13 abril 2017

Erva sagrada: Boldo

Erva sagrada: Boldo
Hoje vamos falar sobre uma planta que muitos conhecem, vamos falar sobre o Boldo!

Plectranthus barbatus

Planta comum nas hortas e quintais, de sabor amargo, utilizada tradicionalmente em casos de má digestão.

Descrição: Planta da família das Lamiaceae, também conhecido como alumã, boldo chileno, boldo de jardim, boldo do brasil, boldo falso, boldo nacional, boldo silvestre, erva cidreira, falso boldo, malva amarga, malva santa, sete dores, sete sangrias, tapete de oxalá.

Arbusto perene que pode chegar até 2m de altura.

Caule amarelo acinzentado bastante rugoso, pouco ramificado, com ramos quadrangulares.

Folhas opostas, ovado oblongas, verde-claro na página superior e verde pardacento na inferior, com até 12cm de comprimento, margem serreada, pilosa em ambas as páginas; Inflorescência em espigas axiais, tipo rácimo, com flores hermafroditas, azuis a violáceas, pentâmeras.

Habitat: Planta brasileira presente em quase todas as regiões do país, em jardins, hortas, terrenos baldios e cultivados.

Parte utilizada: Folhas frescas, raízes.

Habitat: Planta brasileira presente em quase todas as regiões do país em jardins, hortas, terrenos baldios e cultivados.

História: Faz parte da medicina popular, com as mesmas utilizações do Boldo-do-chile.

Plantio:

Multiplicação: reproduz-se por estacas (mudas) e sementes; reprodução por ramos da planta-mãe ou divisão de raízes.

Muito rústica, sobrevive à seca, mas prefere solos úmidos, férteis e semi-sombreados.

Cultivo: Existem 4 espécies de boldos. O boldo comum, o boldo europeu e o boldo Vernônia, que se adaptam em solos secos e em qualquer clima, o boldo do Chile não.

É melhor cultivá-los, plantando-os em covas com bastante matéria orgânica.                       
O boldo comum necessita de 1 metro de espaçamento entre plantas, a Vernônia necessita de pelo menos 2 metros e o boldo europeu 0,5m. Respondem bem quando irrigados;

Colheita: Colhem-se as folhas o ano todo.

Princípios Ativos: Barbatusol, barbatol, barbatusina, cariocal, ciclobutatusina, colenol, coleol, coliona, óleo essencial (rico em guaieno e fenchona), ferruginol, forskolina.

As folhas frescas contêm 0,1% de óleo essencial e folhas secas ao ar 0,3%.

Propriedades medicinais: O boldo nacional pode ser usado contra azia, dispepsias, mal-estar gástrico, no controle da gastrite, na ressaca e como amargo estimulante da digestão e do apetite.

Tem efeito hipossecretor gástrico, ou seja, diminui o volume do suco gástrico e sua acidez.

Mas ainda não se sabe qual seria o componente químico responsável pelo sabor amargo tão característico das folhas, que surpreendentemente não está presente nos talos.

Indicações: diarreia (extrato cru das folhas é antiviral), fadiga do fígado, distúrbios intestinais, hepatite, cólica e congestão do fígado, obstipação, inapetência, cálculos biliares, debilidade orgânica, insônia, ressaca alcoólica.

Uso pediátrico: Não é aconselhado.

Uso na gestação e na amamentação: Não há estudos sobre sua farmacocinética nem teratogenicidade nestas condições.

Contraindicações: Portadores de úlceras e gastrites

Efeitos colaterais: Doses elevadas podem provocar irritação da mucosa do estômago.

Modo de usar:

Alcoolatura: 20 g da planta fresca em 100 ml de álcool. Tomar 20 a 40 gotas até 3 vezes ao dia.

Sumo: Amassar 2 folhas frescas em 1 copo e completar com água. Aguardar 5 horas e tomar (2 a 3 vezes ao dia).

Lava-pé: ferver algumas folhas. Esfriar e usar em banhos antes de dormir (insônia).

Afecções hepáticas (hepatite, cólicas, congestões, etc.), dispepsias, flatulência, obstipação, afecções gástricas, inapetência, cálculos biliares, debilidade orgânica

Infusão: o chá é feito por infusão de 1 a 3 folhas por xícara grande de água fervente. Tomar de 1 a 3 xícaras de chá ao dia. Insônia

Decocção: chá por decocção, sob a forma de banhos, age como tranquilizante e proporciona sono reparador.

Posologia: Adultos: 10 a 20ml de tintura divididos em até 3 doses diárias; 5g da planta fresca (2 e % colheres de sopa para cada xícara de água) em infuso 15 minutos antes das principais refeições, para uso interno em afecções hepáticas, para as quais a planta é específica.

Sua ação sobre os processos digestivos é consequência de sua ação sobre o fígado e vesícula biliar; O banho com 50g de folhas frescas em infuso em 11 de água, tem efeito tranquilizante, produzindo relaxamento e um sono reparador.                       
O boldo é uma planta muito usada em todo o mundo na medicina popular como remédio contra má digestão e doenças no fígado.

Apesar de ser uma planta mundialmente conhecida, é comum a confusão entre os vários seus tipos. Entenda melhor:

Várias pessoas acreditam que tem em seu quintal o boldo-do-chile (Peumus boldus), no entanto essa planta é raríssima no Brasil.

O que acontece é que em nosso país outras plantas também são chamadas de boldo, como exemplo Plectranthus barbatus (boldo-da-terra), e Plectranthus ornatus (boldo-miúdo), e o boldo-baiano (Vernonia condensata).                       

Boldo-do-chile ou boldo-verdadeiro (Peumus boldus). Planta originária do Chile é considerado uma árvore, pois quando adulta atinge de 12 a 15 metros de altura. Apresenta propriedades estomáquicas, diuréticas e hepáticas. Efeitos colaterais: pode ser abortivo e provocar hemorragias internas. Deve ser usado com cautela. No Brasil, é possível encontrar o boldo-do-chile normalmente importado e vendido em farmácias e casas de produtos naturais.

É também antibacteriano, antifúngico, anti-inflamatório, antisséptica, antiespasmódica, estimulante, tônica e vermífuga, antioxidante, depurativo (daí dizerem que a planta emagrece) e sedativo. Além de tudo isto, ajuda a clarear o cabelo.

Melhora a digestão, beneficia o coração, protege, desintoxica e estimula o fígado, ajuda reduzir gases intestinais, evita a azia, estimula e fortalece a vesícula biliar, reduz a inflamação, mata parasita, aumenta o fluxo de urina, alivia a dor, além de dissolver gorduras. O ascaridol, substância presente também ajuda a combater os vermes intestinais.                       

Boldo-da-terra, (Plectranthus barbatus) Arbusto originário da África, atinge de 1 a 2 metros de altura, apresenta folhas aveludadas e produz flores azuladas. Também conhecida como boldo-do-Brasil, boldo-de-jardim, boldo-silvestre, boldo-falso, tapete-de-oxalá.

Indicado como analgésico, estimulante da digestão e combate azias, o boldo brasileiro pode ser usado contra má digestão, dispepsias, mal-estar-gástrico, no controle da gastrite, na ressaca e como amargo estimulante da digestão e do apetite. A planta tem efeito hipossecretor gástrico, que diminui o volume do suco gástrico e sua acidez.

Também são indicados para diarreia, fadiga do fígado, distúrbios intestinais, hepatite, cólica e congestão do fígado, obstipação, inapetência, cálculos biliares, debilidade orgânica, insônia, ressaca alcoólica. Também se emprega a planta externamente no combate de piolhos.                       

Boldo Miúdo (Plectranthus ornatus) planta herbácea e vivaz, costuma medir de 30 a 40 cm de altura e é, em geral, muito resistente. Estimula o funcionamento do fígado e auxilia nos problemas digestivos. Também conhecida como boldo-rasteiro, boldo-chinês, boldinho.

É diurético e pode ser usado também para icterícia. Além disso, possui propriedades digestivas e é popularmente usado para tratamento de afecções do fígado.                       

Boldo-baiano (Vernonia condensata) Arbusto também originário da África chega a alcançar de 2 a 5 metros de altura e pode se quebrar facilmente com o vento. Conhecida como árvore-do-pinguço, fel-de-índio, assa-peixe ou alumã.

Apresenta efeito carminativa e alivia os sintomas de úlceras e gastrite.

Esta espécie apresenta benefícios no tratamento da azia, distúrbios gastrointestinais, controle da gastrite, dores de cabeça, diarreia e age como um antídoto para picadas de cobras, devido as suas propriedades medicinais.

É considerado um forte remédio para tratar a ressaca, além de estimular o apetite a auxiliar na digestão. Acredita-se que também ajuda no tratamento da anorexia, anemia, inflamações e problemas de bexiga.

As suas folhas são utilizadas pela medicina popular sob a forma de chás ou sucos, no tratamento da azia, da indisposição gástrica, no controle da gastrite, contra a ressaca e como um tônico amargo, estimulante da digestão e do apetite.

De nosso quintal

O que é encontrado na maioria dos nossos quintais é o Boldo-da-terra (Plectranthus barbatus) e o boldo chinês (Plectranthus ornatus). Você pode aprender a cultivar o boldo em seu quintal

Como utilizar

Ele pode ser utilizado em sucos ou sumo é muito eficaz no tratamento da gastrite, A cataplasma feita a partir de suas folhas é aplicada sobre furúnculos, entorses e inchaços dolorosos para alívio. Seu óleo essencial contém propriedades antialérgicas.  A decocção feita a partir de suas folhas secas alivia dores de garganta, febres e auxilia no tratamento de infecções da boca e da malária.

Frequentemente ouvimos alguém dizer que uma determinada planta pode ser usada como remédio e que, por ser um produto natural, não possui contraindicações. Entretanto, isso não é bem verdade. Sabemos que diversas plantas possuem sim substâncias que podem fazer bem à nossa saúde, porém o uso em excesso ou a falta de conhecimento a respeito das características da planta, podem levar a sérios riscos. Então fiquem atentas também as contraindicações.                       
Nome popular: Falso-boldo, Boldo, Boldo-brasileiro

Nome científico: Plectranthus barbatus Andrews

Família: Labiatae (Lamiaceae).

Origem: Índia.

Propriedades: Tônica (restaura energia), eupéptica (facilita digestão), hepática, colagoga (aumento da secreção da bílis), colerética (estimulador da bílis), calmante, carminativa (eliminador de gases intestinais), anti-reumática, estomáquica (favorece a digestão).

Características: Planta herbácea ou subarbustiva, perene, de até 1,5 metros de altura. Folhas suculentas e aromáticas, de sabor muito amargo. Não são conhecidas as substâncias que geram os efeitos benéficos da planta, nem as que causam o sabor amargo característico.

O verdadeiro boldo (Peumus boldus) é uma arvoreta do Chile cujas folhas secas e quebradiças com cheiro de mastruço são encontradas no comércio, mas não é cultivado no Brasil.

Parte usada: Folhas.

Usos: Informações etnofarmacológicas incluem o uso das folhas desta planta em todos os estados do Brasil como medicação afamada para tratamento dos males do fígado e de problemas da digestão.

Estudos farmacológicos feitos com seu extrato mostraram que possui ação hipossecretora gástrica, reduzindo não só o volume de suco gástrico, como a sua acidez. Pode ser usada, portanto, no tratamento para controle da gastrite, na dispepsia, azia, mal-estar gástrico (estômago embrulhado), ressaca, e como amargo estimulante da digestão e do apetite.

Forma de uso / dosagem indicada: Usa-se o chá ou extrato aquoso feitos de preferência com a folha fresca. O chá é do tipo abafado (infuso), feito com 3 a 4 folhas com água fervente, em quantidade bastante para uma xícara (de chá). Toma-se 1 a 3 xícaras do chá, adoçado ou não, opcionalmente.

Cultivo: É facilmente reproduzida por meio de estacas, feitas com os ramos ou folhas.

Referências bibliográficas:
Lorenzi, H. et al. 2002. Plantas Medicinais no Brasil.
Vieira, L. S. 1992. Fitoterapia da Amazônia.                       
Encontrei apenas o uso magico do boldo no candomblé\umbanda que usado para o seguinte proposito: Boldo (tapete de Oxalá). É erva destinada a banhos de defesa, purificação, energização e lustral. Usam-se praticamente em todos os amacis, banhos e limpeza de ambientes.
Espero que tenham gostado, e qualquer coisa é só comentar!

Raffi Souza.