26 maio 2018

Uruz


Runa Uruz


A runa Uruz é a runa que está ligada a energia pura, selvagem ate, mas essa energia é ótima já que ela literalmente te sacode para que você saia da  estagnação, é chamada de Runa do touro branco, ou até mesmo de runa da força, e é esse o principal significado dela, é a força de vontade, a energia que te obriga a se movimentar, se formos reparar em um touro ele raramente está totalmente parado!
Essa runa traz a boa sorte, amadurecimento, determinação e a famosa coragem para enfrentar o que estar por vir, mas claro ao mesmo tempo que está runa nos traz as coisas boas ela também pode trazer as coisas em seu lado negativo.
Nesse lado negativo ela fala sobre as oportunidades que perdemos na vida, as coisas nos aspectos negativos, o desanimo de querer fazer qualquer coisa, e está se sentindo bem em ficar estagnado, mas entenda: não é bom ficar estagnado! Permita-se mudar, mesmo que esteja com medo de seguir em frente, vá com esse medo mesmo!
A Força
Pronúncia: úr
Nomes Alternativos: urur, uruz, uraz, urus
Significados Tradicionais: força, sacrifício animal, auroque
Palavras-Chave: potencial ilimitado, possibilidades infinitas, força continuada, renovação, liberação de energia, poder indômito, mudança súbita
Usos Práticos: proveitosa onde se precisa fundamentar ideias para que se tornem realidade prática, revitalizar-se e encontrar determinação para iniciar novos projetos, encontrar a força interna para se colocar o passado para trás e começar  novamente, forjar circunstâncias para construir situações mais satisfatórias, tornar-se mais produtivo, intensificar a determinação e criar a coragem para se afirmar
Usos Mágicos: para fortalecer a vontade, aumentar a potência sexual, dar energia para a caçada
Desafio: tenha coragem para abandonar coisas das quais não se precisa mais; só assim se permitirá que novas possibilidades surjam
Correspondências:
Fonema: U
Regência Planetária: Marte (Passiva)
Pedra: Carbúnculo
Flor: Nastúrcio
Árvore: Bétula
Número: 3
Classe Social: Nobre e Sacerdotal
Cor: Verde
Mitos e Deidades: Ullr, Loki, Odin (enquanto xamã)
Tarô: Força
Período do Dia: das 01 às 02 hs
Significados Gerais e Simbólicos:
O auroque (bos primigenius) era um bisão selvagem, agora extinto, semelhante ao búfalo norte-americano, muito comum na Europa setentrional até o século 17. Era pouco menor do que um elefante e possuía chifres que podiam medir até 1,83 metro, altamente estimados pelos teutônicos como copos para beber. Os jovens das tribos teutônicas costumavam caçá-lo, e até que tivessem participado de uma caçada bem-sucedida, eles não eram reconhecidos como homens. Só depois disso a eles era permitido se juntar às fileiras dos guerreiros e sair às batalhas com os outros homens da tribo.       
Porque os jovens se provavam matando o auroque, UR indica uma chance de provar-se a si mesmo, uma sugestão para que se reclame seu lugar ao sol. Já que a ação deles os elevava da condição de criança sob a autoridade dos pais, para o estado de homens livres, UR também representa qualquer mudança repentina ou dramática das circunstâncias — especialmente aquela que nos lança em uma situação inédita, ou que o coloque frente a seus próprios recursos. UR é a competição onde o ser humano é desafiado a melhorar e aperfeiçoar-se diante dos olhos do mundo, valorizando seu instinto de competição e sua ambição.
Frequentemente, UR aparece em um lançamento rúnico para indicar uma promoção na vida profissional ou um aumento de responsabilidade. No entanto, já que o auroque não podia ser morto sem o uso da força e da habilidade de luta, essa runa também mostra que se possui tanto a energia quanto a capacidade necessária para lidar com a mudança ou arcar com a responsabilidade vindoura.
Algumas vezes, vê-se a mudança assinalada por essa runa como algo assustador. É natural: como os adolescentes teutônicos adentrando o território desconhecido da fase adulta, deixa-se a segurança do conhecido pelo excitante, mas atemorizante, mundo das possibilidades desconhecidas. Normalmente, há uma necessidade de sacrifício — não um sacrifício indesejado ou lesivo, mas uma permuta de um bem menor por um bem maior. Denota algo que já foi bom, mas que teve a sua época e agora está destinado a ser substituído por condições novas e benéficas. O sentido chave desta runa é mudança natural. Portanto, assim como a adolescência substitui a infância, para ser substituída pela maturidade, as mudanças prognosticadas por essa runa não devem — na verdade, não podem — ser evitadas.
Essa runa representa tanto o espaço de onde se forja ou se cria algo do “nada”, e a energia formativa inicial que torna a visibilidade ou manifestação possível. Este espaço não é o vácuo, como muitos podem pensar. É uma essência vital não ordenada, esperando para dar forma às coisas que se sucederão. UR, então, é a potencialidade que existe no começo de tudo. Ela contém dentro de si o potencial para qualquer coisa que se possa se manifestar. O artista começa com uma tela virgem ou uma folha de papel em branco. Não há nada lá, simplesmente “espaço”. Entretanto, é nesse vazio que o artista traz à luz ideias que se manifestam em coisas que podem ser apreciadas. Do “nada” ele assim cria uma obra de arte.
           
A energia se apresenta não somente como espírito combativo, mas também como vitalidade e saúde inquebrantáveis. UR é um excelente augúrio nas questões relativas à saúde, já que significa grande vigor e fortes poderes naturais de resistência.
Representa, ainda, o parceiro masculino em um caso amoroso ou casamento e isto se aplica irrestritamente tanto ao homem como à mulher. Em tais casos, UR mostra a urgência sexual do homem, e sugere a existência de paixão tendo importância no lado masculino.          
Em questões financeiras e de negócios, essa runa revela melhorias na situação presente, mas somente através da aplicação de força de vontade e esforço próprio. Não é uma runa que sugere que todos os problemas serão tirados dos ombros por um benfeitor indulgente: é mais uma indicação de que é preciso se erguer sobre os próprios pés.
Significado Reverso:
Em geral, a mensagem de UR reversa é: as oportunidades de mostrar o que se pode fazer não devem ser desperdiçadas, para evitar futuras desilusões. Ao não querer enfrentar situações difíceis, o enfraquecimento e o desânimo tornam-se cada vez mais poderosos.
Entretanto, em um lançamento rúnico primordialmente restritivo, UR reversa pode significar: essa é uma oportunidade que se deve deixar passar.
Se UR está reversa, mas a runa associada a ela prometer mudança (RAIDO ou EHWO, por exemplo), isso sugere que existirá iniciativa ou habilidade insuficientes — ou ambas — para trazer o assunto a uma conclusão bem-sucedida. Aconselha-se a não fazer tal mudança, e observar as outras runas acompanhantes para ver se implicam em um cancelamento dos planos atuais, ou meramente uma postergação.
UR reversa pode ainda indicar uma reviravolta infeliz dos acontecimentos. Certas vezes, pode pressagiar uma mudança radical, mas que não vem de encontro às nossas aspirações. Embora as aparências em contrário, as coisas podem finalmente melhorar se UR cair junto a runas amplificadoras.
Pode significar, também, rudeza, crueldade e brutalidade. Uma pessoa que não aceita diferenças de opinião. Uma imaturidade que leva a uma tentativa de domínio. Mostra, ainda, a crueldade como máscara para insegurança: um ditador cujo reinado está provavelmente chegando ao fim.
O reverso dessa runa sugere fraca força de vontade, e às vezes, a possibilidade de se estar caindo sob a influência de uma personalidade mais forte. Isto é particularmente preocupante quando emparelhada com runas de parceria, como GEBO ou WUNJO reversa.
Denota, por fim, baixa vitalidade, que pode ser responsável ou contribuir para a ocorrência de uma doença. Além disso, para o homem, pode enunciar problemas médicos ou psicológicos de natureza sexual.
Que sejam prósperos.
Raffi Souza.

24 maio 2018

Fehu


A Runa Fehu!


A runa Fehu (Feoh, Fehu, Faíhu, Fè), é a runa relacionada a proseridade, seja ela financeira, emocional, espiritual, etc, mas o principal seria a financeira, já que esta ligada profundamente com os rebanhos, e como todos sabem os rebanhos são uma fonte de renda conhecida desde a antiguidade, e sempre rende mais e mais ganhos, seja por sua carne, leite ou outras coisas.
As frases “dinheiro atrai dinheiro”, ”dinheiro faz dinheiro” é a que melhor se encaixa nessa runa, afinal quanto mais dinheiro conseguimos mais atraimos, claro se você souber usar ele, investindoo em algo, como na antiguidade, não existia o dinheiro fisico se usava o escanbo, então usavam muito os rebanhos (ou outros materias);
Fehu também é o sinal de seu proprio esforço, do seu trabalho, mas os ganhos de Fehu podem ser inesperados, essa runa é o sinal que quando queremos muito algo devemos conquistar ele, mesmo que possa demorar, ela mostra que nada é realmente pelo acaso; ela também mostra os ganhos emocionais, como ganhar confiança em engatar um novo relacionamento, ganhar a confiança para novos projetos, etc.
A riqueza de Fehu é algo para se por em pratica, e não para ficar guardade no banco, antigamente os camponeses e reis (qualquer pessoa que tivesse posses), sacrificavam uma cabeça de gado para os deuses, como agradecimento pelas conquistas que existem no mundo, e é algo que devemos ter ate hoje, ser grato as coisas que recebemos, mesmo que seja por causa do nosso proprio sacrificio e esforço!
É uma runa que sempre vem como aviso, que as vezes os seus proprios projetos estão sendo impedidos de serem concluidos por você mesmo, seja por falta de animo, por insegurança, etc.
Como em todos devemos nos atentar com as outras runas que estão em volta dessa, se for com runas em seus aspectos negativos devemos tomar cuidado, muitas vezes isso significa que devemos não esbanjar nossos ganhos, e sim os preservar eles.
“Para meditar: Partilhe sempre e faça os seus convidados sentirem-se bem vindos. Prepare a melhor refeição e providencie a melhor cama.
Quando recebe um presente, deve dar um presente. Dê sempre um presente de igual valor.
Nunca dê um melhor do que recebeu para não embaraçar o primeiro a oferecer”;
Ela invertida:
É a perca de bens materias, dificuldade, obstaculos, as vezes ate mesmo problemas de saude, devemos ver essa runa quando sai invertida como algo que pessoal, dependendo das outras runas e do consulente pode ser seus proprios problemas que estão atrapalhando seus projetos.
Quando se sai em consultas muitas vezes pode ser motivo de surpresa já que geralmente esta sendo uma runa boa, mas como tudo na vida tem o lado bom e lado ruim, essa runa também tem.
Em algumas consultas podem indicar ate mesmo problemas na sua saude (ex: ganho de peso, problemas na cicurlação sanguinea, etc) então sempre devemos nos atentar as runas ao redor e a pergunta feita durante a consulta oracular.


Correspondências:
Fonema: F
Regência Planetária: Vênus e Lua.
Pedra: Ágata.
Flor: Lírio do Vale.
Árvore: Sabugueiro.
Número: 6.
Classe Social: Nobre e Sacerdotal.
Cor: Carmim.
Mitos e Deidades: Freyja, Freyr, Brisingamen, Gullveig, Anões, Sigurd e o Ouro da Lontra.
Tarô: Imperador.
Período do Dia: das 17 às 18 hs.
Que sejam prósperos.
Raffi Souza.

23 maio 2018

As Runas Nórdicas.


As Runas Nórdicas.


Algumas pessoas já devem conhecer as runas nórdicas, ou também runas de Odin, mas não deve ter um conhecimento sobre o que elas são e como surgiram, ou ate tenham ouvido falar sobre, viram em tatuagens ou em livros de ficção, então irei começar uma serie explicando um pouco que eu sei sobre as mesmas, deixando alguns links que podem ser de interesse de cada um, vamos começar explicando o que são as runas.

As Runas eram conhecidas como uma forma de escrita, que servia tanto para a comunicação como para fins mágicos. Geralmente, inscritas em pedras num alfabeto antigo, com letras características, utilizadas pelos antigos povos germânicas e pelos próprios vikings, como uma arte divinatória, nos encanamentos e em talismãs rúnicos.

"Em todas as suas variedades, as runas podem ser consideradas como uma antiga forma de escrita da Europa do Norte. A versão escandinava que também é conhecida como 'Futhark', derivado das suas primeiras seis letras: 'F', 'U' 'Th', 'A', 'R', e 'K'), e a versão anglo-saxônica conhecida como Futhorc (o nome também tem origem nas primeiras letras deste alfabeto).

As inscrições rúnicas mais antigas datam de cerca do ano 150, e o alfabeto foi substituído pelo alfabeto latino com a cristianização, por volta do século VI na Europa central e no século XI, na Escandinávia. Runemal era a arte do uso de alfabetos rúnicos para obter respostas, como um oráculo, instrumento usado pelos iniciados nesta arte para buscar o autoconhecimento." (Fonte: Wikipédia)

Canto Rúnico a Odin - Edda
"Encontrarás nas runas,
Símbolos mágicos,
Bons, fortes e poderosos,
Como assim os quis o Senhor da Magia,
Como os fizeram os Deuses propícios,
Como os gravou o Príncipe dos Sábios."
As Runas são símbolos que nos remetem ao mais profundo autoconhecimento da nossa própria natureza, traduzindo, através da sua grafia, toda ancestralidade e a sabedoria do grande Deus nórdico, Odin. Segundo consta, Odin ficou pendurado na Yggdrasil - a Árvore da Vida - durante nove dias e nove noites, sem água e nem comida, além de ser ferido pela própria lança, levando-o ao mundo dos mortos através de uma jornada xamânica e de onde retornou vitorioso, trazendo consigo a sabedoria das runas.
"Sei que fiquei pendurado,
Na Árvore fustigada pelo vento,
Por nove dias e nove noites,
Eu fui espetado por uma lança
Entregue a mim mesmo...
Não me ajudaram
Dando-me de comer ou beber.
Olhei para baixo, apanhei as runas,
Gritando, eu as apanhei e então, caí."
A palavra "runa" significa "sagrado", "segredo" ou "mistério", na língua germânica, vivificada através da tradição runemal. As Runas eram usadas, também, como talismãs para à proteção. Há vários registros arqueológicos da sua utilização, entalhadas em armas, batentes de portas, copos e chifres que eram usados como cálices.
O 'futhark' antigo, com 24 sinais alfabéticos, ainda é o mais utilizados entre nós para se consultar na forma oracular. As runas são divididas em três grupos d e oito símbolos, chamadas aett ou aettir, no plural, e nos permitem acessar o que chamamos de "o inconsciente coletivo das possibilidades". 

Como dito no texto acima existem 24 runas com símbolos e uma vigésima quinta runa sem nenhuma representação é chamada comumente de “runa branca” ou “runa de Odin”, que irei explicar mais para frente, assim como algumas formas que a utilizam em divinações e ate mesmo como poderia ser usada em magias rúnicas.

Nessa nova serie de postagem irei falar de cada runa separadamente seguindo a ordem que aprendi para cada Aett de oito runas, a primeira a ser falada será a runa Fehu, em uma próxima postagem, espero que gostem dessa nova serie e nos vemos em breve aqui no blog!


Que sejam prósperos.
Raffi Souza.

08 maio 2018

A deusa dos vulcões: Pele!


A deusa dos vulcões: Pele!


Seu pai a exilou por causa de seu mau temperamento, mais recentemente por brigar com sua irmã mais velha, a deusa-água ka-lee-oo-maai (Namaka), a qual o marido de Pele seduziu. Ela viajou do Tahiti, numa canoa guiada pelo seu irmão, o deus-tubarao ka-moho-ali, seguida por sua irmã mais velha. Toda vez que ela desembarcava numa ilha e criava uma morada vulcânica, a irmã afundava. Finalmente a batalha final acabou perto de Hana, Maui, onde Pele venceu a deusa-água. As lendas dizem que os ossos desta, ainda se encontram numa montanha chamada Ka-iwi-o-Pele.
Depois dessa batalha ela encontrou novos inimigos, na deusa da neve Poliahu, que ela lutou contra no Manau Kena, e o deus da fertilidade Kamapua'a, que ela às vezes ama.
Pele é conhecida pelo seu temperamento violento, mas também por fazer visitas aos mortais, normalmente aparecendo como uma mulher alta, bonita e jovem ou como uma velha, feia e frágil. Por vezes está acompanhada de um cachorro branco que ela usa para testar as pessoas, perguntando se elas têm alguma comida ou bebida para dar. Aqueles que passam no teste por mostrar compaixão são poupados e recompensados. Entretanto aqueles que fazem o contrário e são crueis, desrespeitosos ou mesmo insensíveis são punidos tendo seus lares destruídos. Quando enraivecida ela aparece ou como uma mulher em chamas ou como chamas puras.
Ela gosta de danças sociais e é conhecida por ser muito ciumenta e vingativa quando não consegue o homem que quer. Histórias que envolvem Pele são comuns a volta da fogueira. Dizem que sua presença pode ser sentida perto do vulcão Kilaueu, e que costuma amaldiçoar aqueles visitantes que levam do havai pedras vulcânicas.
Pele é a Deusa havaiana do fogo, da luz, dos vulcões, da dança e da violência. Ela é considerada uma Malihini, ou seja, uma Deusa que migrou para o Havaí depois da colonização polinesia. Ela e seus irmãos foram incorporados à mitologia havaiana por volta do século XII .
É chamada nos cânticos sagrados havaianos de Pele Honua Mea que significa “Aquela que Dá Forma à Terra Sagrada” ou “Aquela que Muda a Terra Sagrada”. Pele é o fogo da transmutação, o que converte tudo às cincas para depois renascer, é a paixão, o brilho intenso de luz e movimento. Pele é a Chama Divina, a chama da paixão e do propósito. Ela incorpora a criação dinâmica, a ação e o direcionamento e representa a coragem e a confiança. Pele é linda, é o impacto inspirador, a forte, o poder, a criativo, o entusiasmado, a espontânedade, a vida, a apaixão, o quente e a erupção. Pele é perigosa, ainda que generosa e boa e gentil.
Existem diversas histórias sobre a Deusa, dependendo dos lugares nas quais são narrados, cada ilha tem lendas diferentes mas todas no mesmo contexto, sendo que Pele é a Deusa do fogo e dos vulcões. Seja como for, sua personalidade tem dupla analogia o fogo que destrói mas também que reconstrói e renasce, como arquétipo de transformação permanente. Ela também pode ser vista como uma Deusa da Terra pois cria nova terra com sua lava rica em minerais, sendo assim uma Deusa da criação. Ela é a que toma a vida (com fluxo destruidor da lava) e aquela que dá a vida e a faz florecer (com suas terras férteis providas da lava). Pele é a regeneração através da morte, Ela recebe as almas daqueles que morreram e as renova para o renascimento com seu fogo da criação.
Na verdade, a palavra havaiana “Pele” significa lava derretida. Há muitas histórias que falam da ira de Pele, normalmente estimulada pelo ciúme ou a arrogância de alguém, que a levam a causar erupções vulcânicas ou fluxos de lava destrutivos.
Pele também é simbolizada pela árvore “Ohi’a Lehua” que cresce rapidamente na lava fresca As flores da lehua são sagradas à essa Deusa, assim como a trepadeira de mel havaiano que bebe o néctar das flores de lehua.
Faces
Algumas vezes Pele se transforma em uma jovem donzela ou numa velha senhora com um cão branco.
Há relatos da Deusa como uma jovem mulher com longos cabelos marrons e usando um vestido vermelho dançando próxima a um vulcão. Às vezes Ela pede um cigarro que 0 acende com o estalar de seus dedos.
Já a face Anciã ou “Tūtū Pele” (Velha Pele ou Violenta Pele) é vista com mais frequência. Tutu Pele é muito amada pelo povo do Havaí, por Seus conselhos e sabedoria, além de advertir sobre os perigos iminentes. Ela desaparece no ar tão rápido quanto surgiu.
Por vezes está acompanhada de um cachorro branco e testa as pessoas, perguntando se elas têm alguma comida ou bebida para dar. Aqueles que passam no teste por mostrar compaixão são poupados e recompensados. Entretanto aqueles que fazem o contrário e são cruéis, desrespeitosos ou mesmo insensíveis são punidos tendo seus lares destruídos. Quando enraivecida ela aparece ou como uma mulher em chamas ou como chamas puras.
Mesmo com tantas representações, ela geralmente é tida como a face Mãe por seu potencial criador inerente.
Mitologia
A deusa nasceu em Honua-Mea, parte do Taiti. Ela fazia parte de uma família de seis filhas e sete filhos nascidos de Haumea (uma antiga deusa da Terra) e Kane Milohai (Deus criador do céu e da terra).
Existem uma série de variações nas lendas que falam de como a Deusa chegou às ilhas havaianas. Uma das versões mais comuns relata que ela foi exilada por seu pai por causa de seu temperamento, e mais precisamente por brigar com sua irmã mais velha, Namakaokahai, uma Deusa da água, cujo marido Pele tinha seduzido.
O irmão mais velho de Pele, o rei dos tubarões, Kamohoali’i, lhe deu uma grande canoa, na qual ela e sua irmã Hi’iaka (conhecida como a padroeira dos dançarinos de hula) viajaram para longe de casa através do mar até que chegaram ao Havaí.
Sempre que Pele encontrava um lugar onde ela pudesse morar, ela criava um vulcão, e a sua vingativa irmã afundava. O embate entre Pele e Namakaokahai terminou perto de Hana em Maui, após uma batalha épica, onde Pele dilacerou sua irmã. A lenda diz que os ossos da deusa permanecem no local na forma de uma colina chamada Ka-iwi-o-Pele. Após tudo isso, Pele finalmente encontrou refúgio em Mauna Kea, na Ilha do Havaí, onde cavou sua fogueira final e eterna, a cratera Halemaumau, no cume do vulcão Kilauea, onde se acredita que ela vive até hoje.
Em outra versão, a Deusa Pele vem de uma terra dita “perto das nuvens,” com seus pais Kane-hoa-lani and Ka-hina-liʻi e irmãos Ka-moho-aliʻi e Kahuila-o-ka-lan. De seu marido Wahieloa (também chamado Wahialoa) Ela tem uma filha chamada Laka e um filho chamado Menehune.
Pele e Lohiau
Uma vez instalada em Kilauea, Pele viajou para uma ilha vizinha e se apaixonou por um jovem chefe chamado Lohiau.
Uma versão diz que ela estava dormindo em sua casa na cratera Halemaumau na Ilha Grande e outra que ela estava de pé na Rocha de Kauai na extremidade ocidental de Oahu, quando ela ouviu os sons de um festival de hula. Ela seguiu os sons para Haena em Kauai, viu o belo chefe dançando em uma festa, e se apaixonou (ou se sentiu despertada pela luxúria). Materializando a forma de uma bela jovem, ela entrou na dança, conseguiu o coração de Lohiau e viveu com ele por um tempo. Finalmente, teve de voltar para casa e prometeu que mandaria chamá-lo.
Após voltar para casa, Pele enviou seu jovem irmã Hi’iaka com a missão de trazer Lohiau até ela. Ela investiu Hi’iaka de poderes sobrenaturais, os quais a jovem utilizou para superar vários obstáculos durante a sua jornada.
Quando Hi’iaka chegou no lar de Lohiau, ela descobriu que o jovem chefe havia morrido de coração partido por causa da saudade que sentia da Deusa Pele. Hi’iaka então pegou seu espírito e usou seus poderes mágicos para trazê-lo de volta a vida. Enquanto isso, Pele ficava cada vez mais impaciente, imaginando que sua irmã havia roubado o seu amado Lohiau. Enfurecida, Pele enviou um fluxo de lava que matou Hopoe, um amigo de Hi’iaka.
Quando Hi’iaka finalmente retornou trazendo o jovem Lohiau à Kilauea, ela soube da morte de seu amigo e, tomada pela dor da perda, ela abraçou Lohiau, a quem ela chegou a amar. Pele viu o gesto da irmã e enviou mais lava, desta vez para matar Lohiau. Protegida por seus poderes mágicos, Hi’iaka restaurado Lohiau novamente à vida e parte com ele de volta para o seu lar.
Pele e Poli’ahu
Pele é considerada rival de Poli’ahu, a Deusa da Neve, e suas irmãs Lilinoe (a Deusa da linha fina), Waiau (Deusa do Lago Waiau) e Kahoupokane (um fabricante de kapa cujas atividades criam trovão, chuva e relâmpago).
Um mito diz que Poli’ahu veio de Mauna Kea com seus amigos para participar de corridas de trenó pelas colinas gramadas ao sul de Hamakua. Pele se disfarçou como uma bela estranha e foi recebida por Poli’ahu. No entanto, Pele ficou com ciúmes e se enfureceu. Ela abriu as cavernas subterrâneas de Mauna Kea e atirou seu fogo em Poli’ahu, com a Deusa da neve fugindo para um cume de montanha onde Poli’ahu finalmente foi capaz de agarrar seu manto de neve agora queimando e jogá-lo sobre a montanha. Os terremotos sacudiram a ilha enquanto o manto de neve se desdobrava até chegar às fontes de fogo, esfriando e endurecendo a lava. Os rios de lava foram levados de volta para Mauna Loa e Kilauea. As
Outras batalhas também conduziram Pele à derrota e confirmaram a supremacia da Deusas da neve na parte do norte da ilha deixando Pele na porção do sul.
Pele e Kamapua’a
Um amante que provou ser um bom par para Pele era Kamapua’a, um semi-deus da fertilidade que era parte porco, parte humano, que escondeu as cerdas que cresciam ao longo de suas costas usando uma capa. Ele e Pele estavam em desacordo desde o princípio; Ela cobriu a terra com lava estéril, ele trouxe torrentes de chuva para extinguir seus incêndios e chamou os javalis para cavar a terra, abrandando o local para que as sementes pudessem crescer.
Pele e Kamapua’a brigaram um contra o outro até que seus irmãos imploraram para Ela ceder, como eles temiam tempestades de Kamapua’a iriam apagar todos os veios de lava e matar o poder de Pele de trazer o fogo. Os dois permaneceram amantes tempestuosos, diz-se, até que uma criança nasceu, então Kamapua’a navegou para longe e Pele voltou para seus namoricos.
Locais de culto
Dizem que sua presença pode ser sentida perto do vulcão Kilauea onde seria a sua morada, está localizada no Parque Nacional dos Vulcões, no sudeste da Grande Ilha do Havaí.
Também há uma lenda onde fala que a Deusa lança uma maldição sobre quem perturbar ou roubar sua casa. Algumas pessoas dizem que esse mito foi inventado por um guarda florestal da Ilha Grande, com o intuito de impedir que os turistas levem objetos da ilha como lembranças. Ainda assim, a cada ano, milhares de pedaços de rocha de lava são enviados de volta para o Havaí, juntamente com pedidos de perdão, por pessoas do mundo todo que afirmam terem sofrido desgraças horríveis desde que levaram as pedras da morada de Pele.
As pessoas do Havaí consideram a Deusa como sua “aumakua” ou Espírito Guardião. Antes da colonização do homem branco nas ilhas, as sacerdotisas de Pele usavam roupas com as mangas e barras queimadas além de carregar uma vara simbolizando o Bastão “Paoa” que dizem que Pele usou para criar as crateras vulcânicas. Ainda hoje, mesmo com as crenças modernas as pessoas da ilha ainda levam oferendas de peixes, flores e frutas à Deusa.
Parentesco
Filha da Deusa Haumea, uma antiga deidade da terra e Kane Milohai (Kāne-milo-hai), outras fontes seu pai é Kane Hoalani e há ainda uma referência a Moemoe (um nome que tem a ver com o sonho proposital).
Seus irmãs são: Makole Nawahi Waa (a canoa de Olhos Ardentes) Hiiaka Wawahi Lani (Detentora da Nuvem que rasga o Céu), Hiiaka Noho Lanei (Detentora da Nuvem que Reside no Céu), Hiiaka Kaalawa Maka (detentora da Nuvem visívem rapidamente) Hiiaka Hoi Ke Poli a Pele (Detentora da Nuvem que Abraça o Amago de Pele), Hiiaka Kaleiia (detentora da nuvem que forma uma grinalda) Hiiaka Opio (Detentora da Nuvem que são Formadas). Há ainda quem a ligue como irmã de Namaka (ou Nā-maka-o-Kahaʻi), uma Deusa da água, Ka’ohelo (como irmã mortal), Kapo (a Deusa da fertilidade) e Pele-kumu-honua.
Seus irmãos são: Kamohoali’i, (Deus do vapor e as vezes retratado como um Deus-tubarão), Kapohoikahiola (Deus das explosões), Keuakepo (ou Ke-ua-a-ke-pō, espírito do raio e Deus do fogo), Kane Kahili (Espírito do trovão) e Keoahi Kamakawa (ou Ke-ō-ahi-kama-kaua, um espírito das fontes de lava cujo nome significa “Fogo que Impulsiona a Criança para a Guerra”).
Mãe de Laka e de Menehune.
Consorte de Kamapua’a, (o Deus da fertilidade) em alguns mitos e do herói Wahieloa em outros.

Epítetos
Pele honua mea – Pele da Terra Sagrada.
Ka wahine ʻai honua – A mulher devoradora da terra
Pele ‘ai’houn – Pele a Devoradora da Terra Pele the eater of land
Tūtū Pele – Violenta Pele ou Velha Pele
Madame Pele – como sinal de respeito
Guia rápido de correspondências
Invoque Pele para: amor, paixão, sexualidade, magia, limpeza, purificação, conhecimento, emoções, transmutação, poder, vigor, coragem, fúria e revelações.
Face da Deusa: Mãe
Aromas e plantas: cana de açúcar, ervilha de cheiro, flores do campo, gerânio, hibisco, ohi’a lehua, rosa vermelha, sândalo
Pedras: granada, rubi, pedras e rochas vulcânicas
Animais: cachorro branco
Cores: branco, laranja, vermelho, marrom e preto
Dia: terça-feira, sexta-feira
Data de comemoração: 28 de janeiro
Elemento: terra e fogo
Signo: Áries e Leão
Planeta: Marte
Estação do ano: Verão e outono
Símbolos: vulcão, hibisco e pedras vulcanizadas.
Que sejam prósperos.
Raffi Souza.

02 maio 2018

As senhoras do destino: as Moiras!


As senhoras do destino: as Moiras!



As moiras (em grego: Μοῖραι), na mitologia grega, eram as três irmãs que determinavam o destino, tanto dos deuses, quanto dos seres humanos. Eram três mulheres lúgubres, responsáveis por fabricar, tecer e cortar aquilo que seria o fio da vida de todos os indivíduos. Durante o trabalho, as moiras fazem uso da Roda da Fortuna, que é o tear utilizado para se tecer os fios. As voltas da roda posicionam o fio do indivíduo em sua parte mais privilegiada (o topo) ou em sua parte menos desejável (o fundo), explicando-se assim os períodos de boa ou má sorte de todos. As três deusas decidiam o destino individual dos antigos gregos, e criaram Têmis, Nêmesis e as erínias. Pertenciam à primeira geração divina (os deuses primordiais), e assim como Nix, eram domadoras de deusas e homens.
As moiras eram filhas de Moros e Ananque. Moira, no singular, era inicialmente o destino. Na Ilíada, representava uma lei que pairava sobre deuses e homens, pois nem Zeus estava autorizado a transgredi-la sem interferir na harmonia cósmica. Na Odisseia aparecem as fiandeiras.
O mito grego predominou entre os romanos a tal ponto que os nomes das divindades caíram em desuso. Entre eles eram conhecidas por Parcas chamadas Nona, Décima e Morta, que tinham respectivamente as funções de presidir a gestação e o nascimento, o crescimento e desenvolvimento, e o final da vida; a morte; notar entretanto, que essa regência era apenas "sobre os humanos".
Os poetas da antiguidade descreviam as moiras como donzelas de aspecto sinistro, de grandes dentes e longas unhas. Nas artes plásticas, ao contrário, aparecem representadas como lindas donzelas. As Moiras eram:
Cloto (Κλωθώ; klothó) em grego significa "fiar", segurava o fuso e tecia o fio da vida. Junto de Ilitia, Ártemis e Hécate, Cloto atuava como deusa dos nascimentos e partos.
Láquesis (Λάχεσις; láchesis) em grego significa "sortear" puxava e enrolava o fio tecido, Láquesis atuava junto com Tique, Pluto (atenção, não é Plutão, Pluto é um deus menor da riqueza), Moros e outros, sorteando o quinhão de atribuições que se ganhava em vida.
Átropos (Ἄτροπος; átropos) em grego significa "afastar", ela cortava o fio da vida. Átropos, juntamente a Tânato, Moros e as queres, determinava o fim da vida.
Fala-se muito sobre as "escolhas" que as pessoas fazem; se coisas boas ou ruins acontecem, são por suas escolhas; que todos construímos e moldamos nossas vidas e destino através de nossas escolhas. Entretanto, existem inúmeros fatos que não corroboram essas afirmativas. Desde o nascimento até a morte – os dois principais pontos de não escolha – vivenciamos situações que independem de nossa vontade, tais como: poder ter ou não filhos, que estes nasçam sadios, sofrer ou não de determinadas doenças de ordem genética, etc. E, isso é o que chamamos destino ou fatalidade, que era representado na Grécia Antiga pelas três deusas Moiras (ou Parcas).
Enfrentar a sina exige e desenvolve o caráter (do grego, xaracter que significa ser alguém definido), ou seja, determinados princípios a que se permanece fiel independente de confrontações. E este é o caminho para a individuação, o caminho para realizarmo-nos como indivíduos únicos.
Sendo a fatalidade inevitável, o mesmo não se pode dizer do destino pois este pode ou não ser cumprido, sendo determinado pela maneira que enfrentamos as fatalidades e fazemos nossas escolhas (caráter).
As três Moiras são: Cloto, a fiandeira, representa a que tece a teia da vida; Átropos, a que cortava o fio da vida; e, Láchesis, a que distribui a parte que cabe a cada alma.
Nem mesmo os deuses podiam transgredir suas leis, sem por em perigo a ordem do mundo. Seus nomes correspondiam a suas funções:
Cloto, a fiandeira, tecia o fio da vida de todos os homens, desde o nascimento;
Láquesis, a fixadora, determinava-lhe o tamanho e enrolava o fio, estabelecendo a qualidade de vida que cabia a cada um;
Átropos, a irremovível, cortava-o, quando a vida que representava chegava ao fim. Como deusas do Destino, as Parcas presidiam os três momentos culminantes da vida humana: o nascimento, o matrimônio e a morte.
São representadas como velhas ou, mais freqüentemente, como mulheres adultas de aspecto severo.
As três deusas que determinavam a vida humana e seu encadeamento. Conhecidas como Moiras, os Destinos repartiam para cada pessoa, no momento de seu nascimento, uma parcela do bem e do mau, embora uma pessoa pudesse acrescer o mau em sua vida por si própria.
Fiar e tecer são antigas artes mágicas femininas e aparecem nos mitos de várias deusas como expressão dos Seus poderes proféticos, criativos e sustentadores dos ciclos lunares, das estações e da vida humana. Tendo o fuso como símbolo de poder, a Deusa como Fonte Criadora controlava e mantinha a ordem cósmica, os ciclos naturais e a continuidade do mundo. Fiar é um processo cíclico assim como também é a alternância das fases lunares, das estações, da vida e da morte, do início e do fim. Inúmeros mitos descrevem deusas tecendo com fios sutis o céu, o mar, as nuvens, o tempo, os elementos da natureza, os ciclos e os destinos dos seres humanos.
Na mitologia grega, as moiras eram as três irmãs que determinavam o destino, tanto dos deuses, quanto dos seres humanos. Eram três mulheres lúgubres, responsáveis por fabricar, tecer e cortar aquilo que seria o fio da vida de todos os indivíduos. Durante o trabalho, as moiras fazem uso da roda da fortuna, que é o tear utilizado para se tecer os fios. As voltas da roda posicionam o fio do indivíduo em sua parte mais privilegiada ( o topo) ou em sua parte menos desejável ( o fundo), explicando assim os períodos de boa ou má sorte de todos. As três deusas decidiam o destino individual dos antigos gregos, e criaram Têmis, Nêmessis e as Erínias. Pertenciam à primeira geração divina ( os deuses primordiais), e assim como Nix, eram domadoras de deuses e homens. As moiras eram filhas de Nix.
Moira, no singular, era inicialmente o destino. Na Ilíada, representava uma lei que pairava sobre deuses e homens, pois nem Zeus estava autorizado a transgredi-la sem interferir na harmonia cósmica. Na Odisséia aparecem as Fiandeiras. O mito grego predominou entre os humanos a tal ponto que os nomes das divindades caíram em desuso. Entre eles eram conhecidas por Parcas, chamadas de Nona, Décima e Morta, que tinham respectivamente as funções de presidir a gestação e o nascimento, o crescimento e desenvolvimento, e o final da vida; a morte; entretanto, era apenas sobre os humanos.
Os poetas da antigüidade descreviam as moiras como donzelas de aspecto sinistro, de grandes dentes e longas unhas. Nas artes plásticas, ao contrário, aparecem representadas como lindas donzelas. As moiras eram chamadas também de Cloto, em grego significa "fiar", segurava o fuso e tecia o fio da vida. Junto de Ilítia, Ártemis e Hécate. Cloto atuava como deusa dos nascimentos e partos.
Láquesis, em grego, significa "sortear", puxava e enrolava o fio tecido. Láquesis atuava junto com Tique, Pluto e Moros, sorteando o quinhão de atribuições que se ganhava em vida.
Átropos, em grego, significa "afastar", ela cortava o fio da vida. Átropos, juntamente a Tânatos, Queres e Moros determinavam o fim da vida.
As Senhoras do Destino de várias tradições - conhecidas como as Parcas gregas, as Moiras romanas, as Nornes nórdicas ou as Rodjenice eslavas - tinham como símbolo mágico o fuso, a roda de fiar, os fios e a tessitura. Elas fiavam, mediam e cortavam o fio da vida, entoando canções que prediziam os destinos dos recém nascidos e apareciam como deusas tríplices ou tríades de deusas idosas, envoltas por mantos com capuz ou vestidas de branco, preto ou com idades diferenciadas pelas cores das suas roupas (branco, vermelho, preto).
As tríades fiandeiras Moiras (gregas), Parcas (romanas) e Nornes (nórdicas) eram ao mesmo tempo poderosas e terríveis, normalmente representadas nas figuras da virgem, da mãe e da anciã (Tríplices Deusas). Entre as Nornes, a virgem Skuld era a responsável pelas profecias e adivinhações, a guardiã do futuro, assim como Nona (grega) a que tece o fio da vida, cabendo as duas outras, a tarefa de manter e cortar o fio da vida. Na Índia, a trindade de Shaktis Saraswati, Lakshimi e Kali encarnam estas energias. Na África encontramos as Ìyá Mi Osorongà, as mães feiticeiras, como as senhoras do destino. Entre as Deusas tecelãs, a anciã Ixchel, Deusa Maia da lua, que tecendo no seu tear de cintura, é capaz de conceder respostas a seus discípulos em peregrinação ao seu oráculo situado numa ilha distante da costa. E a Deusa indígena hopi Kokyang Wuhti, conhecida também como mulher -aranha, que através do seu dom profético protege e auxilia todos seres.
Para servir precisa abrir o coração com a vontade de contribuir com a beleza, a plenitude e a alegria do trabalho bem feito, em benefício de outras irmãs e da Terra, oferecendo à Deusa a sua gratidão e o seu amor, sem esperar em troca reconhecimento, recompensas ou sucesso, com a certeza de ter cumprido a sua missão espiritual e evolutiva nesta encarnação.
(fonte: http://3fasesdalua.blogspot.com.br/2013/03/as-triades-fiandeiras-moiras-gregas.html)
Por: Hellen Reis Mourão
Na mitologia grega as três Moiras, são as Deusas do Destino. Elas são personificação do destino individual de cada ser humano neste mundo e dos deuses também.
São originalmente, filhas da Noite (Nix) e concebidas sem pai.
Eram em número de três e se chamavam Cloto, Láquesis e Átropos, tendo cada uma função específica.
Cloto era a fiandeira, Láquesis a mediadora e Átropos a cortadora.
Dentro de uma caverna elas teciam o fio da vida de cada homem em uma roda e nenhum outro deus poderia interferir em seu trabalho, nem mesmo Zeus ousava se colocar entre elas.
As voltas da roda posicionam o fio do indivíduo em sua parte mais privilegiada (o topo) ou em sua parte menos desejável (o fundo), explicando-se assim os períodos de boa ou má sorte de todos, sem exceção.
Conforme Junito Brandão no livro Mitologia Grega, vol1:
Originariamente, cada ser humano tinha a sua moîra, a saber, "sua parte, seu quinhão", de vida, de felicidade, de desgraça.
Impessoal e inflexível, a Moîra é a projeção de uma lei que nem mesmo os deuses podem transgredir, sem colocar em perigo a ordem.
No Tarô Mitológico, de Juliet Sharman-Burke e Liz Greene, o trunfo da Roda da Fortuna é representado pelas três Moiras.
A Roda da Fortuna é uma carta que simboliza os ciclos sucessivos da vida humana, como o movimento de ascensão e de queda. Assim como os pares de opostos presentes na existência humana como o bem e o mal, alegria e tristeza, vida e morte, o negativo e o positivo.
É uma carta de movimento, de mudança brusca de vida. Mudança essa desconhecida pelo sujeito.
Existe uma lei misteriosa que atua dentro de cada indivíduo que, por sua vez, determina as súbitas mudanças de vida tanto positivas como negativas, alterando todo o padrão de vida de cada um. E nem os deuses possuem o controle sobre isso (lembrando que nem Zeus ousava desafiá-las!).
Portanto, esse arquétipo vem nos lembrar que nós não possuímos controle sobre tudo em nossas vidas e muitas vidas uma tragédia nos acomete sem nenhuma explicação. É simplesmente o destino. Estamos na posição mais baixa da roda.
Para o ego, acostumado a buscar explicações para tudo, é extremamente desconfortável admitir isso, pois somente nos damos conta de sua atuação por meio dos elementos externos, que chamamos de destino.
Esse arquétipo, portanto, nos remete à vivência de um outro que mora dentro de nós e que escolhe ir em direção a várias situações, pessoas e caminhos.
Aceitar esse outro e lembrar que ele faz parte de nós mesmos nos trará paz mediante as mudanças súbitas que se configurarão em nossas vidas. Afinal o destino não vem ao nosso encontro, somos nós que vamos ao encontro dele!
Fonte: http://cafecomjung.blogspot.com.br/2013/12/as-moiras-e-o-destino-humano.html
Na mitologia grega as Moiras eram as três irmãs que determinavam o destino, tanto dos deuses quanto dos seres humanos. Eram três mulheres lúgubres, responsáveis por fabricar, tecer e cortar o fio da vida dos mortais. Durante o trabalho, as Moiras fazem uso da Roda da Fortuna, que é o tear utilizado para se tecer os fios. As voltas da roda posicionam o fio de cada pessoa em sua parte mais privilegiada, o topo; ou em sua parte menos desejável, o fundo, explicando-se assim os períodos de boa ou má sorte de todos.
As três deusas decidiam o destino individual dos antigos gregos e criaram Têmis (justiça), Nêmesis (vingança\retribuição) e as Erínias (fúrias). Pertenciam à primeira geração divina originadas do Caos. As Moiras eram filhas de Nix (a noite) e assim como Nix, eram domadoras de deusas e homens. Moira, no singular, era inicialmente o destino. Na Ilíada representava uma lei que pairava sobre deuses e homens, pois nem Zeus estava autorizado a transgredi-la sem interferir na harmonia cósmica.
Na Odisséia aparecem as fiandeiras. Os poetas da antiguidade descreviam as Moiras como donzelas de aspecto sinistro, de grandes dentes e longas unhas. Nas artes plásticas, ao contrário, aparecem representadas como lindas donzelas.
Cloto, em grego significa fiar, segurava o fuso e tecia o fio da vida. Junto de Ilítia, Ártemis e Hécate, Cloto atuava como deusa dos nascimentos e partos. Láquesis, em grego significa sortear, puxava e enrolava o fio tecido.
Láquesis atuava junto com Tyche, Pluto, Moros e outros, sorteando o quinhão de atribuições que se ganhava em vida.
Átropos, em grego significa afastar, ela cortava o fio da vida. Átropos juntamente a Tânatos, Queres e Moros, determinava o fim da vida.
Os meses do calendário atual foram adaptados do antigo calendário lunar. Para os romanos, eram chamadas de Parcas e o significado do nome das Parcas vem do verbo parir, dar à luz. A gravidez humana dura nove luas e não nove meses. Portanto, a Nona lua, é a Parca que tece o fio da vida no útero materno.
No antigo calendário romano, Dezembro era o décimo mês chamado de Decem, uma homenagem à deusa Décima, uma das Senhoras do Destino. A Décima lua, é a do nascimento, o cordão umbilical sendo cortado, o começo de uma vida terrena. Morta, é a Parca que preside a outra extremidade da vida, o próprio fim que pode acontecer a qualquer momento. Conta-se que elas eram cegas.
*********
As Moiras configuram a misteriosa lei que atua em nossas vidas; que mesmo sendo desconhecida e invisível determina as subitas mudanças alterando os padrões pré-estabelecidos da vida. Em todas as nossas mudanças de vida, nunca paramos para pensar em suas causas, mas apenas pensamos em nossas próprias reações a tais mudanças.
Podemos ser lançados à sorte como também ser lançados ao fracasso, e ao invés de reconhecermos que existe uma força que pode nos abater ou pode nos elevar, preferimos acreditar que as mudanças ocorrem devido ao acaso, ou por acidente.
Estas figuras antigas que estão arraigadas nas profundezas da inconsciência, só nos damos conta delas quando através dos efeitos externos, que muitos denominam como destino, surgem diante de nós. É a vivência de outro eu que mora dentro de nós e que projetamos no mundo visível, e assim culparmos os outros ou às circunstâncias pelas mudanças repentinas em nossas vidas.
São as mudanças que nos fazem entender a inteligência desse outro eu oculto que escolhe ir em direção a várias situações, pessoas e caminhos. O destino não vem ao nosso encontro, somos nós que vamos de encontro a ele.
Que sejam prósperos.
Raffi Souza.