18 janeiro 2018

A mãe de todos: Danu!

A mãe de todos na mitologia celta: Danu!


"A mãe celeste, que dança na espiral das serpentes das estrelas, é a fonte de onde nasceu aquele povo antigo, que trouxe o druidismo a terra da esmeralda, seu nome Dana, significa bailarina brilhante" Cathbad
O mistério fundamental da religião celta e das cerimônias rituais que materializaram sua essência serão sempre difíceis de compreender. Tanto a espiritualidade deste povo guerreiro, quanto o fato de, inclusive, terem sido uma religião, viram-se eclipsados pela insistência romântica em envolver a mística celta no mundo das fadas e dos espíritos.
A escrita era considerada desnecessária, pois as leis, lendas e ensinamentos tribais se perpetuavam graças a poetas e sacerdotes. Eram eles que se encarregavam de memorizá-las e de transmiti-las oralmente. Da mesma forma que as proibições impostas aos heróis guerreiros, as quais determinavam seu modo de vida e suas ações. A transmissão oral sempre foi um método eficiente para comunicar todos os matizes dos acontecimentos importantes na vida da tribo. Para poder recordar e interpretar mais facilmente as histórias, intercalavam-se os temas rituais referentes aos deuses: a imposição de nomes, a pedra do oráculo, que gemia durante a coroação de um novo rei, os gêmeos divinos e o guerreiro heroico. A constante metamorfose destes temas e a facilidade de ligação entre o físico e o sobrenatural plasmaram o mundo da imaginação celta através de milhares de anos de relatos. Nos contos, os seres divinos podiam passar de sobrenaturais a vulneráveis como o resto dos humanos e regressar a seus domínios, sem ofender a suscetibilidade cristã dos escribas que, de vez em quando, deixavam testemunho das lendas.
Todas as divindades, por muito extraordinárias que fosse, se encontravam submetidas ao ritmo desta vida e às exigências de uma dada população. Cada província ou região tinha seu lugar sagrado, que era o centro do seu mundo. Seu topônimo mostrava a relação entre a Terra, o Céu, entre a Tribo e seu Deus.
OS TUATHA DÉ DANNAN
Os Thuatha Dé Danann foram a quarta raça de colonizadores que chegaram na Irlanda antes da era cristã. Eles eram seres sábios, eminentes magos, cientistas e artesãos, possuidores de uma altíssima vibração espiritual, verdadeiros "seres de luz".
Os Tuatha eram provenientes da distante e mítica Hiperbórea, onde possuíam quatro cidades: Falias, Gorias, Murias e Findias, nas quais aprenderam ciências e magia e a aplicação conjunta de ambos os princípios por meio da instituição do druidismo. De cada uma dessas cidades mágicas os Tuatha Dé Danann trouxeram um tesouro:
Falias - Lia Fáil, a "Pedra do Destino", onde eram coroados os reis da Irlanda. Era uma grande pedra em formato de coluna que simbolizava a própria Terra, cujo poder só era compreendido pelo verdadeiro Rei;
Gorias - a Gáe Assail, a "Lança de Assal", que seria de Lugh, e retornava a mão após ser lançada (associada ao elemento Fogo);
Murias - o Caldeirão de Dagda, chamado o "Inesgotável", recipiente que continha a água, fonte de toda a vida (protótipo do Graal);
Findias - a espada inescapável de Nuada (associada ao elemento Ar).
Hiperbórea é um dos principais mitos genéricos europeus: um lugar de paz e sabedoria, uma terra de "leite e mel" de onde, provinha o primeiro homem branco estabelecido em algum lugar do norte do mundo. Um paraíso mágico e melancólico que não teve outro remédio senão abandonar e seguir para o Sul, quando grandes cataclismas mudaram o eixo da Terra e transformaram o mundo alegre e fértil em um charco árido e coberto de gelo.
Eles chegaram em Beltane (May Day) envoltos em uma densa névoa mágica, a qual causa um eclipse de três dias. Imediatamente atearam fogo em suas próprias embarcações impossibilitando a fuga de sua nova pátria. Estavam realmente dispostos a reconstruir sua civilização. Eles conquistaram e governaram a Irlanda por 200 anos, e por fim, foram conquistados pelos Milesianos. Foi quando migraram para os Mundos Subterrâneos das colinas (sidhe) e montes da Irlanda, ficando conhecidos então, como "Daione Sidhe" ou "Povo das Fadas". Bodb Dearg (Bodb, O Vermelho) foi escolhido como rei, pois era o filho mais velho de Dagda.
Os filhos de Danu eram também conhecidos como "Os Que Sempre Vivem", pois conheciam o segredo da imortalidade. Eles possuíam um Banquete da Idade, deste modo, ninguém envelhecia, quando sustentados pelos porcos mágicos de Manannán e a cerveja de Goban, O Ferreiro. Os filhos de Danu ainda possuíam um médico muito especial, Diancecht. Ele era o guardião da fonte da saúde, juntamente com sua filha Diarmaid. Qualquer um que fosse morto ou ferido deveria ser colocado na fonte para viver e se recuperar novamente.
DEUSA DANA
Segundo uma lenda, Dana nasceu em uma Clã de Dançarinos que viviam ao longo do rio Alu. Seu nome foi escolhido por sua avó, Kaila, Sacerdotisa do Clã. Foi ela que sonhou com uma barca carregando seu povo por mares e rios até chegarem em uma ilha, onde deveria construir um Templo, para que a paz e a abundância fossem asseguradas. Ao despertar, Danu relatou seu sonho ao conselho e a grande viagem começou então a ser planejada.
Também conhecida como Danu, é a maior Deusa Mãe da mitologia celta. Seu nome "Dan", significa conhecimento, tendo sido preservada na mitologia galesa como a deusa Don, enquanto que outras fontes equipararam-na à deusa Anu. Na Ibéria, a divindade suprema do panteão celta é considerada a senhora da luz e do fogo. Era ela que garantia a segurança maetrial, a proteção e a justiça. Dana ou Danu também é conhecida por outros nomes: Almha, Becuma, Birog, ou Buan-ann, de acordo com o lugar de seu culto.
O "Anuário da Grande Mãe" de Mirella Faur, nos apresenta o dia 31 de março como o dia de celebrar esta deusa da prosperidade e abundância. Conta ainda, que os celtas neste dia, acreditavam que dava muito azar emprestar ou pegar dinheiro emprestado, por prejudicar os influxos da prosperidade. Uma antiga, mas eficaz simpatia, mandava congelar uma moeda, fazendo um encantamento para proteger os ganhos e evitar os gastos.
Os descendentes da Dana e seu consorte Bilé (Beli) eram conhecidos como os "Tuatha Dé Dannan" (povo da Deusa Dana), uma variação nórdica de Diana, que era adorada em bosques de carvalhos sagrados. O nome "Dana"é derivado da Palavra Céltica Dannuia ou Dannia. É significativo que o rio Danúbio leve seu nome, pois foi no Vale do Danúbio, que a civilização Celta se desenvolveu. A ligação Celta com o vale do rio Danúbio também é expressa em seu nome original. "Os filhos de Danu", ou "Os filhos de Don".
Dana é irmã de Math e seu filho é Gwydion. Sua filha é Arianrhod, que tem dois filhos, Dylan e Llew. Os dois outros filhos de Dana são Gobannon e Nudd.
É certo que Dana deveria ser considerada a Mãe dos Deuses, depois de ter lhes dado seu nome. Há várias interpretações do seu nome, sendo que uma delas é "Terra Molhada" e o mais poético, "Água do Céu".
Danu é uma das Dea Matronae da Irlanda e a Deusa da fertilidade. Seu símbolo mágico é um bastão.
Seu personagem foi cristianizado na figura de Santa Ana, mãe da Virgem Maria, pois sua existência é proveniente de uma antiga divindade indo-européia. Também é conhecida na Índia, como o nome de "Ana Purna" e em Roma toma o nome de "Anna Perenna".
É bem verdade que a associação das deusas à rios e mares não é estranha a tradição celta. A convicção de que o mar e a água deram origem à toda a vida, sobrevive em nossos próprios tempos. Mas nossa Danu amada teve um reflexo oposto, se Danu é representante das forças divinas da luz, então Domnu representa o frio, escuridão e o medo das profundidades desconhecidos dos oceanos. Domnu também é uma mãe, e a fundadora dos Fomóire, a tribo antiga de adversários que tentaram tomar o controle da lei e da ordem dos Tuatha Dé Dannan, de forma que caos podem reger a terra. O nome Domnu significa "terra" e é derivado do Céltico dubno. O sentido da etimologia é "profundo" ou "o que estende abaixo". Até mesmo o nome dos Fomóire significa "debaixo do mar". Estes Fomóire representam as forças de natureza selvagem, eles são ingovernáveis e ainda necessários ao equilíbrio certo da vida na terra.
ARQUÉTIPO DA NATUREZA
Meditando com Dana..
A Deusa Dana chega até nós propondo um encontro com as profundezas da natureza. Ela nos fala o quanto é belo e mágico estar no alto da montanha e descobrir uma nascente jorrando por debaixo de rochas pesadas. A surpresa da fonte sugere as reservas arcaicas da consciência despertando dentro de nós. Pede-nos agora que escutemos o silêncio do lugar. Feche os olhos e sinta-o. Lugar é uma intensa individualidade. Com total atenção, a paisagem celebra a magia das estações, entregando-se sem reservas à paixão da deusa. O delinear da paisagem é a forma mais antiga e silenciosa da consciência.
Os rios, lagos e regatos têm voz e música, eles são as lágrimas da alegria e dão vida à terra. A terra tem alma, as nascentes tem alma e são considerados lugares purificadores.
Manannán mac Lir disse: "Ninguém obterá conhecimento a menos que beba da nascente". As nascentes eram consideradas como aberturas especiais por onde fluía a divindade. Quando uma nascente desperta em nossa mente, nossas possibilidades podem fluir e descobrimos então o nosso íntimo. Existe tanta beleza e benção perto de nós, que se destinam à nós, mas que não estamos prontos para recebê-la, por não termos presteza, ou por estarmos talvez cegos, medrosos ou nos esteja faltando um pouco de auto-estima. Mas se nos dermos uma chance, a porta de nosso coração poderá passar a ser o portal do céu. Por que não tentar?
RITUAL PARA SAÚDE DA DEUSA DANA
Escolha um lugar reservado em sua casa para fazer este ritual, se for ao ar livre melhor ainda. Primeiro você deve instalar seu altar, que pode ser redondo simbolizando a Deusa, quadrado (simbolizando os quatro elementos) ou retangular, mas fundamentalmente deve conter a representação dos quatro elementos, junto aos respectivos pontos cardeais. Eu instalei meu altar da seguinte forma:
Primeiro cubra seu altar com uma toalha branca. Depois obedeça as seguintes posições:
LESTE- incenso para o AR. (casa do elemento intelectual). Pode-se colocar flores também.
SUL- vela branca para o FOGO (elemento da transformação, paixão , sucesso, saúde e poder)
OESTE - água para o elemento ÁGUA (elemento da mente psíquica, da cura e da espiritualidade)
NORTE - pedra ou uma planta suspensa para a TERRA. (elemento estabilizador e centralizador dos outros três). Deve ser colocado aqui também o breve ou amuleto (pode ser uma pulseira, corrente, chaveiro,etc) a ser consagrado para a saúde, que deverá ser mergulhado dentro de um óleo (pode usar essência de sândalos).
INVOCAÇÃO
Dana, nossa deusa amada
Cujos cabelos acenam ao vento
Coloridos como sóis brilhantes
Cuja veste se faz oceanos
Mãe divina dos Tuatha de Danann
E das terras Ocidentais
Traga-nos sua alegria
Traga-nos a boa saúde
Desperte em nós a beleza
Da natureza que é seu véu.
Neste momento, retire seu amuleto do óleo e passe-o sobre o fogo da vela, a fumaça do incenso e borrife água sobre ele, colocando em seguida de volta ao recipiente onde se encontrava anteriormente. Deixe-o sobre o altar por três dias. No término deste tempo, lave-o com água corrente e use-o de preferência junto ao corpo.
Texto pesquisado e desenvolvido por
Rosane Volpatto
http://www.rosanevolpatto.trd.br/deusadana.htm
Danu é reverenciada como Senhora da Terra, da água, da abundância, da plenitude da Natureza e da soberania, do lar e da família. Consorte de Beli e mãe de Dagda, ela é a mais poderosa das Deusas celtas, Danu é a mãe dos Tuatha de Danann, os Deuses irlandeses, que significa, literalmente, os Filhos de Danu. Todo o Tuatha de Danann pode traçar a sua linhagem de volta para ela. Representando a força ancestral da Terra, a fertilidade, a vida e a morte, Danu foi posteriormente considerada como a representação da tríplice manifestação divina, tendo três “faces” ou aspectos.
Seu nome “Dan” significa conhecimento, mas há outras interpretações sendo que uma delas é “Fluxo”, “Terra Molhada” e a mais poética, “Água do Céu”.
Tendo sido preservada na mitologia galesa como a Deusa Don, e na mitologia basca pré-cristã como Maria, Señora de Amboto, também conhecida como Danann, Dana, Anu ou Ana. Na Ibéria, a divindade suprema do panteão celta é considerada a senhora da luz e do fogo. Era ela que garantia a segurança material, a proteção e a justiça. Danu também é conhecida por outros nomes: Almha, Becuma, Birog, ou Buan-ann, de acordo com o lugar de seu culto.
Apesar do seu culto ter sido proibido pelo cristianismo e seu nome, aos poucos, ser esquecido, Danu está presente em toda a Irlanda, seja nos verdes campos, no perfil arredondado das montanhas, no sussurro dos riachos. O Seu lugar sagrado, no Condado de Kerry, chamado Da Chich Anu ou Paps of Anu, reproduz, na forma das duas colinas, Seus fartos seios, cujos mamilos são formados por antigos amontoados de pedras que foram formados pelas oferendas de pedras levadas pelos peregrinos ao longo dos tempos, em sinal de reverência e gratidão. Ela está ligada aos Montes Feéricos e tem associações com Dolmens, monumentos megalíticos tumulares coletivos, também conhecido como um túmulo portal, ou sepulturas portal.
A Deusa Mãe irlandesa, guardiã do conhecimento, protetora das famílias e tribos, regente da terra, da água e da A constelação de Cassiopéia também recebe o nome de Llys Don, a corte de Danu, em sua homenagem. Seu nome aparece em outros lugares como o famoso rio Danúbio, pois foi no vale desse rio que a civilização Celta se desenvolveu.
Tuatha de Dannan
No século XI foi publicado “O Livro das Invansões”, que descreve uma sucessão de 5 povos que teriam vivido na Irlanda antes da chegada dos celtas, os ancestrais dos habitantes atuais.
Nas lendas, estas raças diferentes são descritas de uma forma ambígua, tendo tanto características divinas quanto humanas e sendo apresentadas como Deusas, Deuses, gigantes, devas e seres elementais. Cada uma dessas raças foi vencida e seguida pela seguinte, alternando-se assim seus mitos, suas divindades e sua organização social e religiosa.
A quarta raça – Tuatha de Dannan ou “Povo da Deusa Danu” –, apareceu de forma misteriosa: não da terra, de uma direção definida, como outros invasores, mas do céu, simultaneamente das 4 direções. Aterrissaram no dia do Sabbat Beltane e depois fundaram 4 cidades que se tornaram os centros espirituais da Irlanda.
Sabe-se que eram seres sábios, seus atributos eram de bondade e luz. Por terem vencido a “escura” e agressiva raça anterior foram por isso chamados de “seres brilhantes”. Trouxeram ensinamentos e objetos de magia, arte, sabedoria e cura e deixaram como marcos os círculos de menires (monumento pré-histórico de pedra, cravado verticalmente no solo) e os monumentos megalíticos. Após permanecerem por 200 anos em um longo e pacífico reinado, ensinando sua arte para os habitantes nativos, foram vencidos pelos últimos conquistadores da ilha, os Milesianos, guerreiros e materialistas, os precursores dos celtas.Depois da sua derrota, os sobreviventes do Povo da Deusa Danu refugiaram-se nas colinas ou embaixo da terra e passaram a ser conhecidos como Daoine Sidhe ou Fairy People, “Povo das Fadas”. É importante ressaltar que apesar de se traduzir fairy por “fada”, este termo não descreve uma “diáfana figura feminina sobrevoando as flores”. O sentido arcaico de Fairy People refere-se a seres sobrenaturais, com aparência etérica, sim, mas pertencendo a ambos os sexos, jovens que gostavam de música, danças, cores, flores, e abominavam o ferro (comprovação de sua origem anterior à Idade do Ferro).
O maior legado dos Tuatha de Dannan foi o culto da Deusa Danu, considerada a Deusa Mãe, progenitora das outras divindades.
Mitologia
Segundo uma lenda, Danu nasceu em um Clã de Dançarinos que viviam ao longo do rio Alu. Seu nome foi escolhido por sua avó, Kaila, Sacerdotisa do Clã. Foi ela que sonhou com uma barca carregando seu povo por mares e rios até chegarem a uma ilha, onde deveria construir um templo, para que a paz e a abundância fossem asseguradas. Ao despertar, Danu relatou seu sonho ao conselho e a grande viagem começou então a ser planejada.
No início havia o Vazio, a vastidão do Nada,
a supremacia da criatividade não-diferenciada
Do vazio nasceu o Caos,
Da união entre o vazio e o caos originou-se Ana,
a Grande Sonhadora, Criadora e Tecelã dos mundos,
em cujo ventre fértil resplandeciam estrelas e planetas.
Da união entre Sonho e o nosso Sol foram criados
a Mãe Terra, o Pai Céu e o oceano, os ancestrais primevos.
Do encontro entre o céu e a Terra surgiram os Seres Brilhantes,
os Dakinis e os Dakas que trouxeram a luz ao mundo.
E do ventre de Ana, tocado pela luz das Plêiades,
nasceram os Tuatha de Danann,
o povo da Deusa Danu.”
– Kathy Jones, “The Well of Ana”
Nomes em outras culturas:
Danu (na religião Hindu)
Danu, Danand, Dana, Ana, Anu (Irlanda)
Don (Gales)
Danuvius (Roma)
Duna (Hungria)
Donau (Alemanha)

Parentesco:
Consorte de Beli.
Irmã de Math.
Mãe de Dagda, Gwydion, Arianrhod, Gobannon e Nudd.
Avó de Dylan e Llew.
Deusas com os mesmos atributos:
Mitologia basca pré-cristã: Maria, Señora de Anboto.
Mitologia Babilônica: Anahita
Mitologia Cristã: Santa Ana, mãe da Virgem Maria.
Mitologia Celta Galesa: Don
Mitologia Egípcia: Isis
Mitologia Hindú: Annapurna.
Mitologia Romana: Anna Perenna.
Guia rápido de Correspondências:
Invoque Danu para: fertilidade, germinação, criação, crescimento, maternidade, força, saúde, inovação, transformação, conhecimento, sabedoria, riqueza, fortuna, prosperidade, sorte, bênçãos, predição, magia.
Animais: cobras, peixes (como o salmão), gaivota.
Aromas e ervas: orquídea, rosa silvestre, coentro, anis-estrelado, nenúfar, língua de víbora, rizoma de lírio.
Óleos: sândalo, jasmim, olíbano, mirra.
Cores: verde, marrom, azul, prata, cinza, preto
Pedras: pedras sagradas, seixos de rio, pedras com furos naturais no meio, âmbar, ouro, turmalina verde, turmalina rosa, opala, rodocrozita, quartzo branco, esmeralda, ametista, crisoprásio, aventurina, pedra da lua.
Face da Deusa: Mãe
Elemento: água e terra
Árvores: Macieira, Sorveira, Espinheiro, Pilriteiro.
Signo: Câncer
Dia da semana: quinta-feira
Datas comemorativo: 31 de março (data comemorativa de Dana na Ibéria), 4 de junho e 10 de dezembro (na Irlanda).
Símbolos: chaves, bastões, coroas, rios, mar, montanhas, pedras, feixe de trigo, seixo de rio, caldeirões com água.
Deusa Mãe da Antiga Irlanda.
Dana ou Anu é a Deusa Mãe da Irlanda, conhecida principalmente como Deusa Terra, Deusa da Fartura e da Abundância.
Também é chamada de Patrona dos Magos, Rios, Água e Poços, segundo as Tradições Irlandesas influencia na Prosperidade, Magia, Fartura e Sabedoria.
Suas Sacerdotisas levavam conforto aos que estavam às portas da Morte e ela é considerada até hoje, a Guardiã do Gado e da Saúde, cuidando também da Fertilidade, da Prosperidade e Conforto.
Entre os Povos Antigos também foi conhecida por outros nomes como Anann, Dana - na, Danu, Danann, Grande Mãe, Deusa da Lua e Mãe dos Deuses.
Divindade suprema do panteão celta, mãe dos deuses e dos homens.
É a mãe celeste que dança na espiral das estrelas, é a fonte de onde nasceu aquele povo antigo, que trouxe o druidismo à terra das esmeraldas.
Também conhecida como Danu, é a maior Deusa Mãe da mitologia celta.
Seu nome "Dan" significa conhecimento, considerada a senhora da luz e do fogo.
Há várias interpretações para seu nome, algumas são: "Terra molhada", e uma das mais poéticas: "Água do Céu".
É a Deusa da fertilidade.
Era ela que garantia a segurança material, a proteção e a justiça. Seu símbolo mágico é o bastão.
Dia 31 de março é a data de celebrar esta deusa da prosperidade e da abundância.
Garante a seus filhos segurança material e justiça.
Dia em que na Irlanda se celebrava a deusa Anu.
Este dia é dedicado á Deusa da prosperidade e abundância.
Os celtas neste dia acreditavam que dava muito azar emprestar ou pedir dinheiro emprestado, por prejudicar os influxos da prosperidade.
Uma antiga, mas eficaz simpatia mandava congelar uma moeda, fazendo um encantamento para proteger os ganhos e evitar os gastos.
Prece para a Deusa Dana
Dana dos mares revoltos
Da luz refletindo nas águas
Nos permita caminhar pelos vãos sagrados do ar
Nos brinde com sua sabedoria
Me permita sonhar com o futuro
Me permita enxergar os lugares obscuros
onde apenas tua luz consegue alcançar
Senhora Mãe dos Deuses
Esteja comigo desde o meu despertar
Me ajude a caminhar pelos caminhos
que os Deuses tecem desde sempre
Me ajude a ser calma diante das indignações
Me ajude a ser fiel a sequência natural de todas as coisas
Me ajude a ser pensante diante das inquietações
Traga a alegria da vida para todas as coisas vivas
Traga a beleza de ser filhos de teu abençoado ventre
E receba meu agradecimento a cada por do sol
Onde a escuridão se curva diante de tua infinita luz
Eu dança em teu nome para celebrar o teu reino
Eu festejo a luz que me orienta e guia
Eu celebro o teu nome Danna dos Tuatha dé Dannan
Dana (ou Danu) é uma importante Deusa Celta, representante do Conhecimento Divino e do Sagrado Feminino.
É equiparada à Deusa Romana Diana por estar associada às florestas (especialmente aos carvalhos sagrados) e a Deusa Minerva, a qual também está associada ao conhecimento e á sabedoria.
Ela é retratada como uma Deusa Triplice com Brigid, que representa a face virgem e com Morrrigan, que é a face Anciã. Danu é a representação da face Mãe da Deusa.
Ela é a mãe do povo mágico “Tuatha de Dannan” (os Filhos de Dana).
Em algumas versões da sua história ela é retratada como a Mãe do Deus Dagda, em outras ela é descrita como filha de Dagda ou ainda sua consorte.
Se admitirmos que os Tuatha de Dannan não se misturaram com outros povos, o casamento entre pessoas da mesma família era uma hipótese a colocar.
Dana teve vários filhos (como se fosse a Mãe de Todas as Coisas), entre eles a Deusa das Estrelas Arianrhod e do Deus da Luz Gwydion.
Dana (que significa literalmente conhecimento) é retratada como uma Rainha de longos cabelos, seios fartos e grandes ancas (simbologia da maternidade) e sobre a sua cabeça uma coroa.
Na sua face Virgem, ou seja, Brigid, ela é a Senhora do Fogo, da Cura, das Artes e da Inspiração.
Na face anciã ela encarna a Guerreira e a Senhora da Morte. Dana condensa em si A Mãe, a Curadora, a Artista e a Gurreira, sendo por isso uma Deusa muito completa.
Está associada aos rios (O nome Danúbio está ligado a ela), à luz e ao fogo.
As mulheres que têm este arquétipo são sobretudo Mães nutridoras, gostam de crianças, gostam de estudar, para além de serem inteligentes, são intuitivas, femininas e gentis, são ainda majestosas e altivas.
Recebem também a influência de Brigid, sendo que gostam de trabalhos manuais e das artes em geral e recebem a influência de Morrigan, o que lhes confere algo de guerreiras e lutadoras.
Quanto mais velhas, mais sábias, mas nem por isso mais tranquilas.
Dana condensa em si mesma a influência do Sol, da Lua e dos Planetas Marte e Plutão.
As Danas também gostam do contacto com a natureza, de poesia, da escrita e têm uma certa aptidão para a cura.
Rege a maternidade, a fertilidade, a cura, o conhecimento, a feminilidade, as artes e os estudos.
Quando ela surge nas nossas vidas significa que precisamos sair da nossa zona de conforto para podermos ir em busca do sagrado que reside dentro de cada uma de nós e procurar de alguma forma o conhecimento divino que nos pode ajudar a evoluir.
Que sejam prósperos.

Raffi Souza.

09 janeiro 2018

Njord e Skadi!

Njord e Skadi!


Na mitologia nórdica, Njord (Njörðr), é o deus Vanir dos Mares, dos ventos e da fertilidade, contraposto aos Aesir, dos quais Odin era o líder. Njord era o Pai de Freya, a deusa do amor, e de Freyr, deus da fertilidade, e casado com Skadi.
É o protetor dos pescadores e dos caçadores que, em sua honra, construíam pequenos altares nas falésias e nas florestas, onde depositavam parte do que conseguiam pescar ou caçar. Era visto como um deus pacífico.
Njord casou com Skadi, deusa do Inverno e da caça. Skadi escolheu o seu marido observando os pés dos deuses, sem lhes ver a cara, e começou a procurar os pés mais limpos e bonitos, e escolheu os de Njord, porque seus pés sempre estão limpos por causa da água do mar. Njord e Skadi não tiveram um casamento feliz, e logo se separaram, pois Skadi como uma deusa das montanhas não conseguia viver nas costas oceânicas assim como Njord não conseguia viver nas montanhas, com a constante mudança foram criadas as estações do ano.
Sua irmã e a mãe de seus filhos teria sido Nerthus, que não os acompanhou aos Aesir, estes últimos condenando as uniões entre irmão e irmã.
Njord é um deus tranquilo e pacífico, pai de Freyr deus da fertilidade, e de Freya deusa do amor, casado com Skadi, é o deus do mar e protege os pescadores e caçadores, esses em sua homenagem criavam templos para sua veneração onde colocavam parte de sua caça ou pesca.
Njord amava as praias, se separou por causa disso, pois sua esposa Skadi é deusa das montanhas e ele do mar, assim eles se viam muito raramente, as vezes eles tentavam se habituar ao local, mas não conseguiam, com isso criaram as estações do ano, eles não tiveram um casamento muito feliz, afinal os dois se casaram contra a vontade.
Njord é um Vanir, na verdade ele é líder dos Vanir, assim como Odin é líder dos Aesir.
Os pais de Njord são Odin e Frigga.
Filha do jötunn Tiazi, Skadi é a deusa do inverno, caça e montanhas. A lenda diz que após a morte de seu pai, que fora assassinado graças a mais uma peripécia de Loki, Skadi decide vingar-se dos Aesir chamando-os para um combate, que logo fora recusado por não serem capazes de atacar uma jovem mulher. Decidem então, dar um de seus homens para casar-se com a jovem jötunn como forma de selar um acordo de paz.
Sob a condição de que sua escolha deveria ser aleatória, os pretendentes tiveram seus corpos cobertos ficando apenas com seus pés de fora. Skadi escolhe então os pés que mais lhe agradam erradamente pensando ser os de Balder, na verdade eram de Njörd, o deus Vanir dos Mares. A união entre os dois não durou, pois Skadi como uma deusa das montanhas, não conseguiu adaptar-se à vida nas costas oceânicas, assim como Njörd não conseguiu se adaptar às montanhas. Com a constante mudança de lares, foram criadas as estações do ano. Do casamento de Skadi e Njörd nasceram Freya e Frey.
Outras fontes da mitologia indicam que se casou mais tarde com outro deus, o Æsir Ullr.
A etimologia do nome Skadi é incerta, mas pode estar relacionada com o nome original da Escandinávia. Alguns nomes de lugares na Escandinávia, particularmente na Suécia, referem-se a Skadi.
Estudos tem teorizado uma ligação em potencial entre a deusa e o deus Ullr (que também é associado com o esqui e aparece com frequência em nomes de lugares da Suécia) e uma possível relação particular com o jötunn Loki.
Em Heimskringla, Skadi após a separação com Njörd, casa-se com Odin e tem muitos filhos juntos. Tanto na Edda Poética como na Prosa, Skadi é responsável por colocar a serpente que goteja veneno ligada à Loki. É também alternadamente chamada de Öndurgud (Nórdico arcaico para "Deus do Esqui") e Öndurdís (Nórdico arcaico para "Dama do Esqui").
Skadi é uma giganta do gelo filha do gigante Tiazi, é mãe de Freyr e Freya.
Quando seu pai Tiazi foi morto por uma das brincadeiras de Loki, Skadi ficou tão irritada que foi reclamar com os Aesir que eram incapazes de bater numa mulher, mas Skadi não sabia que seu pai havia sido morto por Loki ao sequestrá-lo e falar que só iria liberta-lo em troca da mão da deusa Idun em casamento, mas Loki se soltou e o matou numa brincadeira.
Voltando ao assunto dos Aesir, Skadi foi reclamar com os Aesir pelo assassinato de seu pai, os Aesir tentaram recompensa-la lhe oferecendo um deus para ela se casar, quando ia escolher ela olhou somente pelos pés, pois o resto estava tapado, ela escolheu o que havia os pés mais bonitos pensando ser Balder, mas ao olhar era Njord, os dois se casaram e desse casamento tiveram dois filhos: Freyr e Freya.
O casamento de Skadi não deu muito certo, por isso se divorciou e mais tarde se casou com o deus Uller filho de Sif com Thor.
Vamos agora as associações deles, primeiro de Njörd e depois Skadi!
É deus: do mar, navegantes, fertilidade, floresta.
Cores: verde, azul.
Oferendas: imagens de barcos, cuidar das florestas e das praias, frutas, peixes, coisas ligadas ao mar e as florestas, imagens dele, em especial os seus pés, pescar.
Invocar para: trazer paz, fertilidade, ter viagem tranquilas no mar.
Agora as de Skadi:
É deusa: da neve, do esqui, das montanhas, da caça com arco e flecha.
Cores: azul-claro, branco.
Oferendas: imagens dela, arco e flecha, representações da neve, caça.
Invocar para: trazer força de vontade, justiça, vigor.
Que sejam prósperos.

Raffi Souza.