kamaitachi( 窮奇) é um monstro do folclore japonês que significa foice(kama) e doninha(itachi). O monstro possuiria a forma de uma doninha com dentes afiados como foices que cortariam suas vítimas com extrema rapidez.
Os antigos japoneses dizem que o Kamaitachi é o responsável pelos cortes que as pessoas sofrem quando são atingidas por fortes rajadas de vento frio! Então, o golpe do Kamaitachi faz um pequeno corte na pessoa, que, inicialmente, não sofre muito, pelo corte ser pequeno, mas provavelmente o corte ficará infeccionado!
Okiku, A Boneca Viva
Okiku é uma pequena boneca trajando um kimono. Ela pertencia a uma garotinha, chamada Okiku, que morrera de frio. Seu espírito possuiu a boneca, e agora, seu cabelo cresce misteriosamente. A boneca está, hoje, no templo Mannenji. Primeiro, seu cabelo era curto, mas com o passar do tempo, as madeixas da boneca foram crescendo, e hoje estão atingindo a cintura da boneca. Ninguém sabe como o cabelo da boneca continua a crescer, mas pesquisas científicas concluíram que aquele é o cabelo de uma criança jovem, talvez o de Okiku.
Umiboozu
Umiboozu (海坊主) é um terrível monstro marinho que normalmente aparece no litoral do Japão. Suas lendas são descritas no período Edo. A principal ação desse monstro é destruir. Ele sempre aparece para devastar embarcações, levando junto com elas, os seres humanos para as profundezas do mar. Também dizem que ele pode formar um redemoinho nos litorais em formato de uma panela, e nela puxar os seres humanos que estiverem à sua margem.
Há muitas descrições sobre a lenda do Umiboozu. Algumas pessoas dizem que ele pode assumir várias formas. Mas, a sua característica física original é de ser monstruoso, chegando a medir 30 metros para fora da água e por ter uma cabeça careca muito brilhante. Esta fez com que o Umibõzu ganhasse o apelido de “Monstro careca”.  Dizem que esse monstro não tem boca e nem olhos e sua cor é negra como a noite sem luar. No entanto, em algumas lendas relatam o Umibõzu com boca enorme e olhos reluzentes como fogo.
Isonade
Imagine um tubarão. Agora imagine um tubarão cuja as barbatanas são como um ralador de queijo, exceto que em vez de queijo ralado ele rala sua carne. Esse é o Isonade, que usa seus dentes e barbatanas para fazer filé de você, em seguida, arrastá-lo pra baixo no fundo do oceano
Kushisake Onna
Seu nome(口裂け女) significa “a mulher com a boca cortada”. Se você estiver andando na rua sozinho, tarde da noite, ela irá saltar de algum canto ou beco e parar na sua frente. Você não poderá fugir, pois ela irá se teletransporta e irá aparecer bem na sua frente. Ela usa uma máscara cirúrgica e um casaco surrado.
Kushisake irá perguntar-lhe: “Eu sou bonita?”. Se você disser que não, ela cortará sua cabeça com um grande par de tesouras. Se você responder que sim, ela irá retirar a máscara, revelando sua boca rasgada de orelha a orelha, e irá perguntar “Que tal agora?”. Se você responder que não, você será cortado ao meio, e se você disser que sim, sua boca será cortada como a dela.
Tomimo no Jigoku
O Inferno de Tomimo é um poema amaldiçoado, que diz matar aqueles que o lerem em voz alta. Se você tiver sorte não morrerá, mas merdas acontecem de qualquer jeito. Tomimo’s Hell foi escrito por Yomota Inuhiko, em seu livro chamado “The Heart is like a Rolling Stone”, e está incluído no Saizo Yaso’s 27th collection of poems de 1919. O poema conta a história de Tomimo, que morre e vai para o inferno.
Hitobashira
Hitobashira (人柱) significa “pilares humanos”. No Japão antigo, os japoneses acreditavam que selar pessoas vivas às construções, fariam-nas mais fortes e estáveis. Selar pessoas nos pilares e paredes eram sacrifícios comuns aos deuses, que contentes, abençoavam as construções para durarem por mais tempo. Diz-se que os pilares humanos são assombrados por aqueles que serviram como sacrifício.
Teke
Teke teke teke seria o som que a criatura faz quando anda (com o seu cotovelo). Ela era uma bela jovem que caiu (ou se jogou, existem várias versões) nos trilhos do metrô. Ela foi cortada ao meio por um trem, mas sua raiva e rancor foram tão intensos que seu torso continua a procurar vingança. Apesar da falta de suas pernas, ela pode se mover muito rápido, e se você tiver o azar de ser capturado por ela, Teke Teke o cortará ao meio, com uma foice que ela carrega.
Yuki-onna
Yuki-onna (雪女? mulher da neve) é um espírito ou youkai (espécie de demônio do folclore japonês) encontrado no folclore japonês. É uma figura muito comum na animação, mangá e literatura japonesas.
Segundo o folclore, as Yuki-Onna cantam para seduzir os homens, fazendo-os se perder nas nevascas e morrer congelados. Frequentemente elas aparecem na forma de mulheres belas e jovens, e em muitas lendas elas se apaixonam por homens e se aproximam deles, casando-se e constituindo família, tendo filhos, inclusive. Entretanto, a história de amor sempre finda com o desaparecimento dela num dia de maior bruma ou de tempestade, provavelmente quando o chamado de seu mundo se torna mais forte.
Aka Manto
Aka Manto significa Capa/Casaso Vermelha. Basicamente diz respeito a um espírito atormentado, que assombra banheiros. Ele irá aparecer quando você usar o banheiro que não tiver papel higiênico. Ele, então, irá te perguntar: “Você quer o papel vermelho ou o papel azul?”. Se você escolher o papel vermelho, você será cortado em pedaços. Se você optar pelo papel azul, você será estrangulado até a morte. De acordo com outras versões da história, ao escolher o papel vermelho, você será esfolado vivo, e se preferir o azul, seu sangue será drenado de seu corpo.
Gashadokuro
Gashadokuro(がしゃどくろ) é um youkai, uma criatura da mitologia japonesa, este espírito é bem simples – é um esqueleto gigante feito de ossos de pessoas que morreram de fome. Eles andam por aí, agarrá-lo e morder sua cabeça, beber o seu sangue, e adicionar o seu esqueleto
para a pilha.
Vilarejo Inunaki
Inunaki Village é um misterioso vilarejo completamente isolado de outras vilas, e até mesmo do país em si. Não se sabe ao certo se este vilarejo de fato existe, mas algumas pessoas dizem que sim. Na entrada da vila, existe uma placa que diz “As leis constituintes do Japão não se aplicam aqui”.
Os moradores desta vila vivem de maneira muito estranha: incesto, canibalismo e assassinato são comuns por lá. Por alguma razão, você não pode usar seu celular ou outro dispositivo eletrônico, enquanto estiver em Inunaki Village. Existem antigas lojas e alguns telefones públicos por lá, mas você não pode ligar para ninguém. Diz-se que quem entra em Inunaki Village não consegue sair.
Túnel Kyiotaki
Este túnel foi construído em 1927. Ele tem 444m de comprimento (4 é um número amaldiçoado no Japão, semelhante ao número 13 para a maioria das pessoas ocidentais). Kyiotaki é, de acordo com as lendas, amaldiçoado por todos os trabalhadores que morreram enquanto o construíam, devido as péssimas condições de trabalho da época, que os obrigavam a trabalhar feito escravos, e por todos aqueles que morreram no túnel, vítimas de acidentes causados pelos espíritos dos trabalhadores.
É dito que os fantasmas podem ser vistos no túnel durante a noite, e que podem até mesmo possuir seu carro, e causar um acidente. Dizem também que há um espelho neste túnel, e que se você olhar para ele e ver um fantasma, você terá uma morte horrível. O comprimento do túnel também pode variar, dependendo do tempo e do período em que você estiver medindo-o (noite ou dia).
Akaname
O Akaname pode ser traduzido como “lambedor de sujeira”. Akaname é um tipo horrível de bicho-papão do Japão que, literalmente, lambe os banheiros sujos, limpa tudo com a língua ajudado por sua saliva venenosa. Acredita-se que o monstro pode ter se originado como uma forma que os pais encontraram para motivar os seus filhos a manterem o banheiro sempre limpo.
Shirime
A descrição deste personagem é um pouco grosseira. Shirime foi o nome dado a uma aparição de um homem com um olho no lugar do seu ânus. Olho no cu, melhor dizendo.
Não existe quase nenhuma informação sobre suas aparições. Na verdade, só existe uma história registrada sobre o Shirime, mas, a ideia de este ser foi bastante assimilada pelo artista e poeta Yosa Buson que incluiu várias criaturas sobrenaturais nos quadros que pintou. A história do Shirime simplesmente afirma que um samurai solitário estava andando por uma estrada à noite, quando alguém o chamou. Ele se virou para ver um homem misterioso se despir e apontando para o seu traseiro. Do nada, um grande olho brilhante começou a se abrir a partir da área indicada. O samurai ficou tão horrorizado que ele saiu correndo gritando, e o Shirime nunca mais foi visto.

Fonte: https://skdesu.com/15-monstros-mitos-e-lendas-japonesas/
Que sejam prósperos.
Raffi Souza.